Desacreditada, já ninguém quer ser confundido com ela. Percorrendo caminhos pouco seguros, conduzida por homens sem norte, encontra-se agora na situação de perdida. Fala-se e teme-se o contágio. A doença é grave, propalam, com falsa comiseração, os que dela fogem como diabo da cruz. Mas, ao mesmo tempo, há que salvá-la porque pode arrastar a todos na derrocada. Veredicto dos novos deuses que se perfilam na noite dos nossos dias, entidades perturbadoras, que tomam o nome de Mercados, e, como todos os deuses, são abstractos mas têm o poder de vida e de morte sobre os Estados.Por nada sobem-se os juros, por nada aumentam-se as dívidas. A par e passo temos um deus menor, o Euro, contribuindo para esta insanidade com a falta de competência dos seus arautos no sentido de construírem salvaguardas, estruturas que possibilitassem uma retirada sem grandes danos. Os países menos fortes, economicamente, como a Grécia e todos os outros chamados de periféricos, seduzidos pelo canto das sereias, vêem agora comprometida a sua própria independência.
Até onde irá esta loucura, a que ponto chegará a terra dos helenos, a Hélade, luz do mundo ocidental, fonte de inspiração para filósofos, políticos, escritores, historiadores, a mãe da democracia?
E nós? Conseguiremos ir além do Bojador?
Acho que quem se embala em cantos da sereia, dificilmente dobrará qualquer cabo.
ResponderEliminarA ideia-base, a que presidiu à criação do Mercado Comum e depois à União Europeia e depois à moeda única, era boa... não fosse ter aparecido aquele primo descomunalmente tentacular, de seu nome, Capitalismo.
ResponderEliminarAinda antes de a Grécia começar a ser berço de filósofos, astrónomos e matemáticos, já o mundo sabia que, quando este primo sedutor, arrasador aparece, a humanidade transforma-se... uma parte em escravos, a outra em vãs-glórias.
E agora, minha Amiga Olinda?
Agora e como sempre tem sido, anda o primo Capitalismo a bradar pelos cantos; Ó Tio - Ó Tio! E os escravos a ver de que maneira o vão xutar para a estratosfera, sem que fiquem numa escravidão ainda maior, ditada por sequiosos pretendentes ao lugar que o primo Capitalismo deixar vago.
Razão, tinha-a aquele rapaz da Galileia, quando correu a pontapé os vendilhões do templo... ela lá sabia porquê!
;)
A bela deusa Europa depois que se casou com Zeus, e depois de conceber vários filhos que migraram para outros rincões da terra, divorciou-se dele e casou com outro; deste casamento, nasceu outro chamado... Capitalismo?
ResponderEliminarOs filhos agora precisam ajudar a mãe, como já ocorrera no pós-guerra...
Diz-se aqui que até Portugal receberia uma ajuda de seu filho Brasil...
Olinda estou divagando dentro de uma mitologia, apenas para ressaltar que estamos num mesmo mundo, em uma mesma nave, e creio que como irmãos, deveríamos sim nos ajudar. Como em uma família mesmo! Mas sem oprimir, sem arrancar a pele, sem manietar, sem cobrar juros que emperrem o desenvolvimento de tal nação.
No discurso deles, a palavra AMOR, é um artigo sem valor e uma ofensa para os experts ministros de economia e finanças. Podemos dizer sim Olinda, que o "deus deste século, cegou o entendimento de muitos e em dores se fazem transpassar"
Um fraterno abraço.
Querida Olinda:
ResponderEliminarMuito inteligente, perspicaz e interessante esta sua abordagem, minha Amiga.
Pobre Grécia, que já foi a constelação das constelações que pairavam sobre os doze deuses que moravam no Monte Olimpo!
Um abraço.
Eu volto à Grécia sempre que posso: lendo, viajando, informando-me...costumo dizer que tenho um lado grego. Sigo com preocupação as notícias. Postei sobre isso também Penso que tem toda a razão nesta inquietação. Lamento que tantos se apressem a acusar os gregos disto e daquilo...há que recordar, minha @miga!
ResponderEliminarbjs
Olinda,tem selinho para você no detudoumpouco "tag as coisas que eu amo" é uma brincadeira que enviaram para mim e estou passando para você,... beijos
ResponderEliminarflor tudo lindo por aqui,agradeço o carinho nesse momento tão difícil e assim perder um amigo as pessoas que amamos nunca será fácil.beijos
ResponderEliminarPartilhado no facebook, Olinda.
ResponderEliminarQuerida Olinda
ResponderEliminarGostei da sua reflexão acerca da situação actual, que não é das mais famosas...
Os acontecimentos na Grécia não deixam antever nada de bom; e se as coisas se complicam... escaparemos de apanhar por tabela? Não sei, não...
Tenhamos fé de que as coisas melhorem.
Uma semana feliz. Beijinhos
PS - Adorei a cena do creme Nívea! Ao mesmo tempo deve ter sido hilariante:)))
Oi querida tudo bem,tbém concordo com você ,beijo gde querida....
ResponderEliminarMinha querida
ResponderEliminarHoje passando apenas para agradecer o carinho e apoio e dizer que estou voltando...recuperando as forças.
Beijinhos com carinho
Rosa
Bem visto, querida Fa.
ResponderEliminarRealmente para se atingir e ultrapassar o limite sul conhecido,na época,foi necessário deixar de lado superstições e mostrengos imaginários, procurando resposta científica a qual, em parte, se encontrava nos ventos contrários.Para ultrapassarmos o Bojador dos nossos dias,há que fazer a leitura devida e procurar soluções. Como diz o poeta 'quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor'.
Beijo
Olina
Olá, Bartolomeu
ResponderEliminarExcelente a imagem dos vendilhões do Templo! Não há dúvida que os ideais dos fundadores da União Europeia foram seguindo por caminhos que eles não previram.Temos de reconhecer também que uma coisa é idealizar e outra coisa é pôr em prática.Ao falarmos em Capitalismo teríamos de referir o seu contrário, o Comunismo, dois sistemas que, no seu auge, estavam em dialéctica constante.Hoje,se um está a falir o outro já faliu.Talvez a solução esteja em começar-se já a pensar num meio termo, que talvez já esteja em andamento o que, não sendo assim, quereria dizer que não aprendemos com os erros.
Abraço
Olinda
Caro Antônio
ResponderEliminarSim. Era desejável que os fundamentos do Amor filial e do Amor fraterno fossem incondicionais. Que a ajuda dentro da própria Família se regesse por princípios de solidariedade, não tendo como fim lucros astronómicos e interesses visando apenas a matéria.Verifica-se, infelizmente, que os países, mesmo com raízes históricas comuns, por via de entendimentos entre pares, colocam acima de tudo a sua própria sobrevivência. E,nestas circunstâncias, tal como se diz por cá, 'quem tem unhas é que toca guitarra'...
Abraço.
Olinda
Querida Isabel
ResponderEliminarMuitas vezes, ao vermos o que a comunicação social nos mostra ficamos na dúvida se se trata da mesma Grécia, não é? Estes, são tempos que ofuscam outros tempos de forma voraz e que, quase, se sobrepõem à memória.
Beijo
Olinda
Olá, Ana
ResponderEliminarÉ verdade,é preciso recordar...
Sabemos como a Grécia tem sido martirizada ao longo dos tempos,nomeadamente no século XX, em que o sistema político pautou pela instabilidade, tendo mudando de regime várias vezes.A isso se somam os vários problemas nas áreas da Educação e Economico-social.Parece que os conhecimentos que o mundo recebeu da Grécia, no tocante à política, à filosofia, à educação, à arte, à ciência e tecnologia não encontram forma de regressar à terra-mãe.
É sempre bom reflectirmos sobre o que o passado nos legou.
Beijo
Olinda
Olá, Selma
ResponderEliminarConsegui colar o selo mas...não segui as regras todas, não é?
Obrigada pela lembrança.
Beijo
Olinda
Olá, Rosi
ResponderEliminarO importante realmente é sabermos concentrar-nos nas boas recordações.É bom de dizer. Nem sempre é fácil...
Bjs
Olind
Olá, Claúdia
ResponderEliminarObrigada pelo destaque.
:)
Olinda
Querida Mariazita
ResponderEliminarEsperemos que, pelo nosso lado, as coisas não se ponham tão feias. Para isso o contributo de todos nós é fundamental...
Bjs
Olinda
Querida Rosa
ResponderEliminarDesejo-lhe uma recuperação de forças rápida e muita saúde.Obrigda por passar por aqui. :)
Beijos
Olinda