Que a cítara em teus dedos se desdobre
Nos sentidos em mim despertos...
E dos sons longínquos
Apenas eco e murmúrio e dor da ausência
Seja em minha boca o brado
E a bruma se desvaneça
E tudo seja claro...
Nos sentidos em mim despertos...
E dos sons longínquos
Apenas eco e murmúrio e dor da ausência
Seja em minha boca o brado
E a bruma se desvaneça
E tudo seja claro...
Que peregrino por ti
Me reconheço. E outra eternidade
Não quero...
In Coreografia dos sentidos
pg 92
...
uma coreografia de autor em que se reconhece o caminho já andado, mas onde a montanha se faz vale, ou seja, acolhe-se num múltiplo eu em busca do outro.
o que em Manuel Veiga é um destino sem cenários vagos.
tudo o absorve tudo lhe é pródigo e prece.
...
Isabel Mendes Ferreira
Nat King cole
Unforgettable
Blog: Relógio de Pêndulo
***
Boa semana, amigos.
Abraços.
Olinda
===
Alguns posts aqui no Xaile de Seda, sobre Manuel Veiga
Imagem: Pixabay
Poesia e música lindas! E a cítara me fez lembrar da minha tia avó que a tocava cheia de sentimento! Muito bom!
ResponderEliminarbeijos praianos, linda semana, chica
Boa noite de paz, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarVocê apresentou um poema do Manoel de maneira formatada tão romântica e muito ternamente ilustrada. que lindo o conjunto harmonioso!
A música muito bem escolhida também.
" Dor da ausência
Seja em minha boca o brado",
"Outra eternidade não quero"...
Muito belo poeta, Amiga.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternais
Hermoso poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarA arte de compor de Manuel Veiga é sedutora, Olinda.
ResponderEliminarEsta partilha vem a calhar.
Veja que no poema: cítara, sentidos, sons, ecos, dor da ausência e bruma por associação constituem o primeiro movimento desta coreografia apresentada pelo poeta até o momento em que a neblina se dissipa. Com a clareza se descortinando, o eu se reconhece peregrino do Tu e admite não querer outra eternidade senão a audição permanente desta cítara desdobrada pelos dedos do Tu. Talvez porque esses dedos saibam deixar seus sentidos despertos.
Uma boa semana para ti, Olinda.
Beijinhos,
José Carlos