Gosto do mar que rodeia a minha ilha, das rochas nuas e portentosas que a integram.
Gosto das noites de lua cheia mas também do céu estrelado nas noites escuras como breu.
Gosto da chuva benfazeja que faz crescer o milho, o feijão, a batata, a mandioca, o inhame - e que, quando vem com força, quase que nos leva para o mar, descendo em grandes quebradas, arrasando tudo.
Gosto do peixe que se compra às pratadas à beira-mar, observando antes os homens a puxarem o bote à força de braços.
Gosto de cuscuz com manteiga, acompanhando com queijo de cabra, doce de papaia e café com leite.
Gosto de cachupa e quando guisada comê-la com peixe frito. Gosto de caldo de peixe a acompanhar papas de milho.
Gosto do tempo das colheitas em que ajudamos "desajudando", de ouvir os contos enquanto se descascam as espigas, do ritmo das pauladas desferidas pelos homens ao debulhá-las no terreiro.
Gosto do Sol e do Céu azul,
mas também das nuvens escuras anunciando chuva...
Nuno Ribeiro, Calema, Mariza
Maria Joana
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Imagem: pixabay
Boa noite de Paz, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarPosso gostar do cuscuz com manteiga com você.
Hum! Até comeria agora uma porção.
Veria a noite estrelada e dormiria feliz...
Muito bonito seu texto.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
Boa noite, amiga Olinda
ResponderEliminarMuito interessante poema aqui partilha.
O gosto pelas coisas belas da vida, é sem dúvida um privilégio que nos faz sentir bem. E, um privilégio ainda maior, é tudo isto estar nesta bela ilha de que o poema fala.
Gostei bastante, estimada amiga.
Deixo os votos de um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Bello poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarAh, que lindo Olinda viver sob estes gostos tão gostosos, que inspiram belamente esta postagem. Descrição que nos levam a sentir os cheiros, sabores. Gosto de chuva quando escorre pelo telhado caindo sobre uma lata em linda sinfonia. Gosto da primeira chuva para sentir o cheiro de terra molhada e ver brotar os grãos. Ah, eu gosto tanto de ler estes momentos que me deixo levar em devaneios.
ResponderEliminarLindo fim de semana amiga.
Bjs de paz no coração.
Gostei de ler dos teus gostos.
ResponderEliminarTantas coisas boas e que tantos nem se dão conta ou param para perceber, sentir, viver... Lindo fds! beijos, chica
Até os meus netos cantam Maria Joana.
ResponderEliminarBelo poema!
Abraço
Gosto das suas postagens, querida Olinda.
ResponderEliminarBeijinho
Verena
Um texto muito sugestivo e saboroso.
ResponderEliminarUm abraço.
Como é bom sentir esse " gosto ", querida Amiga ; as nossas raízes ficam para sempre no nosso coração e também as pequenas coisas que nos dão esse " gosto"., apesar das dificuldades que havia nesses tempos. Alguns dos pratos que aqui descreves lembra-me o Brasil, como por exemplo o cuscuz, e o doce de papaia. Como sabes, querida Olinda, vivi numa aldeia até emigrar para o Brasil, em 1975, já casada. ; lembro com saudade do tempo das colheitas,; reuniamo-nos nos vizinhos para os ajudar com as espigas ( na minha casa, o quintal era pequeno) e lembro bem dessas pauladas para debulhá-las, ficando depois o milho espalhado nas eiras ( assim se chamava na minha aldeia ) até ficar bem seco. Apesar de duro, esse trabalho era uma verdadeira festa, com as pessoas alegres, cantando as cantigas populares e ajudando-se uns aos outros. Sabes o que eu gostava de fazer com a minha mãe? Encabar as cebolas ; no nosso quintal, tomates, cebolas, alfaces e couves, havia, porque o tamanho permitia essas culturas: depois tinha-se de encabar as cebolas que, como sabes, consistia em uni-las fazendo uma trança com os cabos que se deixavam compridos para se conseguir entrançá-las ; ficavam bonitas, penduradas na cozinha, junto à lareira ou fogão ; fui crescendo e as coisas também foram mudando, tendo sido este trabalho trocado pelas máquinas ; hoje, já ninguém o quer fazer. O povo era muito unido, convivia-se com os vizinhos e hoje, nada disso acontece; dá a idéia que têm medo uns dos outros: fecham-se em casa e parece que vivem em apartamentos, no centro das cidades, onde nem sempre temos oportunidade de conhecer os vizinhos. Tudo muda, querida Amiga e nem sempre para melhor,
ResponderEliminarObrigada por este teu " GOSTO " que me fez recordar os meus: eram coisinhas tão simples, mas que me fizeram muito feliz. Quando encontro pessoas da minha idade que viveram esses momentos os recordam com a mesma saudade. Era tão bom!!!. Querida Amiga, desejo -te um bom fim de semana, com saúde e muitos " GOSTO"
Beijinhos
Emília 🌻 🌻
Eu gosto da minha ilha
ResponderEliminarTambém pousada no Mar.
Por ela, faço partilha
Do meu sol, do meu luar,
Do meu sofrer e chorar
E de tudo o que gostar.
É sempre bom ter uma ilha
Aonde possa aportar.
Magnífico Poema, sentido, vivo, pleno de raíses.
Parabéns, Olinda.
Beijo,
SOL da Esteva
Lo cierto es que te gusta y agradeces todo lo que te rodea.
ResponderEliminarComparto contigo muchos de tus gustos.
Cariños y buen fin de semana.
Kasioles
¡Cuántas cosas hermosas! La música es nueva para mí, el final del vídeo con esa voz es bellísimo: Cuántas lágrimas lloré. Muy agradecida también de poder leerte en portugués. Besos
ResponderEliminarE que coisas tão belas!
ResponderEliminarTambém gosto delas (só não tenho uma ilha).
Um beijinho, querida Olinda.
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um bom final de domingo, e feliz semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Que gostos bons!!! Fiquei aqui com gostinho de quero mais! rsr
ResponderEliminarUm abraço!