Passeando vi uma morena
Disse chamar-se Ariana
Que perfeição, que beleza
Vê-la foi para mim um problema
Uma beleza assim?- não acredito!...
Fui depressa à casa de banho
raspar e lavar a crosta dos meus anos
Que já são muitos
Ainda surpreendido fui às praias, ao mar,
Ver se via ali uma sereia para amar
nada, nada, tive de voltar
Sentei-me à sombra de um rochedo a pensar
A seguir, prendi o meu passado - o velhaco!
e, admirado da minha habilidade,
perguntei-lhe: que fizeste da minha mocidade?
atarantado não me respondeu direito
Zangado atirei-me ao mar
Fui ao fundo, ali vi uma sereia
Linda, linda, casei-me com ela
Jamais posso voltar à terra para trabalhar
Mas,
Senti saudades da terra
VOLTEI
e, ao acordar de madrugada, ensonado.
Vi-te diante de mim em pensamento
Vi nuvens, mares, precipícios e a ti
"BELEZA"
entre seres atmosféricos e terrestres -
eu sonhava.
A.L.S.
(meu pai)
Bôs odjos Xandinha
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Imagem: pixabay
Nas minhas (des)arrumações vou encontrando papéis, cartas, bilhetes, que eu já havia esquecido e que me surpreendem.
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