domingo, 29 de março de 2020

Plano Marshall nos nossos dias? A União Europeia que se apresente...

Do descalabro da II Guerra Mundial, 1939-1945, saiu uma Europa trôpega, empobrecida, desiludida. A loucura que a atingira durante esses anos quase que a ia destruindo. A sua reconstrução foi obra de homens de valor que ultrapassaram todos os obstáculos para a efectivar. Aos poucos as pessoas foram levantando a cabeça, tanta mágoa calada no fundo dos corações. 

Um desses actos foi o Plano Marshall proveniente dos Estados Unidos da América que, com um Plano Económico, promoveu a recuperação dos países atingidos e que sofreram perdas com essa guerra, num aporte de 18 bilhões de dólares aos europeus, utilizados para a reconstrução de edificações e indústrias, importação de alimentos e mercadorias industrializadas, bem como no financiamento da agricultura.




O Plano Marshall vigorou de 1947 a 1951, sendo os principais beneficiários a Inglaterra, a Itália, a França e os próprios Estados Unidos que conseguiram criar as instituições de fortalecimento da internacionalização dos capitais na segunda metade do século XX. Também do lado dos EUA houve o desideratum político de conter a URSS e o avanço do poder dos partidos comunistas. Desse período nasceu a guerra fria, de má memória.

Hoje estamos envolvidos numa outra guerra. Temos um inimigo que ataca sem aviso e com armas para as quais ainda não temos qualquer réplica. Ouve-se falar, neste contexto, da aplicação de um plano similar ao Plano Marshall quando esta luta terminar. Mas se a História serve de alguma coisa, é bom que se comece a pensar já na forma de controlar esta outra calamidade que estamos a viver.

Com as pessoas fechadas em casa, as fábricas a laborar a meio gás ou fechadas, o desemprego já a lavrar insidiosamente, trabalhadores em regime de férias forçadas, lay-off em vigor, sem falar das próprias Instituições que vêem as suas receitas em queda livre e com o Estado a ter de prestar assistência em todos os níveis da sociedade, a união dos países da União Europeia, e não só, terá de se fazer presente. E não vale cada um ficar a olhar para o seu próprio umbigo, porque isto terá de ser um por todos e todos por um. Não há escapatória.

Relembremos os episódios que a humanidade teve de vencer. De como quase soçobrara e de como se reerguera. Que os exemplos do passado nos sirvam para analisar o presente e projectar o futuro que todos os dias nos desafia. 

Chamemos os historiadores, especialistas dessa análise tão necessária. Que façam parte da linha da frente, numa interdisciplinaridade desejável e sumamente indispensável. 

Trabalhemos todos para a defesa e manutenção do mundo que conhecemos.




Boa semana, meus amigos.

Abraços.

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9 comentários:

  1. Oi Olinda, que postagem bem elaborada.
    Ainda hoje domingo no Brasil, estava conversando com um amigo, sobre esta situação e de como os países poderão buscar a recuperação, quando a tempestade passar. O Plano Marshall ilustra bem esta postura que será preciso. Unir forças na auto-ajuda pois somente assim será amenizada a crise, já pré-instalada. Não se pode neste momento voltar os olhos para a produção cega em detrimento de vidas, mas há que se jé pensar em soluções. E que não fiquem os poderosos a olharem para seus umbigos, o problema será de todos os povos.
    Uma semana mais leve amiga e que possamos sair desta sem muitos arranhões, principalmente os países mais pobres sem condições para enfrentas a pandemia.

    Carinhoso abraço amiga.
    Cuide-se. Bjo.

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  2. Boa noite de paz e saúde, querida amiga Olinda!
    Primeiramente, ouvi o vídeo, claro! Relaxei bem... muito obrigada por mostrar coisas sadias no meio dessa tempestade, tsunami que nos abateu assim 'inesperadamente'.
    O azeite estaria acendendo nossas lamparinas? Só Deus saberá...
    Independente, amiga, vamos lendo, informando, mas evitando tudo que seja nocivo. Desisti de televisivos horrendos para não perder a serenidade que todos precisamos muito agora, sobretudo no Brasil.
    Em casa, na paz e lendo boas leituras. Em preces, claro para quem se sente chamado a isso como nós, e em conforto aos nossos amigos que achamos um pouco abatidos pelo virtual.
    O que será depois da pandemia, confesso que não é para me preocupar agora, pois os mercenários como os representantes do Brasil estão pensando mais nisso do que nos jovens de vinte e seis anos morrendo em menos de vinte e quatro horas do impiedoso.
    Gostei muito das informações que tive aqui.
    Vou ver os dois links indicados. Temos tempo de sobra para aprender agora ou rever.
    Muito obrigada por ser assim tão simples mesmo sendo tão bem informada, culta. Parabéns, amiga!
    Tenha dias abençoados longe do vírus maldito e diabólico.
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  3. A União Europeia devia unir-se para elaborar um plano para salvar todos os países tal como aconteceu com o Plano Marshall. Infelizmente alguns países ainda estão só a olhar para eles próprios e a solidariedade passa-lhes ao lado… Parece impossível! Que haja amor e fraternidade! Gostei muito do seu texto minha Amiga Olinda.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  4. Pois é, querida Olinda, estou a ver que a União Europeia vai ficar, como sempre, alheia aos que mais precisam, Gostei da atitude do nosso primeiro ministro que não teve medo das palavras. Havemos de sobreviver e só tenho pena daqueles que já viviam em situação muito precária e agora, vão ter uns tempos muito, muito dificeis. E os imensos campos de refugiados por esse mundo fora? Não quero nem pensar. Querida Amiga, belo texto este teu. Obrigada! Desejo que continuem todos bem. Por aqui, tudo dentro da normalidade, fazendo coisas para as quais não havia tempo ou disposição.Vamos começar a valorizar mais aquilo que realmente importa. Um abraço carregadinho de amizade
    Emilia

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  5. Querida Olinda
    Muito obrigada pelo teu cuidado.
    Continuo melhorando muito mais lentamente do que seria meu desejo... Já tenho saudades de fazer a minha passadeira (falta-me o fôlego para isso...) já que, infelizmente, a caminhada, no exterior, nos está vedada.
    Ontem tomei o último comprimido do segundo antibiótico. Agora é aguardar.

    Li o teu texto com toda a atenção. Infelizmente o problema não é só nosso, nem apenas de alguns países ou raças... Atinge todo o planeta e a todos vai causando os seus danos.
    Em situações como esta TODOS deveríamos estar unidos, já que este inimigo, invisível, não faz escolhas, "ceifa" a direito.
    Não é o que se verifica, infelizmente, pois há pessoas que ainda não se aperceberam que aqui não há favoritos, levam todos pela mesma tabela...
    Enfim, esperemos que o bom senso acabe por imperar...

    Que tudo continue a correr bem para ti e tua família, minha querida.

    Feliz Terça-feira e uma boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  6. O PLANO MARCSHALL, foi a arma, dos Estados Unidos, para que a Europa, mais depressa pudesse ser reconstruída. Ficando orgulhosamente só, a visão do então primeiro ministro, mostrou que o bem do nosso povo, seria inimigo da sua perpetuação no desejado poder.
    Abraço

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  7. " A Europa será solidária, ou não será...", dizem-me!
    e eu acredito!...

    abraço, amiga Olinda

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  8. Querida Olinda
    Excelente, a tua postagem.
    Começas por dar-nos uma imagem muito nítida dos dias de hoje, em que as pessoas estão confinadas a "quatro paredes", e de como reagem perante esta nova e inusitada situação.
    Confesso que não faço grande sacrifício por não sair de casa. Custa-me não levar a minha Dasy a dar o seu passeio higiénico, mas o meu filho, que está a trabalhar de casa e é o único familiar admitido aqui em casa 😉 (por decisão unânime da família...) encarrega-se disso.
    Tenho sempre muito com que me entreter, especialmente a escrever, que é o que mais gosto de fazer. E cozinho, para mim e para o filho. E arrumo e limpo a casa... Enfim, os dias passam a correr... 😉

    RE: O Alessandro, agora relegado para segundo plano (está em banho-maria...) ainda terá alguma coisa a dizer. Não podia desaparecer assim tristemente, não achas? Vamos ver o que o futuro lhe reserva...

    Desejo-te muita saúde, e um feliz mês de Abril (e já agora... boa Páscoa!)

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  9. O futuro há-de equilibrar-se. Os nossos filhos e netos terão um país em que possam viver decentemente. Saberemos escolher quem nos governe.

    Querida Olinda, torço para que assim seja. Quero crer!

    Beijos.

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