Vinte e três horas, hora de Greenwich, também hora nossa, e meia-noite em Bruxelas. É quando o Reino Unido sai da União Europeia. Um parto muito difícil que nós, cidadãos europeus, acompanhámos perplexos perante a ausência de visão, de diálogo, de tacto. Como não estar prevista a saída de um membro de uma associação de forma lisa e escorreita? Tratar-se-ia de uma prisão? Depois desta saída é bom que legisladores e quem de direito se debrucem sobre a necessidade de se criarem estruturas de modo a permitir que os estados-membros que queiram sair saiam sem tanto stress.
E agora? Estarão acautelados os interesses dos cidadãos imigrantes que se encontram no Reino Unido e de cidadãos seus nos restantes 27 países da União? É bom que tenham pensado em tudo, pois más consequências por incúria já cansam.
Tivemos aqui no Xaile de Seda momentos de empolgamento em relação à União Europeia, instituída em 1993, pelo Tratado de Maastricht, indo buscar as suas origens ao pós-guerra, na luz que surgia da boa vontade de homens que pretendiam reconstruir a Europa. Começa com a criação, em 1951, da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e da Comunidade Económica Europeia, 1957, que reúnem à volta dos mesmos interesses a chamada Europa dos seis, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. A partir de então sempre a crescer em tratados, em instituições, em legislação, em adesões.
Depois o marasmo, na minha óptica. Na altura da crise económica, na acção da Troika, uma certa pusilanimidade. Se não existiu de facto essa fraqueza, o certo é que nos sentimos órfãos e desprotegidos perante a omnipotência dos mercados e decisões políticas draconianas.
Depois o marasmo, na minha óptica. Na altura da crise económica, na acção da Troika, uma certa pusilanimidade. Se não existiu de facto essa fraqueza, o certo é que nos sentimos órfãos e desprotegidos perante a omnipotência dos mercados e decisões políticas draconianas.
Mas não quero alongar-me com este tema. Muitas análises, presumivelmente especializadas, estarão a ser feitas ou hão-de ser feitas.
Neste espaço, apenas quero registar o momento.
E esperar pelo que aí vem.
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Tens toda a razão, querida Elvira; não se prepararam para o facto de algum país querer sair, assim como não se prepararam para muitos outros factos e isso, creio, tem trazido um pouco de descrédito em ralação à União Europeia; em muitos aspectos não tem sido a Europa que " homens de boa vontade " idealizaram e que todos nós esperavamos. Para Portugal tem sido muito bom, pois, sem ela, não estávamos tão desenvolvidos, mas há muita coisa a mudar nesta Europa. Um beijinho, querida Amiga e um bom fim de semana, apesar do mau tempo.
ResponderEliminarEmilia
Vi agora que te tratei por Elvira, mas, creio que não te importas. Sabes, há uns anos já, no blog Sexta-feira, tratava muitas vezes a Elvira de Olinda e agora fiz o inverso.
ResponderEliminarJá agora, aproveito para corrigir....em relação
Beijinhos, Olinda!
Emilia
Querida amiga
EliminarNegociações e mais negociações durante este ano. Esperemos que as coisas saiam a contento e a União Europeia possa acertar o passo com a evolução dos tempos.
Vi sim que me trataste por Elvira. :) Isso não tem importância nenhuma, bem sabes. E acontece-nos a todos.
Bom domingo, querida Emília. Saúde.
Beijinhos
Olinda