Para si , Maria.
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Alexandre O'Neill
Portugal
Poema retirado
de AQUI
Imagem e video:
internet
Ah! chegar aqui, ler essa bela poesia, ouvir essa magia na voz de Amália, numa merecida homenagem à Maria.
ResponderEliminarÉ um encanto, querida Olinda! Obrigada!
Beijinhos,
da Lúcia
Querida Lúcia
EliminarQue bom ter vindo! Este poema de Alexandre O'Neill e a voz de Amália estão sempre nos nossos corações, não é?
Beijinhos
Olinda
Querida Olinda,
ResponderEliminarQue gesto tão bonito para com a Gaivota Branca que anda de asinha caída.
Eu a acabar de escrever que desejo um dia com surpresas boas e a ter, eu própria, já uma (embora não sendo para mim, fico solidariamente surpreendida na mesma...)
Um beijinho, generosa Olinda.
Querida UJM
EliminarA nossa querida Gaivota Branca tem tido uns dias difíceis. Sei que este post não iria fazê-la sorrir mas também sei que ela adora O'Neill e Amália a cantá-lo é a conjunção perfeita.
Gostei de a ter surpreendido... :)
Beijos
Olinda
Gosto de Alexandre O´Neill e acho muita graça aos seus poemas mais irreverentes.
ResponderEliminarBons sonhos, minha amiga.
Sim, também gosto desse seu outro lado. Sabe, quando chega o Verão e não só, lembro-me logo do lema publicitário da sua autoria: 'Há mar e mar, há ir e voltar...' Uma grande verdade.
EliminarBeijo
Olinda
Belíssimo presente, Olinda.
ResponderEliminarBelíssima escolha.
;)
Meu caro amigo
EliminarObrigada pela tua presença e por teres gostado.
Abraço
Olinda
Lindo, Olinda! Hoje venho aqui pedir desculpas pela minha ausência. Tenho cá em casa a minha sobrinha ( vinda do Brasil) com a sua filhotinha. Como deve imaginar, o tempo é todo para ela. Depois voltarei com mais calma. Beijinhos.
ResponderEliminarEmília
Querida Emília
EliminarSei como é... Uma criancinha em casa altera tudo. :)
Não te preocupes, volta quando puderes. Entretanto, Irei ao 'Começar de Novo' deixar mensagens...
Beijos
Olinda
Minha querida Olinda de coração de ouro:
ResponderEliminarFiquei tão comovida com a sua ideia! A minha Gaivota, o meu O'Neill, a minha Amália. Um Trio imbatível no meu coração tão dorido neste momento! Estas lágrimas de agora, são mais doces, graças à sua ternura e amizade.
Tenho tido provas de amizade muito grandes. A sua, é enorme.
Abraço-a e beijo-a com ternura de irmã.
Maria
Maria Querida
EliminarTão bom que tenha gostado! Aliás, já sabia que gosta muito de O'Neill e de certeza que iria gostar das palavras dele na Voz de Amália. Sabia também neste momento difícil iria comover-se, mas de uma forma diferente. Foi a maneira que encontrei para lhe mostrar a minha amizade e o meu apoio... :)
Obrigada pelas suas palavras.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde amiga Olinda!
ResponderEliminarQue belo post!
Parabéns!
beijo carinhoso,
Mara
Olá, querida Mara
EliminarO'Neill e Amália! Um duo perfeito, não é?
Desejo-te dias muito felizes. :)
Beijo
Olinda
Olá Olinda,
ResponderEliminarNunca me cansa ouvir esta letra tão linda e tão musical.
Não sei se por associar à canção mas é divinal!
Um grande abraço
Olá, Manuela
ResponderEliminarÉ verdade. Alain Oulman um dos grandes responsáveis por isso.Trouxe para a Voz de Amália letras da fina flor da cultura portuguesa. E que músicas ele fez!
Beijo
Olinda
Um belissimo poema de que eu muito gosto.
ResponderEliminarUm abraço
Um belíssimo poema que, praticamente, anda na boca e no coração de toda a gente, ainda mais estando musicado como Fado e na Voz de Amália.
ResponderEliminarBeijinhos
Olinda
Lindo o que deixaste com toda a ternura!!!
ResponderEliminarO teu coração é um calorzinho
que enche todos de muito carinho
e faz um tic-tac doce e meiguinho!
Sê sempre assim minha amiga Olinda
deixo um beijinho de pura amizade
para quem é doçura, pura bondade!
Querida Levezinha
EliminarQue lindas palavras, elas sim, aquecem-me o coração e fico tão vaidosa por me serem dirigidas... :)
Desejo-te muitas felicidades minha amiga, com dias luminosos e floridos.
Beijos
Olinda
Será que me podia dizer qual o tema do poema? O amor por Lisboa ou o seu primeiro amor?
ResponderEliminarInteressantes as suas questões, Raquel. Trouxeram-me a preciosa oportunidade de reler este lindo poema de O'neill. Quanto ao tema que poderei dizer-lhe? Como saberá, A.O'neill é um poeta de intervenção e, por via disso, sofreu algumas represálias. Na sua obra, lança um olhar surrealista ao real, usando o humor como arma, e disso procurou fazer escola.
ResponderEliminarNeste poema, porém, ele aparece-nos com uma poesia emocional. O autor fala de Lisboa mas também de certas características relacionadas com o modo de ser português. Fala do amor primeiro e também de uma certa desesperança, quando ele no induz a ideia da morte, no final.
Fiz hoje um post convidando os meus leitores a darem-me a sua opinião. Portanto, voltarei.
Desculpe só lhe responder hoje. Estive impossibilitada de me dedicar ao blogue durante uns dias.
:)
Olinda