Onde é que eu estou?,
Na garganta de todos os Homens
Cabo Verde - Mornas
Onde é que eu estou?,
Na garganta de todos os Homens
Cabo Verde - Mornas
Adélia Prado, poetisa de nacionalidade brasileira é a vencedora do Prémio Camões, de 2024, o mais alto galardão da Língua Portuguesa.
Em sua homenagem transcrevo um dos seus poemas:
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Luzia Prado de Freitas (Divinópolis, 13 de dezembro de 1935) é uma poetisa, professora, filósofa, romancista e contista, ligada ao Modernismo. Considerada a maior poetisa viva do Brasil.
Sua obra retrata o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único. Em 1976, enviou o manuscrito de Bagagem para Affonso Romano de Sant'Anna, que assinava uma coluna de crítica literária no Jornal do Brasil. Admirado, acabou por repassar os manuscritos a Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro pela Editora Imago em artigo do mesmo periódico.
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Poema - daqui
Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias[ (Oceano Atlântico, registado em Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948 — 1 de julho de 2024) foi um compositor e cantor português.
Canta rouxinol canta
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