Um pouco ausente do blogue, por assistência a familiar, agradeço a todos os que por aqui têm passado, neste ínterim. Não queria deixar passar este mês (na verdade, daqui a pouco já é Agosto) sem fazer referência a uma notícia que li logo no seu início, não porque nos faça alguma diferença para o nosso quotidiano, mas, sim, no sentido de que nos permite conhecer mais do nosso passado, das nossas origens, dos cruzamentos a que, provavelmente, ao longo dos tempos fomos sujeitos e que de alguma forma terão influenciado a nossa sobrevivência.
Trata-se de um achado arqueológico de Dezembro de 1998, no Abrigo do Lagar Velho do Vale do Lapedo - Leiria - o esqueleto fossilizado de uma criança com a idade compreendida entre os quatro e cinco anos, datado no tempo com 24500 a 25000 anos, enterrada com cuidados que fazem supor que era amada e que viveria no seio de uma comunidade. Na verdade foi designada de "Menino do Lapedo", embora não se saiba se é menino ou menina. (Há textos que dizem peremptoriamente que é do sexo masculino)*.
O espanto para os especialistas reside no facto de estar datado o desaparecimento ou extinção dos Neandertais em 28000 anos e essa criança apresentar na sua estrutura óssea influências do Homo Sapiens Sapiens e do Homo Neandertalensis. Então, uma série de questões se coloca: Em que condições ter-se-á processado o cruzamento entre eles? Os neandertais terão sido absorvidos pelo homem moderno? Ter-se-ão verificado confrontos entre eles e em que medida? Enfim, há controvérsias e polémicas a perder de vista.
Por mim, creio que nada se extingue sem deixar rasto, por mais ténue que seja. Muito há para descobrir ainda e penso que não será nos nossos dias que ficaremos a saber de que se compõem esses mistérios ou se chegaremos ao seu âmago.
Talvez com o fito de se procurarem mais respostas e em comemoração dos 20 anos do referido achado arqueológico, no passado dia 23 de Julho, em Leiria, recomeçaram-se as escavações arqueológicas e há um programa afim durante o ano de 2018, que inclui uma exposição na Croácia: O Museu de Arqueologia de Zagreb (Croácia) vai receber em dezembro uma exposição sobre o Menino do Lapedo, projeto que envolve a autarquia de Leiria, o Ministério da Cultura e o Museu Nacional de Arqueologia, entre outros.
Diz aqui que:
Assinalar os 20 anos da descoberta do Menino do Lapedo é reconhecer a sua importância e a relevância do Abrigo do Lagar Velho, no Lapedo, no âmbito científico e pedagógico, na área da arqueologia e paleontologia mundiais, mas sobretudo dar-lhes a devida projeção enquanto património cultural de extraordinária relevância nacional e internacional... (Vereador da Cultura da Câmara de Leiria)
Por mim, creio que nada se extingue sem deixar rasto, por mais ténue que seja. Muito há para descobrir ainda e penso que não será nos nossos dias que ficaremos a saber de que se compõem esses mistérios ou se chegaremos ao seu âmago.
Talvez com o fito de se procurarem mais respostas e em comemoração dos 20 anos do referido achado arqueológico, no passado dia 23 de Julho, em Leiria, recomeçaram-se as escavações arqueológicas e há um programa afim durante o ano de 2018, que inclui uma exposição na Croácia: O Museu de Arqueologia de Zagreb (Croácia) vai receber em dezembro uma exposição sobre o Menino do Lapedo, projeto que envolve a autarquia de Leiria, o Ministério da Cultura e o Museu Nacional de Arqueologia, entre outros.
Diz aqui que:
Assinalar os 20 anos da descoberta do Menino do Lapedo é reconhecer a sua importância e a relevância do Abrigo do Lagar Velho, no Lapedo, no âmbito científico e pedagógico, na área da arqueologia e paleontologia mundiais, mas sobretudo dar-lhes a devida projeção enquanto património cultural de extraordinária relevância nacional e internacional... (Vereador da Cultura da Câmara de Leiria)
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