sexta-feira, 15 de junho de 2018

Influenciadores. Facilitadores.

As palavras ao longo dos tempos vão tomando novas significações. Nada que nos admire. Mas mesmo assim há algumas que me fazem pensar ao tomar conhecimento da sua contextualização. É o que acontece com influenciador/influenciadora. 
No avanço tecnológico em que estamos a viver é já uma profissão. Logo, melhor será dizer Influenciador/Influenciadora digital ou formadores de opiniões digitais.

















Não há muito tempo, três meses se tanto, tinha a televisão sintonizada em determinado canal onde decorria uma entrevista a dois rapazes, talvez adolescentes ou na casa dos vinte. Aí ouvi pela primeira vez a palavra com esse significado. Então, um deles respondendo à pergunta de como é que a coisa funcionava respondia que postavam fotos no Instagram e outras redes sociais envergando roupas e acessórios de que gostavam. Também iam às escolas e passeavam por ali, ou seja, desfilavam à vista dos colegas. Depois, com as visualizações ganhavam uma boa maquia, mercê de alguns contratos com as marcas.

Sabemos, lendo e ouvindo por aí, que figuras como alguns bloggers, youtubers etc. ganham a vida, ou quase, fazendo publicidade a produtos diversos ou gerando os seus próprios conteúdos, uma comercialização muito interessante que fala bem dos tempos que vivemos. O tradicional sistema de trocas está longe do que era ou talvez não. O que se faz agora não será mais do que trocas com suportes diferentes, cada dia mais versáteis e sofisticados.

Vimos há poucos dias uma rapariga de 16 anos ganhar um globo de ouro pela sua actividade na internet, na área da música. É uma visibilidade outra, não há dúvida. Andar pela vida a singrar passo a passo já era. Os meios agora são outros. Também reconheço que é preciso talento e saber fazer.

Influenciada, talvez, com a informação que já levava sobre os influenciadores vi logo naqueles dias um livro, na Fnac, com um título que me chamou a atenção: Os Facilitadores. Pareceu-me quase a mesma coisa. Aproximando-me mais, dei conta de que era um nome (ou substantivo) proveniente de facilitar. De vez em quando, cá em casa, dizem-me a rir que sou uma facilitadora, mesmo antes de saber que essa palavra existia no contexto actual. Muitas vezes até concordo. Será uma qualidade ou um defeito? Dependerá da natureza daquilo que facilitamos, não é? 








Voltando ao livro vi-lhe o autor, a capa e a contra-capa e fotografei-os com a minha falta de jeito proverbial, com um resultado muito pouco legível/visível. Sempre tenho dito que quando eu for grande quero ser como a UJM, blogger que eu sigo, ou como a minha filha. São autênticas artistas da fotografia. Mas, apesar da má qualidade das fotos, consigo distinguir que o autor se chama GUSTAVO SAMPAIO e que o tema versa sobre um grupo profissional que, com a sua acção, facilita a vida a Empresas privadas e também ao Estado nos mais variados serviços tais como: 

Ajustes directos, contratos swap, PPP (nos sectores da saúde, educação, águas, resíduos, vias rodoviárias e ferroviárias, etc.), privatizações de empresas públicas, concessões e subconcessões, contratos de exploração a meio século, auto-estradas com portagens virtuais, rendas excessivas no sector energético, mais-valias decorrentes da venda de gás natural não partilhadas com os consumidores, aumentos das taxas nos aeroportos nacionais, direitos adquiridos sobre pontes e aeroportos que ainda não foram construídos, indemnizações devidas por causa de projectos adiados, ou mudanças de sede fiscal para ... aqui

Uma investigação e tanto, como tudo na vida, passível de contraditório se for caso disso.

Mas, quis saber mais sobre o assunto, isto é, acerca dos Facilitadores. Descobri que é uma realidade que só eu desconhecia, pelos vistos, ou então terei já lidado com isso, mas através de uma outra designação ou com outro alcance. Segundo o que li, aqui, são pessoas geradoras de ideias inovadoras e de soluções criativas de problemas. Muitas são as competências dos Facilitadores. Até há formação específica para esse desempenho.

               Como dizia a minha avó: Vivendo e aprendendo.

                      E agora sim, despeço-me. Até daqui a oito dias

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1ªimagem: daqui
2ª imagem: daqui

13 comentários:

  1. São os novos tempos e ditames...até que outras estratégias, menos óbvias, tornem a surgir na nossa sociedade consumista.
    Beijinho

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  2. Depende do quem e com quê influenciam e do que facilitam. Li o seu texto e fiquei a pensar que subir "a pulso" na vida já deu o que tinha a dar. Agora outras coisas são necessárias para ter êxito…
    Um bom fim de semana, Olinda.
    Um beijo.

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  3. De vez em quando surgem novas actividades profissionais. Algumas morrem, mas outras ficam por muitos anos. Lembro-me quando nos anos 70 começaram a proliferar os consultores e que, na altura era muito criticados (até havia anedotas sobre o assunto). Hoje são imprescindíveis no tecido empresarial.
    Quanto aos facilitadores, a minha dúvida é se vieram para ficar ou não...
    Um texto muito interessante, parabéns.
    Bom fim de semana, amiga Olinda.
    Beijo.

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  4. Olinda, parabéns pelo excelente texto.
    A tal realidade é também para mim estranha, melhor dizendo, estranhíssima!
    A tua avó dizia "Vivendo e aprendendo" e eu acrescento... este mundo está louco!
    O que nos falta ver ainda, minha amiga?!
    Beijo e bom fim-de-semana.

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  5. Notável, Amiga! Facilitadores são (tão só) os que deixam levar pelos influenciadores, seja qual o meio usado. A estes, cumpre o dever de fazer prevalecer a evoluída técnica do marketing de que resultam vantagens e lucros.



    Beijo
    SOL

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  6. a passividade e a alienação em todo o seu esplendor!
    problema maior é que não há escapatória: nossos filhos e netos andam com eles na mochila escolar...

    sempre aqui um olhar, que vale a pena.

    bom descanso (se for o caso)

    abraço, amiga Olinda

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  7. Vivendo e fazendo copy; depois, read and save or delete; é que se se vai a guardar tudo!...
    Abraço.
    jorge

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  8. Pelo que me parece, no final do texto, só agora vais " à terra da tua mãe, mas, tendo já sido reakizada essa ida ou que o seja só agora, desejo que aproveites ou tenhas aproveitado bem e que as saudades tenham sido mitigadad. E tão bom ir à terra da nossa mãe, mesmo que, cheguando lá só encontremos paredes vazias e quintais agora abandonados, tendo sido, outrora tão bem trabalhados pela mãe, fazendo assim com que nada faltasse na mesa da familia. É isso que sinto quando vou à aldeia onde nasci, lugar que me enche de boas lembranças. Agora eu tenho duas " terras de minha mãe" que também são minhas e de onde sempre me custa muito sair.
    Quanto ao texto de hoje, Olinda, tens razão, as palavras vão mudando de significado, consoante a nossa mudança e também as dos tempos. Esses termos, no contexto actual, para mim também eram desconhecidos, pois as tecnologias ainda o são também. Quanto ao " facilitadoras " no significado que conhecemos, creio que, como mães, temos essa caracteristica; muitas vezes não é bom, mas a nossa tendência é facilitar a vida, principalmente a dos nossos filhos, embora isso não queira dizer que sejamos omissas no que respeita aos limites que têm de ser dados. Quanto ao significado actual, sinceramente, nem te sei responder, pois não me sinto capaz dessa função. As coisas mudaram e neste aspecto, penso que as novas tecnologias vieram ajudar muito e os " facilitadores ", profissão que também eu desconhecia podem, sim, ajudar imenso. Já os youtubers, depende; vejo a minha neta muito interessada em determinados yoitubers que são uma autêntica palhaçada e que levam os pais a estarem sempre atentos aos que interessam à Eduarda que so tem 9 anos. Todo o cuidado é pouco! Amiga, mais uma vez, obrigada por me tirares um pouco da ignorância que tenho destes novos usos tecnológicos. Aprendi mais um pouco! Beijinhos e até breve
    Emilia

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  9. Sempre em cima do acontecimento. Não há dúvida que muitas vezes precisamos desses especialistas. E se pensarmos a um nível mais abrangente, precisamos mesmo de descomplicar. Também não conhecia a designação enquanto grupo profissional.
    Que estes dias estejam a ser aprazíveis, querida Olinda.
    Beijinhos.

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  10. Foi a 16 de junho, sim, minha Amiga. Então também está de parabéns. Ser mãe é um privilégio enorme, não é?
    Um beijo.

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  11. É verdade, vivendo e aprendendo. O mundo sempre em constante mudança. Muda tudo, mudam as profissões, muda a vida, mudamos nós. E quem não avança, recua.

    Beijinhos.

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  12. Estamos no tempo em que tornear tudo com as palavras, começa a ser negócio de futuro.
    Que tudo na vida te continue a ser agradável.


    Beijo
    SOL

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  13. Sim, vivendo e aprendendo. E se adaptando ao que vem, ao que virá - ou não. Nesse caso, sou suspeito para falar, porque não faço parte desse mundo das redes sociais, Instagram, etc., escrevo apenas no blogue mesmo, e para mim já está bom demais, mas há quem faça disso um trabalho mesmo, e muitas vezes um trabalho bastante rentável, não será nunca o meu caso. Um beijo!

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