sábado, 23 de maio de 2015

Quando eu sonhava



Quando eu sonhava, era assim
Que nos meus sonhos a via;
E era assim que me fugia,
Apenas eu despertava,
Essa imagem fugidia
Que nunca pude alcançar.
Agora, que estou desperto,
Agora a vejo fixar...
Para quê? - Quando era vaga,
Uma ideia, um pensamento,
Um raio de estrela incerto
No imenso firmamento,
Uma quimera, um vão sonho,
Eu sonhava - mas vivia:
Prazer não sabia o que era,
Mas dor, não na conhecia ...


in "Folhas Caídas"

Imagem: daqui

6 comentários:

  1. É pena o avançar da idade ir fechando os sonhos no baú das recordações.
    Lindo poema, excelente escolha.
    Bom fim de semana
    beijinhos
    Maria

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  2. Olinda, Cara amiga
    Embora a poesia não tenha sido a vertente das letras em que Almeida Garret foi mais profícuo, a verdade é que nos deixou poemas muito bonitos.
    Este é um deles, acho que a sua escolha foi muito boa.

    Votos de excelente Domingo.
    Um beijo
    MIGUEL / ÉS A MINHA DEUSA

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  3. Os sonhos tem o poder de trazer alento para o nosso coração e impedem que as dores e os sofrimentos se achegem para nos fazer companhia
    Lindíssimo poema amiga Olinda
    Beijos e um lindo domingo

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  4. Incomensuráveis de tão belas

    as papoilas

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  5. Lindo poema Olinda!

    Andei um pouco ausente por isso a demora em aparecer por aqui.
    Um abraço e ótima semana!

    Blog da Smareis- +--?? É só clicar aqui!

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  6. É sempre um prazer (re)ler o Sr. Visconde!
    (ainda ontem passei pela casa onde nasceu, ali perto da Cadeia da Relação, no Porto)
    Obrigado pela leitura.

    jorge

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