quarta-feira, 3 de setembro de 2014

La muchacha-isla...

... en mi piel seguía impregnada la sal de mi tierra, el recuerdo de la arena, el murmullo de las olas… todo lo que hago huele a Mar.






Mi nombre es Josefina de la Torre. Nací
hace mucho tiempo, en 1907,  en un lugar
muy lejos de aquí…. En una isla soñada,
una piedra negra rodeada de mar (…)
Rememorar la niñez es mezclar
los recuerdos con los sueños… se me vienen
imágenes bañadas por la bruma… instantes
precisos que ocupan un lugar en la
memoria y un hueco en el alma. Un rostro, 
aquel rostro, un vestido de un determinado 
color, aquel vestido. La cubierta de un
barco y la mano de mi padre que me
sujeta…
un sombrero de plumas, una mano
que me acaricia antes de ser besada,  mi
primer juguete, la sonrisa de mi madre….
Con 13 años publiqué por primera vez en
 una revista literaria, con 20 mi primer libro
de poemas, “Versos y estampas” se llamaba.
Y en 1920 me fui a Madrid a buscar el mar
que se escondía en el asfalto. Y allí
encontré a mi nueva familia, tantos amigos
de la Residencia de Estudiantes. Generación
del 27 nos llamaban….  Rafael Alberti,
Lorca, Pedro Salinas. Fue él, Salinas, quien
se dio cuenta de que en mi piel seguía
impregnada la sal de mi tierra, el recuerdo
de la arena, el murmullo de las olas… Por
eso me bautizó como la muchacha-isla,
porque todo, inevitablemente todo lo que
hago, huele a MAR.







Noches...

Noches sobre la playa: rumor de orilla fresca.
Blanco batir de remos que la sombra sorprende.
Sobre la barra grande los hachones de pesca,
y un cuerpo perezoso que en la arena se tiende.

En lo alto de la Isleta el faro gira y gira.
Un denso olor a algas... Venus, la Osa Mayor...
Rasguea una guitarra. Una mujer suspira.
La brisa trae aromas de madreselva en flor.

Y en las noches de luna, sentados en la acera,
al ritmo melodioso de una antigua habanera
lánguida y cadenciosa con su aire dulzón,

evocar las figuras de la memoria mía
(los padres, el hermano, Dolores y María)
envuelta entre los pliegues de un viejo pañolón.

Josefina de la Torre
(Medida del tiempo)



























Noches sobre la praia, rumor de orilla fresca, noches de luna... sensações que a memória acolhe, ciosa do tempo passado e pelo que há-de vir, medida inexorável da cadência dos dias.
E se eu me perder por entre lauráceas na curva do caminho e os meus pés esmagarem as suas folhas, sei que o seu perfume me servirá de guia e voltarei a encontrar o Mar.


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1ª imagem e texto "Mi nombre es Josefina..." retirados de - aqui - Tema:Poemas visuales - Una Josefina de la Torre del siglo XXI
2ª imagem (pormenor de Gran Canaria) retirada de - aqui
Poema: Noches, Josefina de la Torre, de - aqui
3ª imagem: Gran Canaria -  Bosque de laurissilva, de - aqui


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Ciclo Macaronésia

18 comentários:

  1. ƸӜƷ Bonjour chère Olinda !!! :o)

    Je te remercie pour cette belle publication ツ

    Belle journée et GROS BISOUS D'ASIE !!!! ≧^◡^≦

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  2. ~
    ~ ~ Não conhecia Josefina de la Torre nem o Bosque de Laurissilva da Gran Canária. ~ ~

    ~ ~ ~ ~ Páginas admiráveis, organizadas com criatividade e bom gosto. ~ ~ ~ ~

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  3. O mar!
    Donde todos nós viemos!
    Beijinhos!

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  4. Parabéns por mais uma bela publicação.

    Isabel Gomes

    http://osmeusremedioscaseiros.blogspot.com

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  5. Não conhecia esta escritora, mas gostei muito do que li, Olinda,E é como sempre digo, aqui no Xaile muito aprendo e agradeço-te por isso. Aqui estão poemas sobre o mar, céu, sol, montanha, sobre tudo aquilo que faz parte de nós e que tantas vezes desprezamos. No Verão consolamo-nos com a harmonia que todos estes elementos nos proporcionam e,já começo a ficar triste com a ideia de que daqui a pouco o sol aparecerá menos vezes, o mar ficará mais raivoso , o azul dos céus se carregará de nuvens. Continuarão belos com certeza, mas a nossa disposição para encher a alma com essa beleza será muito menor..
    Olinda, aos poucos estou voltando à normalidade. Vai demorar, pois felizmente são muitos os meus amigos, mas estarei aqui com toda a certeza sempre que possa. Li tudo o que não tinha ainda visto e muito aprendi. Obrigada, amiga e até sempre. Um beijinho muito especial
    Emília

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  6. Muito bom!

    Textos maravilhosos..

    Abçs

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  7. Josefina de La Torre. Confesso que nunca tinha ouvido falar dela.
    Obrigada pela partilha.
    Um abraço e uma boa semana

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  8. O mar trás-nos a maresia e leva-nos a alma.
    Segredos que só o mar nos sabe fazer.

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  9. «´¨`·..¤: Un petit bonjour chez toi chère Olinda ! :¤..·´¨`»

    Je te souhaite un bon dimanche !!!

    GROS BISOUS et belles pensées amicales d'Asie ✿ ✿ ✿

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  10. Magnífica apresentação envolta no teu "Xaile de Seda".
    A areia vulcânica, negra, não deixa brotar palavras escuras que o mar não lave. O encanto da Ilha Mulher transparece nos seus escritos.
    Fascinou-me o seu modo de escrever.
    Renovados parabéns pela escolha feita.


    Beijos


    SOL

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  11. Não conhecia a poetisa, obrigado pela partilha.
    Bom restinho de domingo
    Beijinhos
    Maria

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  12. Oi, bom tudo, Olinda Melo
    Eu vim aqui, neste domingo, lhe trazer um verso, para você, refletir comigo:

    I
    Lágrimas despejadas, amargas, em desobrigas de ir embora.
    E já não basta terços, rezas e patuás, que outrora consolava
    Em rodas de ritos, a cólera maldita, assobiante com o ebola
    Agride a terna Mãe África, desesperada, pelos filhos, chora.

    Um abraço

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  13. Uma escrita cativante.

    Parabéns!

    beijinhos

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  14. Esplêndida poesia de uma escritora que lhe agradeço ter(-me) dado a conhecer, acompanhada por imagens muito bonitas.

    Um Setembro muito feliz, querida Olinda :)

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  15. As fotos são uma maravilha e...vou dizer-te, gosto muito da expressividade do castelhano. Há uma força sensível em cada palavra.

    Beijinho e boa semana

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  16. Incrível esta autora! Não conhecia, obrigada! Trabalho diariamente com o castelhano :)
    Beijinhos

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  17. Sempre tento traduzir, mas o google não é bom amigo nesse campo (rss). Consegui entender e percebi a sensibilidade da escritora, que me era desconhecida. Mas gostaria de ler, na íntegra, como se escrito em nosso idioma. Mesmo com esse dificultador, é inegável seu talento. Bjs.

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