Vem,
pelas altas sendas da terra, minha amada,
traz a magnólia dos paraísos perdidos,
e na garganta altiva um colar de orvalho
e âmbar,
vem, antes que seja tarde e
o tigre venha banhar-se na água azul dos
teus lagos,
resguarda o jasmim do teu corpo,
as suas doces colinas semeadas,
vem,
agora que já canta o invisível pássaro do
poema e das estrelas,
agora que estou só
no cais dos dias atlânticos e longos
vem,
embarca neste veleiro que parte,
ninguém sabe para onde,
levando os teus olhos tristes que não
voltarei a ver.
José Agostinho Baptista (1948)
Anjos Caídos(Poemário 2012)
O poeta nasceu em 1948, no Funchal (ilha da Madeira). Com 21 anos, veio para Lisboa, onde iniciou a sua carreira literária. Colaborou em alguns jornais, vendo o seu nome como poeta figurar no suplemento «Juvenil» do Diário de Lisboa. Em 1976, publicou Deste Lado onde, o seu primeiro livro. Em 2000, reuniu o conjunto da sua obra num único volume, intitulado Biografia.
Além de poeta, José Agostinho Baptista é responsável pela tradução para português de alguns autores de língua inglesa, como Walt Whitman e Tennessee Williams.(Instituto Camões)
Imagem: internet
Olinda, há muito para conhecer dos poetas portugaleses. esses é um que me encantou.
ResponderEliminarUm abraço e um bom fim de semana. Beijos.
EliminarOlá, António
Também acho. É uma descoberta contínua.
Abraço, amigo.
Olinda
Um bonito poema, sem dúvida. Bastante metafórico, tanto, que não consigo perceber a parte do tigre a banhar-se na àgua zul dos lagos dela...
ResponderEliminarSe calhar também não para tipos incultos como eu, perceberem...
;))
Eliminarhihihi...
Metáforas no poema e metáforas nas coisas que tu dizes...
Abraço, Bartolomeu.
Olinda
Olá OLinda.
ResponderEliminarQue poema tão belo!
Bom dia querida.
Bjo
EliminarOi,Fenanda
Obrigada, amiga.
Bom fim de semana.
Bjs
Olinda
Um canto de despedida...
ResponderEliminarBelíssimo querida! Não conhecia. Estou sempre lendo maravailhas aqui no teu belo espaço.
Obrigada!
Beijos querida Olinda e bom fim de semana!!!
EliminarOlá, querida Carla
Sim, um canto sentido.
Obrigada.
Bjs
Olinda
Que lindo canto...
ResponderEliminarNão tenho memória de ter lido este belíssimo poema. Obrigada.
Beijinho
EliminarQuerida Ana
Eu também não conhecia.Encontrei-o num poemário, editado este ano, que oferece momentos de leitura interessantes.
Bj
Olinda
Não conhecia. Mas gostei. E, por isso, achei que era um bom pretexto para ir comprar o Elucidário. E fui.
ResponderEliminarAbraço.
Eliminar:)
O Elucidário madeirense ou o Elucidário elucidativo?
Em qualquer dos casos, uma boa aquisição...
Abraço, Jorge.
Olinda
Lindo poema.
ResponderEliminarO amor é cântico dos poetas portugueses.
Obrigada
Até breve
Herminia
EliminarAh, o amor, o mar, um veleiro...
Excelente.
Beijinhos, querida Hermínia
Olinda
Mais um excelente poeta que tu nos apresenta, Olinda, e depois de sentir em cada linha a emoção que brota, solto um suspiro longo e desejo embarcar no veleiro em busca dos meus desejos...
ResponderEliminarBeijos, querida amiga!
;)
EliminarOlá, Canto da Boca
É mesmo o que apetece, não é? Céu e mar. E o veleiro, um mero ponto, naquela imensidão. Mas o que estraga tudo é a saudade, se tiver ficado alguém no porto a acenar...
:)
Bjs
Olinda
Fizeste uma magnífica escolha poética.
ResponderEliminarNunca tinha lido nada do autor, mas por estas palavras dá para ver que vale a pena fazê-lo.
Olinda, querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
EliminarObrigada, caro Nilson.
Também eu penso procurar mais sobre este poeta.
Uma boa semana para ti, meu amigo.
Abraço
Olinda