Fui buscar ao blogue da Mara, Lusofonia Poética, este poema de Eugénio Tavares, e a imagem:
Partindo
Triste, por te deixar, de manhãzinha
Desci ao porto. E logo, asas ao vento,
Fomos singrando, sob um céu cinzento,
Como, num ar de chuva, uma andorinha.
Olhos na Ilha eu vi, amiga minha,
A pouco e pouco, num decrescimento,
Fugir o Lar, perder-se num momento
A montanha em que o nosso amor se aninha.
Nada pergunto; nem quero saber
Aonde vou: se voltarei sequer;
Quanto, em ventura ou lágrimas, me espera
Apenas sei, ó minha Primavera,
Que tu me ficas lagrimosa e triste.
E que sem ti a Luz já não existe.
Eugénio Tavares
Cabo Verde
o)
Um poema que retrata a realidade não só de muitos Caboverdianos como de (cada vez mais) muitos Portugueses.
ResponderEliminarUm abraço e um bom dia
Uma partida tira-nos sempre um pouco do coração.
ResponderEliminarBjos
Querida Olinda!
ResponderEliminarMuito bom encontrar esse poema aqui.É lindo....gosto muito.
Beijo e boa tarde.
Com carinho,
Mara
Grande surpresa...Adorei a postagem...
ResponderEliminarBeijo
Olinda
ResponderEliminarÉ lindo este poema.
Obrigada por dar-mo a conhecer.
Boa noite
Maria
Minha querida
ResponderEliminarUm poema muito real...infelizmente, não conhecia este poeta.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
E fez tão bem. É lindo. Adoro pintura africana e vozes da lusofonia.
ResponderEliminarBeijo
Bela imagem...Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Lindo Olinda!!
ResponderEliminarExiste sempre alguma partida perto de nós não é??
Bjs
Olinda,
ResponderEliminarBem a propósito esse poema... afinal, quem pode viver sem amor???
Bjs!!
Tão triste é a partida
ResponderEliminarseja ou não anunciada
como este soneto de ida
que tem Luz em sua toada
e tão bem musicada...
obrigada pela partilha
dos versinhos dessa ilha
bjinhos
Alguns partem mar adentro nunca sabendo como ele os vai receber; às vezes ele se revolta e de calmo vira a raivoso, levando tudo na frente; mas não é só o mar que recebe sem prometer que devolve; a vida nisso também é como o mar; hoje deu-nos um dia, para uns maravilhoso, para outros tortuoso e para muitos já lhes negou o entardecer...a noite. Partimos a cada dia para um novo começo, mas não sabemos se o terminamos...nunca saberemos se chegamos. Gostei muito do poema; não o conhecia e agradeço-te a partilha. Um grande beijinho e até breve
ResponderEliminarEmília
a partida...
ResponderEliminaré bom partir mas depois o regressar...
caminhar... caminhando e partindo...
abrazo europeo
Comentário de António Lídio Gomes:
ResponderEliminarOlinda, ainda não consegui deixar comentários no teu blog.
Tenho tido mais sucesso com aqueles que usam página inteira, ou janela pop up. (Nos que tem e-mail, envio meus comentários por eles)
Porém deixo aqui minhas impressões sobre o poema Partindo.
***
Falar de partidas, despedidas ou primavera dão tantas poesias! Como é bom os ciclos em nossas vidas para que as sensações sejam como esta primavera. Sempre renovada.
Um beijo grande, abraços fraternos.
Minha Querida Olinda:
ResponderEliminarNão sei se gostei mais do quadro ou da poesia, mas sei que gostei muito de ambos.
Um abraço.
Há dias assim...temos que usar de toda as forças para reencontrar a luz
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