Não posso adiar o Amor para outro século
Não posso
António Ramos Rosa
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar nem
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar nem
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora incisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
E a aurora incisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
ESCOLHA DA EMÍLIA
=====
Contra todas as vicissitudes, o amor ganha sempre ainda que
venha com as roupagens do ódio. Pura ilusão, não, Ramos Rosa?
Apenas procura a melhor forma de se manifestar.
Assim este grito de libertação
e a assumpção da própria vida.
Amor Electro
Marisa Liz
É de pedir aos céusA mim, a ti e a DeusQue eu quero ser feliz
====
Imagem: Pixabay
Bom dia de toda paz, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarEmília tão atenciosa conosco, mais uma querida amiga desfilando em seu tapete amoroso.
Desde que li o poema em seu blog, fiquei emocionada.
Adiar o Amor para quando?
Para o pós morte na Terra?
Eu também não posso adiar o Amor de jeito nenhum. Até adoece tal delonga.
O coração tem urgências e uma delas é Amar e ser amado.
Que dia radioso nos oferta Emília também!
Só gratidão às duas amigas por tão belo post.
Música com uma letra muito bem encaixada.
Tenha um dia amorosamente abençoado, anfitriã cheia de maestria!
Beijinhos com carinho fraternal
P.S. Hoje ouvi algo lindo sobre o Amor e me lembrei da sua Festa:
ResponderEliminarAme como se fosse a última coisa que saiba fazer.
💙💙
Minha amiga Rosélia
EliminarRealmente, a Emília trouxe-nos um poema maravilhoso do grande poeta António Ramos Rosa, o que veio prestigiar o "Xaile de Seda" e abrilhantar esta nossa Festa do Amor.
As palavras chovem belas, apaixonadas e cheias de urgência. É esta urgência de que fala no seu belo comentário, pois, adiar para quê e para quando? Ramos Rosa rejeita a ideia de deixar o Amor para depois e solta o seu grito de libertação.
Grata, minha amiga, pela leitura e interpretação deste poema, o qual caracteriza por si só a poesia deste grande poeta.
A frase que me trouxe:" Ame como se fosse a última coisa que saiba fazer", é bem elucidativa da arte de amar.
Tenha dias com saúde e alegria.
Beijinhos
Olinda
Sim, Olinda, essa foi a minha escolha, porque, em meio a tantas guerras, a desastres da natureza como aquele que está a acontecer na Turquia e Siria, é fundamental que o Amor esteja sempre presente em nós. Fala-se muito no " aqui e agora ", na importância de vivermos o presente, deixando para trás o passado e não pensando exageradamente no futuro e, então, o Amor? Não pode ser esquecido e muito menos adiado. AMEMOS agora e muito! Seremos mais felizes, amando! Obrigada, Rosélia, pelas palavras tão carinhosas, Obrigada, Olinda, por teres acompanhado a minha escolha com uma música tão bonita e que eu desconhecia. Obrigada também por me teres convidado, pois está a ser muito linda esta " maratona " em prol do Amor . Beijinhos às duas queridas Amigas.
ResponderEliminarEmilia
Querida Emília
EliminarEste poema de Ramos Rosa incentiva-nos a não deixar para depois tudo o que seja importante no nosso relacionamento para com os outros, em especial, quando o Amor parece ficar em segundo plano.
"Ainda que o ódio estale crepite e arda" o único remédio é e será este sentimento, que reúne em si todos os outros e que nos fazem bem a nós e aos nossos semelhantes, tomando aqui um cariz universal.
Muito graves são os problemas que têm surgido a nível internacional pela acção do ser humano, nomeadamente, as guerras que parecem obedecer à sede de poder. A juntarmos a isso, a Natureza tem uma palavra a dizer e vemos como há dois dias a sua ira se abateu sobre esses povos que de um momento para o outro se vêm na maior das tragédias.
Muito obrigada, minha amiga, por esta tua participação na "Quinzena do Amor".
Beijinhos
Olinda
Romántico poema Te mando un beso.
ResponderEliminarMuito obrigada, J.P. Alexander.
EliminarUm beijo
Olinda
Olá, amiga Olinda, gostei muito do poema de António Ramos Rosa,
ResponderEliminarintitulado "Não posso adiar o Amor" enviado pela amiga Emília.
Um poema sensível que demonstra com grandeza o talento do poeta, na contribuição à Quinzena do Amor, já com tanto sucesso.
Um beijo às duas amigas e uma ótima semana.
Caro Pedro Luso
EliminarUm gosto vê-lo aqui comentando estas nossas publicações.
Hoje, temos a participação da nossa querida Emília que
homenageia o talento de Ramos Rosa, e nós com ela,
saboreando e celebrando o grande Poeta que tanto nos
deixou.
Muito obrigada, meu amigo.
Um beijo.
Olinda
Olá, querida Olinda, ótima postagem da Emília, trazendo o poeta
ResponderEliminarAntónio Ramos Rosa, que eu não conhecia, e achei maravilhoso.
Poema de amor Universal, que deve servir e agradar a muitos leitores,
principalmente aos amantes dessa nobre arte, a poesia!
"Não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação".
Parabéns a ambas, a Olinda e Emília.
Votos de uma ótima semana às duas. Saúde e paz.
Beijinhos
Querida Taís
EliminarE assim continuamos nesta nossa ronda surpreendendo-nos com a capacidade de poetas e prosadores cantarem a vida através de palavras que nos emocionam.
É o caso dos nossos participantes nas publicações anteriores e agora
temos A. Ramos Rosa com o seu grito de libertação, trazido pela nossa amiga Emília.
Muito obrigada, pela prazerosa presença e comentários tão belos.
Beijinhos
Olinda
Num mundo, onde o ódio prolifera como cogumelos no Outono, este poema de António Ramos Rosa é um grito de libertação, uma flor vibrante de vida entre armas de destruição. Boa escolha.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Olá, cara Elvira
EliminarPor vezes pensamos que o ódio vai prevalecer e que nos destruiremos não tarda nada. Ansiamos por um Messias ou um D.Sebastião para nos resolver os problemas. Mas, a verdade é que a solução está nas nossas mãos e nem damos conta disso...
Beijinhos
Olinda
Bom dia Olinda,
ResponderEliminarMagnífica escolha da Emília.
O poema de Guimarães Rosa é fabuloso.
O amor não pode ser adiado. Tem que ser vivido aqui e agora.
Música em sintonia dos Amor Electro que muito aprecio.
Beijinhos fraternos para ambas..
Ótimo dia.
Ailime
Olá, amiga Ailime
Eliminar"O amor não pode ser adiado".
Por vezes o fazemos e o resultado é catastrófico.
Muito obrigada pelo comentário, amiga.
Beijinhos
Olinda
Uau! Que participação linda a da nossa querida Emília. António Ramos Rosa, o poeta das palavras, merece estar nesta Festa do Amor. Como ele dizia: "É na palavra que se acende a minha vida".
ResponderEliminarOra, como a vida é curta e veloz, minhas amigas e meus amigos - não adiemos NADA.
Amiga Olinda, mais uma bela publicação, mais uma excelente escolha musical. Que bem canta Maria Liz o Amor. Amo a letra desta canção.
Beijos para duas queridas amigas.
Olá, querida Teresa
EliminarE eu felicíssima por ter aqui este grande poeta, com um dos seus mais belos poemas. Tens razão, não adiemos nada. Há ocasiões em que adiamos "sine die" e depois o tempo não espera por nós.
Gosto muito de Mariza Liz. Interpreta com alma, trazendo o seu cunho inconfundível.
Muito obrigada, amiga, pela presença e comentário.
Beijinhos
Olinda
O amor jamais pode ser adiado. Se tal se verificar, o amor não acontece e torna-se volátil.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Caro Juvenal
EliminarVolátil, é o termo. Deixando-o escapar depois torna-se difícil senão impossível "deitar-lhe a mão".
Abraço
Olinda
Não podia ter escolhido melhor a Amiga Emília. Este poema de António Ramos Rosa é um dos que me toca fundo e está sempre actual. Um beijo à Emília. Outro para si, minha Amiga Olinda.
ResponderEliminarSim, sempre actual porque carregamos em nós os mesmos problemas e as mesmas complexidades. Deles não nos livraremos nunca, a não ser que surja "O homem novo" , uma teoria bastante apetecível. (Humanidade).
EliminarMuito obrigada, amiga Graça.
Beijinhos
Olinda
Gostei muito da escolha da querida Emília para festejar aqui o amor! beijos às duas, lindo dia! chica
ResponderEliminarObrigada e muito bom ter gostado.
EliminarBeijinhos
Olinda
É um poema expressivo e emocionante do Poeta do Algarve
ResponderEliminarque afinal não foi abençoado por este amor que tanto desejou,
talvez por timidez, porém, Deus abriu-lhe uma janela.
A sua sobrinha foi de uma dedicação e carinho exemplares.
Todos os anos reservo-lhe uma homenagem no meu espaço.
Um poema intenso que abrilhanta esta 'blogagem coletiva'...
Parabéns pelo bom gosto. Abraços
~~~~
Olá, Majo
EliminarUma informação sobre Ramos Rosa, da sua vida pessoal,
que desconhecia. Ainda bem que teve esse apoio, de alguém
da família que lhe trouxe conforto quando mais precisava.
O que é Blogagem colectiva? Confesso que não sei bem do
que se trata.
Muito obrigada, querida Majo.
Abraço.
Olinda
António Ramoa Rosa "no seu melhor" e uma grande recolha da nossa querida Emilia. Tanta coisa se pode adiar mas hoje, mais do que ele está tão ausente. Mas...eis que quando é urgente, ele corre e salta entre os escombros da miséria e aflição como agora nos ultimos sismos.
ResponderEliminarSerá que a humanidade só acorda no meio do desespero?
Emília, bem digo que és sempre oportuna!
Obrigada, querida Olinda, pelo trabalho na escolha da música e a imagem
Beijinhos
Querida Manuela
EliminarComo se costuma dizer, "O amor move montanhas". E na realidade, quando o amor é forte e sincero, não há escolhos que não vença. As dificuldades se esbatem, o dia e a noite deixam de contar como medidas do tempo. Se há Sol ou luar, tanto faz...
Excelente escolha a da nossa querida amiga Emília.
Grata pelo comentário e pelas palavras de apreço.
Beijinhos
Olinda
Que belo poema! Que maravilhosa foi a escolha da amiga Emília!!
ResponderEliminarDe facto o Amor não se adia, não se se escolhe a quem amar, pois os ditames do coração falam sempre mais alto e são mais fortes do que qualquer noção de certo ou errado. O Amor é sempre quem manda e mais valor tem na nossa vida. O resto, não conta nada...
ARR, no seu melhor e mais ambicioso poema. Adorei!
Parabéns e um grande abraço para ambas!
Olá, querida Janita
EliminarQuando o coração manda de nada vale ouvir a voz da razão.
Ele é senhor e dono das nossas vidas e se estatelarmos
tant pis. Fazer o quê? Fazer ouvir o grito que A.Ramos Rosa
lançou de certeza que terá as suas compensações.
Um poema muito bem escolhido pela Emília.
Obrigada por ter vindo, minha amiga
Beijinhos
Olinda
Poema fabuloso!! Obrigada pela partilha!!
ResponderEliminar.
Vagueando até o sol se erguer
.
Beijos e uma boa tarde.
Muito obrigada, cara Cidália, pela sua presença e comentário.
EliminarBom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
Que excelente escolha da Emília. Excelente autor. Beijinhos às duas
ResponderEliminarSeja bem-vinda.
EliminarGrata pelo comentário.
Bijos.
Olinda
O poema de que mais gosto de Ramos Rosa.
ResponderEliminarTambém gostei de conhecer a canção.
Querida Olinda, beijinho e bom resto de semana :)
Olá, querida São
EliminarGrata por ter gostado desta publicação com o poema trazido pela Emília e a canção do Amor Electro, Mariza Liz.
E já estamos no fim de semana. Tudo de bom.
Beijinhos
Olinda
Nunca se deve adiar o amor. Sem amor a vida é muito mais complicada de viver
ResponderEliminar.
Um dia feliz … saudações cordiais.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Caro Ryk@rdo
EliminarSe é! Uma complicação do princípio ao fim.
Desejo-lhe um excelente fim de semana.
Imagine, ainda é quinta-feira e já estou a achar
que estamos no final da semana. :))
Abraço
Olinda
Quase passo ao largo do Xaile na escolha das sensíveis Emília e Olinda e perco a aventura da palavra sob a batuta de António Ramos Rosa que aborda um dos matizes da vida neste poema. Sabemos que ARR ao escrever sobre o amor revela o quanto o respira. Revela que escreve e toma este ato como um modo de respirar ou como uma forma de anular as carências e abolir a distância. E seguimos o leito do rio sem pressa e sem trégua. Amar é urgente...
ResponderEliminarBeijinhos para as duas,
Sem pressas, que temos tempo. Todo o tempo do mundo, desde que abolimos o calendário por aqui. Mas a nossa urgência, como bem diz, é amar...E aqui estamos seguindo este homem que não teve pejo em bradar a sua urgência, porquanto no amor todos os minutos contam. "Revela que escreve e toma este ato como um modo de respirar..."
EliminarE sentimos essa respiração e nela nos inspiramos.
Muito obrigada, caro José Carlos, por este belo comentário.
Grande abraço
Olinda
O amor é um sentimento sublime que nos colhe em seu berço chamado coração. Seja de que forma ele venha jamais devemos adiá-lo. Devemos acolhê-lo e vivenciá-lo em sua plenitude
ResponderEliminarLinda escolha da querida Emília
Beijinhos queridas Emília e Olinda
O berço do amor é o coração! Lindo o que diz, querida Gracita. O amor nasce nele e irradia-o à sua volta e depende de nós fazer dele o nosso estandarte.
EliminarBeijinhos
Olinda
O amor nunca pode ser adiado. Um poema lindíssimo e uma escolha musical que adorei, à quanto tempo não ouvia.
ResponderEliminarBeijinhos para as duas minhas amigas.
Querida Maria
EliminarAceitá-lo quando aparece e nos abre os braços. "Acolhê-lo e vivenciá-lo", como nos a Gracita.
Muito obrigada pelo comentário.
Beijinhos
Olinda
Excelente escolha, Emília! Claro que o amor é um grito de libertação. Não pode ser adiado, com diz e bem ARR.. É como um fruto em tempo de colheita. Olinda Melo leva-nos por bom caminho. Abraços a ambas.
ResponderEliminarA Emília, sempre nos oferece um leque de escolhas soberbo!
ResponderEliminarUm poema que nos faz reflectir... sobre quando é que a essência do amor de perde em nós... se não o conseguimos fazer perdurar em todas as circunstâncias... e já que supostamente amor e ódio, estarão a um passo um do outro, como por vezes, se afirma...
Beijinhos para ambas
Ana