- Taís Luso de Carvalho
Nesse terrível episódio da pandemia em que todos nós estamos passando, agora com mais leveza, pensei muito nos meus pais, já falecidos. E trago para essa crônica, um pouco de mim. Sem dúvida que nós ficamos bem mais sensíveis, mais afetivos e saudosos. E nesse período afloraram meus melhores sentimentos para com meus pais.
Lembrei de nossas festas juntos, nossas viagens, nossos almoços dos domingos, nossos passeios aos shoppings quando meus pais ainda estavam entre nós. Não esqueço de minha mãe, toda vestida de felicidade quando íamos ao shopping comprar os presentes da família, quando fazíamos as festas de Natal em conjunto, a Ceia, as brincadeiras de meu pai, um homem de elevado humor. Todos nós tão felizes!
E ao lembrar de todos os nossos momentos, hoje me pergunto porque não aproveitei a felicidade, ao longo de nossas vidas, para dizer-lhes, muitas vezes, que eu os amava?
Fiquei com a sensação de que falhei. Acostumada tanto com suas presenças, hoje vejo que poderia ter-lhes dado essa felicidade, demonstrada com palavras, diferente das atitudes de cuidados que eu tinha com eles. Palavras são mais fortes, transmitem mais impacto, mais emoção. Fui uma boa filha, sem dúvida, mas ao ler o Diário Pessoal de meu pai (ele deixou para mim), quanta coisa linda deixou ali escrito! Quanto carinho, como ele me amava! Como amava a família!
Sinto isso quando nossos filhos dizem para nós: eu amo vocês! Dizem quando saem de férias, dizem quando estão longe, ao telefone, dizem quando nos despedimos após os almoços dos domingos. E como isso tem força! Parece tão pouco, mas é muito!
Hoje, certamente eu diria em vida para meus pais: "Eu amo vocês", e diria muitas vezes. Sinto como se fosse um poema. E meus olhos lacrimejam, um nó na garganta, e um choro baixinho como no momento dessa crônica. Um sentimento que eu devia ter dividido.
Senti um pouco tarde que as "palavras" são mais fortes do que os atos, que como tempo nos habituamos a fazer, quase que automaticamente.
Com nossas mãos já entrelaçadas, eu disse que os amava, mas o tempo restante não me ajudou. Gostaria que tivessem levado com eles o meu maior sentimento, demonstrado enquanto juntos vivemos. Nossos atos têm uma função, nossas palavras outras. E eu pensei errado, as palavras carregam emoções, é o coração se manifestando.
Aprendi, o quanto é bom e saudável os filhos dizerem e os pais escutarem:
Eu amo muito vocês!!
É a força do amor!
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Blog da TAÍS - Porto das Crônicas
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Imagem: enviada pela Taís
Bom dia de Amor, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarQue beleza ler aqui a crônica da nossa amiga Taís!
É muito emocionante e me fez lágrimas ao trazer a memória afetiva do meu pai amado que se foi há quase 14 anos.
O Amor em diversos lances é tão bonito...
Música belíssima a acompanhar mais um dia da Festa do Amor.
Hoje estou emotiva, amiga, pelo que a amiga sabe, ler agora aqui, deixou-me mais apertada no 💙...
Vocês duas são pura emoção profunda.
Obrigada por existirem no mundo virtual.
Choro a ausência do meu pai amado ao ler a cronista Tais e estar em sua página, Olinda.
Muito obrigada pelo belo momento, nossos amados são nosso TUDO.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão e estima
Querida Rosélia
EliminarQue emoção ao ler o seu comentário. Penso que a Crónica
da Taís aliada às suas palavras, amiga, fazem com que tudo valha
a pena, todos os nossos actos de tolerância e de concórdia.
Ao recordar o seu amado Pai também me trouxe a recordação do meu Pai e da minha Mãe.
Muito obrigada pela sua presença e pela sua amizade.
Beijinhos
Olinda
Olá, amiga Olinda,
ResponderEliminarhá anos tenho tido a satisfação de vir ao Xaile de Seda onde
invariavelmente encontro importantes matérias literárias
(crônica, conto e poesia), de vários autores igualmente importantes,
escolhidos todos por você com seu peculiar bom gosto. Agora, amiga
Olinda, além da satisfação de estar aqui no seu blog, pelos fatos
mencionados, outros motivos que me dão satisfação e alegria é
a crônica A FORÇA DO AMOR, escrita pela minha querida Taís, e a sua iniciativa de fazer esta postagem.
Essa crônica aqui postada está maravilhosa, pelo seu conteúdo amoroso que muito me emocionou. Resta-me, pois, agradecer a você pela partilha e desejar a todos amigos leitores novas realizações nesse Mundo dos Blogs, que tão bem faz a todos nós.
Beijo para ambas.
Caro Pedro
EliminarPalavras belas e de apreço as que me traz, as quais muito
me sensibilizaram. Este encontro tem sido para mim de grande
importância, congregando aqui os amigos, uma vez no ano,
para fazermos esta Festa baseada na bem-querença.
O facto de a Taís ter acedido em me enviar uma das suas
Crónicas foi de uma enorme generosidade, que me emocionou.
Muito obrigada pela sua presença, comentando e também
participando nesta maratona.
Grande abraço
Olinda
Olá, querida Olinda, é com muita satisfação que participo dessa sua adorável Quinzena do Amor. Como é bom ter amigos nesse Mundo dos Blogs, ser recebida com tanto carinho, fico emocionada em ver uma crônica aqui no seu belo espaço. Deixo meu carinho a você e a todos nossos amigos de tantos anos. Caminharemos juntos, e por longo tempo, floresceremos onde o amor estiver!
ResponderEliminarBeijinho e minha gratidão para você e para nossos leitores amigos!
Taís Luso
Querida Taís
EliminarQue Felicidade ver aqui representada a sua bela escrita, ainda por
cima versando sobre um Amor que é de todos o Maior. Como disse
ao Pedro, acima, foi grande a sua generosidade, a qual muito agradeço. Falando dos Pais, do relacionamento com os Filhos e
vice-versa é uma lição que nos traz e que muito nos enriquecerá.
Depois das definições sobre o Amor e agora com o seu texto "A Força do Amor", estamos lançados para falarmos de outras formas de amar.
Poemas e pensamentos belíssimos nos aguardam.
Gratíssima, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Linda crônica da Taís e a força do amor bem expressa nela.
ResponderEliminarVale muito nosso amor sentido e declarado !
beijos às duas, chica
Querida Chica
EliminarA amiga Taís tem essa forma envolvente de escrever, e nesta Crónica trata um tema caríssimo a todos nós.
Boa quinta-feira.
Beijinhos
Olinda
Não imaginei que hoje, ao acordar , fosse ler aqui esta cónica da nossa Amiga Taís, com palavras sentidas que me emocionaram muito, Como ela, também eu já não tenho os meus queridos pais cá, como ela, recordo momentos lindos com eles passados e como ela, todos os dias , lamento não lhes ter dito mais vezes que os amava e que agradecia o tanto que por mim fizeram, apesar das dificuldades da época . Faltaram estas palavras simples e belas que, hoje, tantas vezes lhes digo ao pensar neles, na esperança de que me ouçam e sorriam contentes e orgulhosos da filha que tanto bem lhes quer
ResponderEliminarObrigada, Tais, por me teres emocionado desta maneira, logo ao acordar, obrigada, Olinda, pelo bem que estás a fazer a todos nós ,com esta maravilhosa iniciativa Beijinhos às duas Amigas e um bom dia, com muito amor e saude
Emilia
Querida Emília
EliminarFalar do amor dos Pais para com os Filhos e vive-versa, é um assunto que sempre nos emociona. A Taís soube transmitir-nos
isso de maneira extraordinária e na primeira pessoa, o que vem
acrescentar maior realismo à Crónica. Todos nós sentimos essa
falha de não termos dito tudo aos nossos pais em devido tempo.
E não só. Também a amigos queridos que se foram e a quem
podíamos ter dito uma palavra ou outra que desejariam ouvir.
Muito obrigada, amiga, pelo teu comentário.
Saúde junto aos teus.
Beijinhos
Olinda
Gostei muito do texto e das emoções que a nossa querida amiga Taís nos desvela. Assim como da canção.
ResponderEliminarO Amor sente-se e vive-se de tanta maneira...
Abraço carinhoso para ambas e que tenham um Fevereiro feliz :)
Querida São
EliminarÉ um facto. Todos sentimos de maneira diferente, ou não fôssemos
únicos, com personalidades específicas, de conformidade com os
nossos costumes e tradições, e pela força do nosso próprio "eu".
Beijinhos
Olinda
A Taís faz excelentes textos sobre qualquer coisa. E este não foge à regra.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, amiga Olinda.
Beijo.
Sim. Uma grande cronista a Taís. Sabe como ninguém ler o
Eliminarnosso quotidiano e, de uma maneira ou de outra, sentimos
que já vivemos aquelas situações.
Votos de boa quinta-feira.
Beijo
Olinda
Dormi no leito deste rio olhando um pedaço da lua. Me acordo e dou de cara não mais com a lua, e sim com "A força do Amor" tão bem manifestado nesta crônica de Taís Luso. As histórias de vida são diferentes. Emocionamo-nos e pensamos nos entes queridos que nos deixaram e o que não fizemos quando deveríamos ter feito em palavras e gestos. O que sou, devo a minha mãe. E todos os dias manifesto meu reconhecimento e o meu agradecimento. E sigamos o curso deste rio e seus afluentes, Olinda!
ResponderEliminarTão bom este congraçamento>
Meu abraço,
Bem visto, José Carlos. Uma transição digna de nota.
EliminarDepois do rio e seus afluentes com um pedaço da lua a acenar deparamo-nos com esta manifestação de amor filial. É verdade, cada um com a sua história de vida, histórias essas que, por vezes, se entrecruzam.
Assim, este congraçamento que nos une nesta troca de palavras
que fazem bem. E sigamos em frente, com estes rios a extravasarem-se das margens.
Abraço
Olinda
Palavras que espelham a força do amor. Brilhante crónica da nossa amiga Taís.
ResponderEliminarÉ importante dizermos aqueles que nos são queridos, o quanto os amamos.
Beijinhos
Olá, Maria
EliminarDizer o que, contra toda a lógica, guardamos cá dentro.
Fazemos felizes os que nos rodeiam e também nos sentimos
de bem connosco próprios.
Muito obrigada, amiga.
Beijinhos
Olinda
Dois beijos, dois abraços apertadinhos para duas queridas amigas.
ResponderEliminarE mais não consigo escrever, pois deixei de ver as teclas.
Emocionada eu, também, querida Teresa.
EliminarMuitos beijinhos.
Olinda
Muito bom o seu texto!
ResponderEliminarAcho que estamos a voltar à normalidade, mas, entretanto perdeu-se muita coisa! Obrigada pela partilha!
.
Deambulo pelos labirintos do destino...
.
Beijos
Uma excelente tarde!
Belíssimo o Taís, na verdade.
EliminarMuito obrigada, Cidália.
Beijinhos
Olinda
Corrigindo:
EliminarBelíssimo o texto da Tais...
bj :)
Linda expressão do AMOR na crônica da nossa querida cronista . Traz toda emoção da força da palavra e do sentimento amoroso bjssss
ResponderEliminarOlá, Nora
EliminarComentário que resume toda a emoção que esse belo
texto produz em nós.
Beijinhos
Olinda
Olá, Olinda...
ResponderEliminarFoi com prazer que vi o seu comentário no Ciranda de Frases, obrigada. A sua visita sempre será bem-vinda.
Linda e reflexiva a crônica da Tais, ela é sensível e escreve muito bem. Sim, devemos aproveitar o máximo o tempo para amar e expressar aos nossos amados.
O meu carinhoso abraço.
Viva, Anete
EliminarMuito obrigada por ter vindo a esta "Quinzena do Amor", no Xaile de Seda. A Crónica da Tais é um dos contributos para esta Festa.
Sim, aproveitar enquanto é tempo é preciso, no que se refere aos nossos afectos.
Abraço fraterno
Olinda
Muito bonito e uma bela lição!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Olá, Teresa Isabel
EliminarObrigada pela sua presença e comentário.
Beijo
Olinda
Eu não sei se Fevereiro é o mês do amor...mas a ideia é genial e esta crónica maravilhosa! Beijinho
ResponderEliminarNem eu sei, querida Ana :)
EliminarIsto surgiu, um dia, logo no início do blog, tendo como inspiração o
"Dia dos Namorados". A minha ideia era falar daqueles amores infelizes, Tristão e Isolda, Inês e Pedro, Romeu e Julieta... Já publiquei poemas de amor de vários poetas. Houve um ano em que publiquei cartas de amor de grandes poetas e prosadores. Deu-me uma trabalheira! Depois lembrei-me de pedir aos leitores que me trouxessem poemas seus ou de poetas da sua preferência. Em 2021, apanhei o Covid, publiquei esparsamente. No ano passado, já as publicações ultrapassaram a quinzena. E agora em 2023, nem te digo nada :) Esta é a história resumidíssima desta "Quinzena de Amor".
Beijinhos
Olinda
Ler as Crónicas da nossa querida cronista, Taís Luso de Carvalho, é garantia de, ora nos comovermos pela verdade de sentimentos, ou sorrisos alegres pelos imponderáveis casos de humor que nos narra e extrai do seu quotidiano.
ResponderEliminarAdorei reler estas palavras de amor filial.
Nunca dizemos tudo o que gostaríamos de dizer a quem amamos. Achamos que os nossos actos falam por nós, nas sabemos que uma palavra de carinho, na hora certa, pode sarar muitas feridas.
Beijinhos querida e doce Tais!
Um abraço grato para a querida Olinda, mentora desta série, maravilhosa, de palavras de Amor. 😊
É como diz, querida Janita. Pelas características da bela escrita da
Eliminaramiga Taís, e do seu talento natural, ora nos comovemos ora sorrimos ou até rimos pela forma como apresenta os temas de que trata.
Nesta Crónica ela diz o que muitas vezes está na nossa cabeça e no nosso coração, e que nem sempre verbalizamos.
Muito obrigada pela sua presença e comentário.
Beijinhos
Olinda
Minha querida Olinda e queridos amigos: Só tenho a agradecer muito pelas palavras tão carinhosas e de incentivo que tive aqui nessa minha crônica "A Força do Amor". Que belíssima iniciativa sua, amiga Olinda, trazer, juntar os amigos, exaltar o amor na tentativa de enterrar o ódio, sentimento tão destruidor que não leva a nada. Estou adorando, e seguirei lendo nossos queridos amigos que há anos caminhamos pela mesma estrada! Muita saúde e paz, muito obrigada a todos!
ResponderEliminarBeijinhos.
Minha amiga Taís
EliminarO prazer é todo meu/nosso. A sua presença vem prestigiar
este "Xaile", acrescentando-lhe franjas de qualidade, do mais
fino ouro.
Muito obrigada.
Boa sexta-feira, com saúde.
Beijinhos
Olinda
A Taís sempre nos emociona com a força de suas palavras.
ResponderEliminarE com a força do do amor ainda mais. Com sutileza ela nos lembra o quão importantes são as palavras quando carregadas de sentimentos
Uma partilha generosa tão bem alinhavada pela grande cronista e aqui esmeradamente partilhada pela querida amiga Olinda
Beijinhos pra vocês duas
Sim, querida Gracita, uma partilha generosa da nossa amiga Taís. Um texto que nos vem lembrar que os sentimentos não são para serem guardados dentro de nós, mas para serem expandidos e compartilhados.
EliminarMuito obrigada, minha amiga, pelo comentário.
Beijinhos
Olinda
Enquanto lia a sua crónica Taís, um filme corria na tela do pensamento. Por ser um amor maior , incondicional, talvez fique a sensação de que nunca fizemos tudo nem dizemos tudo mas de quantas acções e carinho as nossas mãos foram testemunhas! E de certeza que foi o seu caso, mas a saudade e a ternura devolve a amargura de que podia ser mais e mais. Porque tanto amou e ama, ficou o vazio da saudade .Mostra a sua sensibilidade enorme , na insatisfação de que se pode sempre mais.
ResponderEliminarVoltei ao seu filme e me revi na sua crónica. Mas se dissesse " eu te amo" não seria tão sentido como aquele abraço quente que sabe sempre a pouco.
Parabéns pelo seu Amor e pela sua crónica
Beijinho
Muito obrigada, querida Manuela, pela sua presença e comentário.
EliminarBeijinhos
Olinda
Boa tarde Olinda e Taís,
ResponderEliminarSou um apreciadora das magníficas Crónicas de Taís e como gostei de sobremaneira desta crónica em que ela refere o amor entre pais e filhos.
Por vezes ainda temos acanhamento de manifestar os nossos sentimentos, ou melhor de os expressar verbalmente.
É tão boa esta reciprocidade entre pais e filhos de expressarem que se amam mutuamente.
É maravilhoso o exemplo que partilha da lindíssima música entre Andrea Bocceli e seu filho Matteo.
Beijinhos para ambas e um excelente fim de semana.
Ailime
Querida Ailime
EliminarÉ verdade. A reciprocidade entre pais e filhos é desejável,
Infelizmente nem sempre ela acontece. Mas se mudarmos
um pouco a nossa maneira de ser, creio que será muito
proveitosa para todos.
A Taís focou na sua Crónica essa necessidade e apontou
o sofrimento de quem conserva em si próprio palavras
que poderia exteriorizar.
Muito obrigada, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Que saudades sentimos, querida Taís! Queríamos ter feito mais! E sentimos essa nostalgia porque nunca estamos preparados para a separação.
ResponderEliminar" A vida é um ai que mal soa!"
Beijos.
E eu acrescentaria:
Eliminar"A vida são dois dias", como é costume dizer-se.
E há que aproveitá-la enquanto podemos.
Feliz com a sua presença, querida Teresa,
e pelo belo poema que me enviou.
Beijinhos
Olinda