quinta-feira, 31 de março de 2022
Vem...senta-te que a história não é curta
sábado, 26 de março de 2022
Não sei se é amor que tens, ou amor que finges
-Numa bela interpretação, tendo, o video, Lisboa como pano de fundo-
terça-feira, 22 de março de 2022
Uma lágrima no olhar / Ua lhágrima ne l mirar
segunda-feira, 21 de março de 2022
Uma outra Europa?
Talvez.
A Europa cindida, cultural e politicamente, em Leste e Oeste terá, efectivamente, muitas diferenças em termos de mentalidade, de vivências de séculos, mas sempre o mesmo ser humano com as suas alegrias e tristezas. No sofrimento somos todos iguais, tudo se esbate nas nossas fragilidades.
Quando invadem a nossa terra, bombardeiam os nossos hospitais, as nossas maternidades, os centros culturais;
quando temos de fugir, quem sabe, para nenhures, com as nossas crianças nos braços ou pela mão, os nossos velhos a arrastaram-se de lágrimas nos olhos, com os seus parcos haveres;
quando temos de deixar para trás, filhos, companheiros, pais, em idade activa, para combaterem por esse bem maior que é as nossas vidas organizadas em comunidades, com as instituições cujos representantes elegemos e que dão estabilidade à vida em sociedade;
quando somos desalojados das nossas casas e somos acordados pelo barulho do seu desmantelamento, caindo pedra sobre pedra, ficando soterrados ou alvejados...
Nessas horas a nossa condição humana, o instinto de sobrevivência, o apego ao quotidiano, uma espécie de paraíso perdido, irmana-nos na dor, e o sentimento de perda e impotência é o mesmo.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de Fevereiro, tem feito desfilar perante os nossos olhos o espanto de um regresso a tempos que já pensávamos ultrapassados. A aquisição de valores como a democracia, o direito de um povo decidir do seu destino, parece não ter importância para quem diz que o ocidente não terá sucesso no seu domínio do mundo.
Penso que temos estado um tanto adormecidos não ligando a ameaças que Vladimir Putin tem vindo a fazer, pensando, como dizem os entendidos na matéria, na reconstrução do antigo Império russo. No primeiro quartel do século XX caímos na mesma esparrela perante ao que Hitler vinha dizendo, palavras que ficaram registadas em livro tristemente famoso e na vida de milhões de pessoas.
Como e quando irá isto parar ninguém sabe, apesar do que dizem os muitos especialistas que por aí pululam, aventando várias saídas...ou saída nenhuma.
A cruel realidade é o sofrimento que esse desastre bélico está a causar a todo um povo que resiste e luta pelo direito à terra e à liberdade, com o perigo quase palpável de alastramento do conflito.
===
Mapa: daqui
sábado, 19 de março de 2022
DEVAGAR
traçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. Porém,
se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas –
o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra
que nunca escreveremos. Entre nós
o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.
Maria do Rosário Pedreira
quarta-feira, 16 de março de 2022
Terras de bruma
Bruma seca, diz-se em Cabo Verde. O céu envolto numa espécie de névoa uniforme, um pó que, como diz o povo, vem do deserto do Saara. Também os ventos alísios são chamados, empiricamente, creio, para explicar esse fenómeno atmosférico. Dentro das casas um pó avermelhado toma posse do chão e dos móveis. Sempre de vassoura na mão, aspirador e panos de limpar pó... E quem sofre de problemas respiratórios está sempre com o credo na boca.
Os Açores chamados de Ilhas de Bruma no hino de Manuel Medeiros Ferreira em que ele nos dá conta da névoa que as envolve e, de forma poética, encontra-lhe beleza e magia: Hino não institucional dessas ilhas da macaronésia. E tanta coisa haveria ainda a dizer sobre elas...
Por cá, estamos submersos numa bruma persistente. O céu cinzento, por vezes avermelhado, traz-nos augúrios não muito sorridentes. Consta que também a culpa é do Saara que liberta o seu excesso de areias aqui para estas bandas, o que atesta a nossa proximidade com África.
A bem dizer, parece que o tempo nos lê o coração.
Por essa Europa fora a acção de pessoas inconsequentes lança-nos na maior das tristezas e horror pela falta de humanidade demonstrada nos últimos dias.
Igualmente, em outros lugares do mundo vive-se em bruma permanente, nomeadamente, no Iémen... que vive a maior crise humanitária do mundo. Desde que a guerra civil eclodiu em 2014, a fome aguda, as chuvas torrenciais, as inundações, a crise de combustível, a praga de gafanhotos, a cólera e a Covid-19 devastaram o país. O financiamento insuficiente do Programa Mundial de Alimentos dificulta a assistência a milhões de iemenitas.
A guerra esquecida...8 anos de conflito e 700 ataques aéreos em um mês.
===
quinta-feira, 10 de março de 2022
POEMA SEM RIMA
Uma fala inesperada...
terça-feira, 8 de março de 2022
As Mulheres
...Pela cidade, as mulheres suportam malas e cuidam das crianças. São milhares, sem o companheiro. Só elas e os filhos. Os homens estão a combater. Outros, estão de prontidão. ...
As mulheres são o melhor que a humanidade tem.
Em Nome do Amor,
domingo, 6 de março de 2022
Memórias de Adriano
Por cá, Memórias de Adriano é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, programa que abrange os anos de 2017 a 2027.
Bom domingo, meus amigos.
Abraços
Olinda
=====
Imagens: Net
quinta-feira, 3 de março de 2022
Ucrânia - um pouco da sua história
quarta-feira, 2 de março de 2022
A regra fundamental da vida
terça-feira, 1 de março de 2022
Avó negra
quimbanda — curandeiro,
chinguila - dançar em êxtase,
quitaba - pasta comestível.
quifututila - doce angolano.
alambramento – dote ou presente de noivado.