A baixa dos preços dos passes sociais é uma coisa boa? Claro que é. Se pelo meu passe de 120€ passei a pagar apenas 40€, o que é que eu quero mais? Além disso, com a benesse de poder andar em todos os transportes públicos de todos os concelhos da minha região. É certo que de algum lado o dinheiro para esta festa terá de sair e se l'État sommes nous, para bom entendedor meia palavra basta. A corrida aos cartões tem sido quase que uma corrida ao ouro, neste caso pela sua barateza, e com muita razão.
Mas, será que a concessão de títulos mais baratos que viria implicar, naturalmente, maior número de utilizadores também implicou a disponibilização atempada de mais autocarros, de mais carruagens para o metro, de mais carruagens para o comboio? O que eu sei dizer é que chegam a passar à minha frente três autocarros de longo curso cheios (carreiras diárias) que nem param. Os motoristas, divertidos, têm a amabilidade de fazer um sinal negativo com a mão e lá ficamos a ver navios. Então dá-se uma coisa caricata: vamos a correr para a paragem anterior na esperança de haver menos gente e de se poder entrar no autocarro seguinte e a situação repete-se. Tal e qual. Do mesmo modo, comboios cheiíssimos, metro cheiíssimo.
E quanto ao trânsito? Isso é que eu não percebo mesmo: à entrada de Lisboa continuam as filas de sempre, os autocarros avançam quase a passo ou pior. Nas minhas deslocações de táxi*, (que é transporte público ou privado?) nada mudou, tudo emperrado, um grande marasmo, salvo quando somos sacudidos por apitadelas furiosas e palavras que não primam pelo bom tom.
Como dizia a minha avó: estando no mar teremos de nadar ... e, já agora, pelos nossos próprios meios, pois com esses navegantes não temos a vida facilitada. Contudo, não faria mal nenhum se quem de direito parasse um bocadinho para pensar e chegasse à conclusão de que as medidas tomadas precisam de ser complementadas. Tantas figuras gradas que, na altura, requereram a paternidade da ideia, poderiam esforçar-se um pouco mais para ficarem bem na fotografia. Tempos de avaliação de desempenho se avizinham.
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Como dizia a minha avó: estando no mar teremos de nadar ... e, já agora, pelos nossos próprios meios, pois com esses navegantes não temos a vida facilitada. Contudo, não faria mal nenhum se quem de direito parasse um bocadinho para pensar e chegasse à conclusão de que as medidas tomadas precisam de ser complementadas. Tantas figuras gradas que, na altura, requereram a paternidade da ideia, poderiam esforçar-se um pouco mais para ficarem bem na fotografia. Tempos de avaliação de desempenho se avizinham.
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Querida Olinda
ResponderEliminarPassei só com a ideia de ver como estás, e deparo-me com um tema verdadeiramente actual e... Complicado.
Lembro-me, quando a notícia foi anunciada, de ouvir "alguém" dizer que esta medida implicaria outras complementares (ex. implementação de maior número de autocarros) - lógico!
Assim, só, não resolve o problema.
Aguardemos... que é só o que podemos fazer. Para além de protestar 😡
Um abraço apertado para ti, com desejo de que tudo vá entrando na normalidade.
Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Pois. Traz coisas muito boas e outras menos boas :))
ResponderEliminarBjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
Bom dia de paz, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarObservacoes valiosas que deveríam ser pensadas e repensadas pelas autoridades.
Aqui ocorre o mesmo e ainda bem que quase nao uso onibus locais e, em minha regiao, o trasporte inter municipal e mais caro mas e bom para uso e confortavel.
Tenha uma nova semana favoravel!
Aproveite seus passeios quando ocorrerem...
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
quero acreditar que o "navegante" é o primeiro passo (não "passe" rss) de um sistema integrado de transporte urbanos nas Àreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
ResponderEliminarhá mais de vinte anos que a generalidade das autarquias e técnicos na matéria se batem por esse objectivo. demorado, não Olinda? mas há responsáveis, acredite - sei do que falo rss
quanto ao financiamento tem toda a razão, mas a nobreza da polítiica (e a dificuldade) é fazer opções e no caso opta-se acertadamente pela maioria dos cidadãos, que utiliza transportes públicos,
abraço, amiga
Que seja a favor da sanidade do planeta...
ResponderEliminarHá muito que fazer para amenizar a onda transbordante da ''hora de ponta''...
Um assunto pertinente.´
Beijinhos, Olinda.
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Era muito bom que a baixa de preços dos passes sociais fosse acompanhada de medidas complementares. Quero acreditar que também se pense nisso. Ingénua? Talvez optimista porque, como diz a Majo está em causa a sanidade do planeta e não podemos adiar por muito mais tempo a diminuição do tráfego automóvel…
ResponderEliminarUm bom dia, minha Amiga Olinda.
Um beijo.
Esqueci-me dizer o gosto que tive em ouvir o Fausto, aqui…
ResponderEliminarBeijos.
Queridos leitores,
ResponderEliminarconvidamos-vos a ler o capítulo final do nosso conto escrito a várias mãos "Ecos de Mentes".
https://contospartilhados.blogspot.com/2019/05/ecos-de-mentes-capitulo-14-final.html
Bem hajam por todo o vosso acompanhamento e comentários.
Saudações literárias!
Meus queridos:
ResponderEliminarMuito obrigada pela presença e comentários.
Ao amigo Manuel Veiga uma palavra muito especial de agradecimento.Trouxe-nos informações escoradas em conhecimento de causa, aquietando um pouco os nossos corações.
Abraços
Olinda
Eu já tinha passado por aqui, mas não vivo a agudeza deste problema. O problema da minha zona é a desertificação e, se apanho o autocarro para Miranda do Douro, chego aqui com duas ou três pessoas. A verdade é que optamos por viver fora dos grandes centros, precisamente para nos afastarmos desse stress. Mas há o reverso da medalha: é que também estamos afastados de bens essenciais.
ResponderEliminarBeijinhos, querida Olinda.
Do Fausto gosto muito.
ResponderEliminarPor Braga também se diminuiu o custo dos passes - só para o concelho, não para o distrito, onde os autocarros que circulam não fizeram nenhum acordo entre si para diminuição de custos!
ResponderEliminarEnfim, não são tudo rosas!