Olho para o passado com embriaguês, mas não é com menos deslumbramento que encaro o nosso futuro. Eis-nos, agora, um do outro para todo o sempre, sem ansiedades, sem inquietações, sem angústias. Atravessámos e vencemos tudo o que era mau e que poderia ser fatal. Estamos na plena posse dos nossos dois destinos fundidos num só. O nosso amor não terá a frescura dos primeiros tempos, mas é um amor posto à prova, um amor que conhece a sua força, e que mesmo para além do túmulo, espera ser infinito. O amor, quando nasce, só vê a vida, o amor que dura vê a eternidade.
Victor Hugo, in 'Carta a Juliette Drouet'
E quem é Juliette Drouet?
Nascida Julienne Joséphine Gauvain, passou à posteridade por ter sido amante de Victor Hugo. Este exige que ela abandone a carreira de actriz, impondo-lhe uma vida monacal e outros sacrifícios. Apesar da sua dedicação, Victor Hugo engana-a, tendo outras ligações.
Contudo em 1870, aquando do cerco de Paris e temendo o pior, deixa algumas instruções aos filhos relacionadas com Juliette:
« J.D
Elle m’a sauvé la vie en décembre 1851. Elle a subi pour moi l’exil. jamais son âme n’a quitté la mienne. que ceux qui m’ont aimé l’aiment. que ceux qui m’ont aimé la respectent. Elle est ma veuve. V.H »
Ao longo da vida Juliette escreve-lhe vinte mil cartas ou simples palavras. Na sua última carta, datada de 01 de Janeiro de 1883, ela diz-lhe o seguinte:
« Je ne sais pas où je serai l'année prochaine à pareille époque, mais je suis heureuse et fière de te signer mon certificat de vie pour celle-ci par ce seul mot : Je t'aime . »
Cartas de Amor, histórias de amor. Amores incompreensíveis.
Frágeis e complexos nós somos.
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1ª imagem - daqui
2ª imagem - Wiki
Juliette Drouet - aqui
Vim à procura de mais uma carta de amor, minha Amiga. Victor Hugo. Não esperava. Não conhecia a história dele com Juliette Drouet. Tão frágeis os sentimentos de amor! E complexos como diz…
ResponderEliminarUm beijo.
"O amor, quando nasce, só vê a vida, o amor que dura vê a eternidade."
ResponderEliminarPequena, intensa e eterna história de amor. Sendo de Victor Hugo não nos surpreende.
Excelente momento, integrado na temática, querida Olinda!
Beijos.