Ela é Leonor de Avis ou Leonor de Lencastre, e mais outros títulos, senhora de grandes virtudes, casada com D. João II, o Príncipe Perfeito. Reinou no auge da expansão portuguesa e foi considerada a rainha mais rica da Europa.
Lê-se aqui que:
As rainhas de Portugal contavam com o rendimento de bens
senhoriais e patrimoniais da Coroa destinados à sua sustentação e dignidade.
Este patrimônio era chamado Casa das Rainhas. Dona Leonor, além das vilas
herdadas das rainhas que a precederam, foi dotada pelo rei com as cidades de
Silves e Faro, e as terras de Aldeia Galega e Aldeia Gavinha. Na Casa das
Rainhas que manteve em viuva, mesmo depois de D. Manuel casar, estava também
incluida a cidade das Caldas, que ela própria fundara.*
Ela soube empregar a sua riqueza e influência em obras meritórias que constituem um precioso legado para todos nós. Um desses exemplos é a fundação da primeira Misericórdia em Portugal, sendo outras criadas por acção de D. Manuel I.
As principais razões da fundação e rápida expansão das
Misericórdias portuguesas logo no século XVI são, em síntese, de ordem
espiritual, porque os leigos aplicavam e viviam a sua doutrina, e de Estado,
pois foi uma forma de afirmação do poder régio ao controlar e tornar muito mais
eficaz a assistência.**
Apraz-me registar nesta publicação as 14 obras de misericórdia, da mesma fonte:
Obras corporais
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Obras espirituais
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Dar de comer a quem tem fome
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Dar bom conselho a quem pede
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Dar de beber a quem tem sede
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Ensinar os ignorantes
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Vestir os nus
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Corrigir os que erram
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Acolher os errantes
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Consolar os que estão tristes
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Visitar os doentes
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Perdoar as injúrias
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Remir os cativos
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Suportar com paciência as fraquezas do próximo
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Sepultar os mortos
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Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos
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Por muito pouco dados à espiritualidade que sejamos, não há dúvida que nos sentimos tocados e dispostos a praticar alguns desses conceitos quando vemos a desgraça atingir o nosso semelhante.
Voltarei com o tema das Misericórdias, talvez um pouco mais alargado.
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Muito interessante. D. Leonor foi uma grande rainha.
ResponderEliminarUm abraço
Muito, muito interessante este teu post, Olinda! Claro que aprendi alguma coisa sobre este rei e esta rainha em tempos já muito distantes, mas nem imaginava que as misericórdias tinham vindo dessa época. Adorei conhecer estas obras corporais e espirituais e é como dizes, deveriamos praticar muitos destes conceitos quando vemos tantas desgraças a atingir as pessoas. Muito obrigada, Olinda, pelas informações que aqui nos dás e fico à espera de mais. Um beijinho e votos de que estejas bem, com saúde e alegria.
ResponderEliminarEmilia
Grande Rainha! Adorei o tema. Espero que volte a ele novamente.
ResponderEliminarBeijinhos
Isabel Gomes
A História de Portugal é fértil em práticas de bondade e generosidade. As Misericórdias são exemplos edificante. Tratar dos vivos é gesto de Nobreza. D. Leonor, era-o, seguramente. Demonstrou-o durante a sua vida.
ResponderEliminarUm bom tema a desenvolver.
Parabéns, Olinda.
Beijo
SOL
Muito interessante!
ResponderEliminarHá sempre um cuidado e rigor admiráveis em cada «post»!
Beijinho, querida Olinda
Uma história riquíssima sem dúvida!
ResponderEliminarVamos esperar a continuidade, sou extremamente seduzida pelos acontecimentos que vão aos poucos, nos fazendo perceber quem somos e os porquês dos fatos atuais.
Obrigada pelo texto histórico e pela visita ao Canto.
Beijão!!
Uma bonita história Olinda, não a conhecia.
ResponderEliminarMuito bonita a foto.
Aguardo a continuidade do tema.
Boa semana!
Beijos...
Gosto do espírito das Misericórdias. Detesto aproveitamentos pessoais e a feira de vaidades que ocorrem com demasiada frequência.
ResponderEliminarOportuna e excelente postagem.
Bjinho
Foi muito agradável recordar a personalidade esta rainha.
ResponderEliminarBeijinhos, Olinda.
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