Calma, sim, acostumada
ao teu convívio constante,és pessoa encontrada
sendo eterna itinerante.
Passas na comum estrada
e só tu passas durante
a multidão variada
de rostos para o levante.
Às vezes paras na estância
sem nenhum morno cansaço
de quem caminha com ânsia.
Entendes de todo engano
e fazes virar o passo
com teu pífaro indiano.
Maria Ângela Alvim
(1926-1959)
In: Superfície-Toda poesia
Maria Ângela Alvim nasceu no dia 1 de janeiro de 1926 nas
fazendas do Pouso Alegre, município de Volta Grande, no estado de Minas Gerais - Brasil.
Leitora assídua de Simone Weil e de Santa Teresa de Ávila pensa durante algum tempo seguir a vida religiosa. Em 1945, por influência de um dominicano francês, o Padre Lebret, fundador do movimento e da revista "Économie et Humanisme", inicia a carreira de assistente social, então nascente em todo o Brasil, que a confronta com uma realidade terrível. É dessa época que data a sua amizade e colaboração com o autor de "Geografia da Fome", Josué de Castro.
No dia 19 de outubro de 1959, Maria Ângela Alvim pôs fim aos seus dias. aqui
Leitora assídua de Simone Weil e de Santa Teresa de Ávila pensa durante algum tempo seguir a vida religiosa. Em 1945, por influência de um dominicano francês, o Padre Lebret, fundador do movimento e da revista "Économie et Humanisme", inicia a carreira de assistente social, então nascente em todo o Brasil, que a confronta com uma realidade terrível. É dessa época que data a sua amizade e colaboração com o autor de "Geografia da Fome", Josué de Castro.
No dia 19 de outubro de 1959, Maria Ângela Alvim pôs fim aos seus dias. aqui
Encontrará uma reflexão sobre esta autora, sob o título Maria Ângela Alvim: a célebre desconhecida, bem como considerações sobre pesquisas sobre a sua vida e obra. aqui.
O Poema é do Poemário Assírio & Alvim, 2012.
Desconhecia por completo. Vou ver os links.
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Um abraço e uma boa semanaa
semana
ResponderEliminarNão devia ser nada fácil ser assistente social,
ResponderEliminarnaqueles tempos do pós-guerra.
Aos negros do Brasil, depois do fim escravatura
em 1888, faltava o trabalho e o que havia era mal
pago, foi uma nova forma de escravatura.
Um lindo poema que demonstra a pessoa de grande
sensibilidade que era.
Gostei de tomar conhecimento da sua vida.
Beijinhos, Olinda.
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Eu sinto saudades de todos é justo,
ResponderEliminarpois visitava com frequência todos os blogs amigos.
Na vida nunca contamos que poderemos que
ter entrar em Of , mas tenho fé no Criador hei de melhorar.
Uma semana abençoada.
Evanir.
Este poema transmite bem uma determinação tranquila, mas férrea!
ResponderEliminarBeijinhos, bom dia!
Não conhecia a autora e fiquei curiosa. Voltarei amanhã para ver mais da sua vida e obra.
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Bjs
Isabel Gomes
Há muita Paz "dentro" deste Poema. Não conheço a História desta Poetisa; irei esclarecer-me nos caminhos que nos deixas. Grato, Olinda. Como sempre é fonte de ensino.
ResponderEliminarBeijo
SOL
Obrigado pela patilha, um poema lindo de uma poetisa que não conhecia.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Olá Olinda!
ResponderEliminarGostei do poema, feito de palavras simples.
É sempre bom descobrir uma nova poetisa.
Obrigada pela dica.
Beijo.
Beijo, OLinda!
Grande mulher, esta, que, além da sua escrita, foi pioneira no difícil e extenuante trabalho social!
ResponderEliminarGrata pela excelente partilha.
Bj, Olinda