Em 2011, inseri aqui no Xaile de Seda uma carta intitulada "Meu amor querido*", a que chamei a mais linda declaração de amor. Retirei-a de "Cartas da guerra" que tinha acabado de ler, livro esse que me fascinou. De leitura envolvente, digo mesmo que tive muita pena quando cheguei ao fim.
"D'este viver aqui neste papel descripto - Cartas da guerra" não é um livro de António Lobo Antunes mas sim a publicação, pelas suas filhas, das cartas que escrevera à mulher durante o seu destacamento em Angola. Foi agora vertido em filme por Ivo Ferreira, estreado hoje.
O meu dilema é: vou vê-lo ou não? Receio perder a magia que a leitura das cartas me trouxe. Mas, darei notícias caso resolva este meu problema. Entretanto, ouçamos "Meu amor querido", numa bela interpretação de Margarida Vila-Nova, aqui.
*Intitulei o post de: "Meu querido amor" em vez de "Meu amor querido", mas já não me lembro porquê.
Não li, mas o teu entusiasmo (e que sensação boa quando há leituras assim) provocou-me o apetite.
ResponderEliminarBjo, Olinda :)
Acrescento que a carta (que divulgaste no blogue em 2011), ainda fica mais encantadora no trailer com a extraordinária interpretação de M. Vila-Nova.
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EliminarSim, Cara Odete, a voz de Margarida Vila- Nova dá-lhe mais vida ainda.
Bj
Olinda
Não me vou pronunciar porque não simpatizo com LA.
ResponderEliminarO livro foi publicado a pedido de uma das filhas,
então adolescente, pouco tempo depois de ele ter
casado com outra mulher.
~~~ Beijinho, Olinda ~~~
EliminarOlá, Cara Majo
"O gosto é o regalo da vida", já dizia uma amiga minha, de Cabo Verde. Nunca lhe pedi para me interpretar isso, mas deduzi sempre que quereria dizer que é prazeroso termos a liberdade de gostar ou não gostar desta ou daquela pessoa, desta ou daquela coisa, de conformidade com a nossa maneira de ser e daquilo em que acreditamos.
Mantenho que o livro foi mandado editar pelas filhas, depois da morte da mãe. É o que as próprias afirmam no prefácio da sua autoria.
Aguardo-a aqui no XailedeSeda, sempre que isso lhe der gosto.
Bj
Olinda
Nao li esse livro, Olinda, mas, pelo que dizes deve ser muito bom. Não gosto de ver um filme depois de ter lido o livro de onde foi tirado, porque na maior parte das vezes desiludo-me; prefiro o contrário, ver o filme e depois ler o livro. Mas isso, depende das pessoas e pode ser que gostes. Amiga, obrigada por mais esta partilha. Sabes, também escrevi e recebi muitas cartas dessas, pois o agora meu marido viveu a guerra do ultramar, durante dois anos na Guiné, mas, claro não daria livro nenhum; eu nao guardei as que recebi, mas o meu marido guardou algumas; eu não sou de guardar coisas; costumo dizer que o único lugar seguro para guardar aquilo que realmente importa é o coração e aí eu tenho muita coisa guardada. Um beijinho, querida amiga e um bom fim de semana
ResponderEliminarEmilia
Bom dia, querida Emília
EliminarComigo acontece o mesmo, precisamente porque os filmes já são adaptações em que algumas partes dos livros são retiradas, ou então as imagens que nos apresentam são interpretações que não vão ao encontro daquilo que idealizámos.
E tens razão. O coração é o lugar de eleição para as recordações. Contudo há quem o complemente com objectos ou palavras (registos), de modo a deixar aos vindouros vestígios da nossa passagem.
Beijinhos
Olinda
Não conhecia o livro, mas até fiquei com vontade de ver o filme.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
EliminarOlá, Isa
Ver ou não ver o filme, eis a questão que hoje me preenche. :)
Bj
Olinda
Olá Olinda!
ResponderEliminarEu não conhecia o autor. Mas pela forma que você falou, deve ser muito bom o livro. Deu vontade de ler. Vou anotar na minha agenda de livros e filmes.
Obrigada pela indicação.
Ótimo setembro!
Ótima semana!
Bjs e sorrisos.
Querida Smareis
EliminarAgora, com esses dois registos, livro e filme, só teremos de escolher.
Também lhe desejo um Setembro muito bom. Por cá, ainda estamos com bastante calor.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde, é um livro que vale a pena ler, não só pelo romantismo que as cartas do Lobo Antunes revelam, mas sim também, por um sofrimento que o mesmo juntamente com milhares e milhares de homens foram obrigados a combater em defesa das famílias e empresas fascistas para que estes tirassem dividendos económicos, enquanto os combatentes ficaram deficiências físicas e outros morreram sem saber o que defendiam.
ResponderEliminarBoa semana,
AG
Bom dia, meu Caro
EliminarCom este excelente comentário, transmite-nos em poucas palavras a tragédia que foi a guerra do Ultramar: famílias desfeitas, jovens estropiados e com grandes problemas psicológicos que ainda hoje os perseguem, agora nas idades das casas dos 60 e 70. As perdas foram sentidas dum lado e do outro das barricadas. Foram milhares os que morreram.
Abraço
Olinda
Não li o livro. Gostava de ir ver o filme. Vamos ver se consigo.
ResponderEliminarAbraço
Em relação ao filme, já somos duas.
ResponderEliminarBj
Olinda