Uma terrível atroz imensa
Desonestidade
Cobre a cidade
Há um murmúrio de combinações
Uma telegrafia
Sem gestos sem sinais sem fios
O mal procura o mal e ambos se entendem
Compram e vendem
E com um sabor a coisa morta
A cidade dos outros
Bate à nossa porta
Sophia de Mello Breyner Andresen
1919-2004
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Comecei a escrever numa noite de Primavera, uma incrível noite de vento leste e Junho. Nela o fervor do universo transbordava e eu não podia reter, cercar, conter - nem podia conter-me em noite, fundir-me na noite (...) Sophia
Citação aqui
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Poema - Banco de Poesia Fernando Pessoa
Ver Análise Obra Poética da autora
Imagem: Sophia fotografada por Fernando Lemos,
anos 50.
anos 50.
Um poema que nos desperta dor.
ResponderEliminarPorquê tanta maldade...?
Uma lágrima silenciosa desceu e deixou-me um sabor salgado. Fez-me acordar.
Não, não podemos aceitar e ficar quietos, mudos e amedrontados .
Se ainda temos razão não há nada que nos vença
Vamos continuar a denunciar tanta maldade que nos vendem sem licença.
Vamos todos dizer não a quem nos rouba o pão, o país e o luso coração...
la vie normale reprend doucement
ResponderEliminarE a" cidade dos outros " teima em bater à nossa porta; não abrimos, tentando assim não nos contaminarmos com tamanha maldade...desonestidade...combinações mais ou menos obscuras. Mas de pouco adianta; um odor a " coisa morta acaba por nos invadir através da mais pequena frincha de nossas portas e janelas. Desejo que neste novo ano consigamos resistir a essa " cidade dos outros " sempre com a esperança viva de que a " cidade dos outros " mude e que consigamos manter-nos afastados o mais possível desse " sabor a coisa morta." Pelo menos a Esperança, essa temos que a conseguir manter. Um beijinho, amiga e tudo de bom, apesar de tudo. Bela poesia! Obrigada!
ResponderEliminarEmília
Tudo pelo melhor
ResponderEliminara despertar relâmpagos
Bjs
Prezada Olinda, obrigado por tuas palavras. Desejo o melhor para ti e os teus, neste ano que se inicia.
ResponderEliminarUm abraço fraterno.
Muito bonito! Não há só desonestidade na cidade, infeizmente!
ResponderEliminarBom Ano!
Sempre adorei a Sophia!! Sempre a achei uma excelente escritora!! Ela merecia ter vivido mais anos e não morrer como morreu. Mas deus tem sempre o destino marcado para nós e quando chega a nossa hora,ninguém cá fica. Desejo-te um excelente 2014,tudo de bom para ti!! Muitos beijinhos,fica com deus e até breve!!
ResponderEliminar❀ ✿ ❀
ResponderEliminarCoucou Olinda
Merci pour cette belle photo et ce magnifique poème !
J'aime beaucoup !!!
BISES d'Asie et bonne journée !!!!
❀ ✿ ❀
Este poema mexe com sentimentos, com não-virtudes, com medos e com o receio que seja tão actual como parece.
ResponderEliminarBom 2014. D
A belíssima e incrível Sophia!
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