Pouco ou nada tenho falado de teatro neste espaço. Pois bem, faço-o hoje, aproveitando a notícia constante de uma newsletter, e-Cultura, que recebo semanalmente do Centro Nacional de Cultura, sobre a apresentação de 20 a 29 de Setembro, de um monólogo, Arte de Ser, uma imprecação satírica à obra de Teixeira de Pascoaes, A arte de ser Português.
Trata-se de questionar um conjunto de referências que foram utilizadas para promover uma imagem homogénea do povo português e da nossa cultura, à época plena de contradições políticas e ideológicas, sendo o discurso, mais tarde, apropriado pelo regime do Estado Novo. Uma das justificações para a abordagem imprecativa da obra é dada assim: trabalhar sobre esta obra permite-nos explorar as questões relacionadas com a deslocação dos centros de poder emissores de discurso coletivo mantendo uma perspectiva mais abrangente no contexto nacional.
Não conheço a obra pelo que me proponho lê-la em breve. Sobre a mesma encontrei uma sinopse, de Miguel Esteves Cardoso, interessante, que transcrevo:
Escreveu um livro, a "Arte de Ser Português", recusando a responsabilidade da criação, na ânsia de ser apenas um espectador.
Pascoaes não queria ser mais um poeta. Queria servir, servir e pertencer. Não queria ficar de fora nem sozinho. Queria escrever, mas escrever como quem presta um serviço: um serviço de observar, de ouvir, de descrever. Não queria ser mais um escritor português. Queria ser o escritor através do qual escrevia Portugal. Nem menos!"
Teixeira de Pascoaes que, na verdade, se chamava Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, viveu entre 1877 e 1952, e era tido como um ser solitário. Dele diz Jacinto Prado Coelho:"...O verdadeiro amor de Pascoaes dirigia-se à natureza, ao silêncio, ao mistério, aos fantasmas. O mundo fantástico era o seu mundo". Ver aqui mais sobre a sua biografia.
Teatro Carlos Alberto, no Porto
De 20 a 29 de Setembro
De 20 a 29 de Setembro
Tenho andado ausente infelizmente
ResponderEliminarmais de alguma forma lutando.
Eu sei , que no mundo teremos grandes aflições
com fé e muita garra vou seguindo com grande luta
minha viagem.
Deus abençoe seu Domingo
e da sua família.
Beijos no coração , Evanir.
Um texto muito interessante. Há séculos não vou ao teatro. Penso que a ultima vez foi na década de 90.
ResponderEliminarUm abraço e um Santo Domingo
Grandes homens que sabem viver e escrever a vida que amam.
ResponderEliminarGostei do início da sua resenha.
Já não vou ao teatro há bastante tempo, que saudades...
ResponderEliminarUm excelente domingo
Beijinhos
Maria
Como é dificil definir um povo, saber falar dele.
ResponderEliminarDiria que é tarefa inacabada.
beijos
Eu também não vou ao Teatro há muito tempo e no entanto gosto imenso de Teatro.
ResponderEliminarDefinir o povo português e acertar deve ser tarefa impossível...
Bj.e boa semana.
Irene Alves
Olá amiga Olinda!
ResponderEliminarVir aqui é aprender sempre algo.Confesso que Pascoaes não é um autor que me tenha motivado, mas tenho por cá uns livros (herdados), deste autor. Vou tentar ler logo que acabe os dois que tenho entre mãos. Quanto ao teatro, gosto e tenho ido com regularidade sempre que há algo de interessante em Vila do Conde. Abraços.
M. Emília
Adoro um cafezinho, Olinda e mais ainda o de cafeteira. Quando fui para o Brasil em 76 não havia café expresso em lugar nenhum. Nas areas de serviço ele era feito em máquinas que tinham coador de pano e depois era servido num copinho pequeno e já adoçado Como eu gostava desse café. Hoje já há máquinas expresso por todo o lado, mas, em muito sítios.
ResponderEliminarNão conhecia continuam a ter as duas e, claro eu peço o " café de saco. como lá dizem.
Quanto às cápsulas já há´muito que as mando para a reciclagem. Em todos os
hipermercados existe um lugar próprio. para as colocarmos.. Quanto à " Arte se ser Português ", deve ser muito interessante e aqui está um escritor que não queria ser só poeta, mas sim servir, servir observando ...ouvindo..descrevendo . Deve ser muito interessante e vou tentar ler o livro. Obrigada, Olinda por tanta informação, sempre muito útil. Espero que tenhas uma boa semana e...quando puderes aparece para tomarmos um cafézinho, certo? Beijos, amiga!
Emília
Fico interessado a cada dia mais por Portugal, por ter uma linguagem tão culta e poética! Amei a dica do seu blog e as novas lições, assim como adorei seu blog! E se permitires, a seguirei! abração
ResponderEliminarSerá um prazer, Ives.
EliminarEu já te sigo há muito tempo... :) Adoro os teus textos.
E muito obrigada pelas tuas palavras de apreço, que aceito como preito aos excelentes autores de língua portuguesa que a prestigiam, tanto cá como aí no Brasil.
Abraço
Olinda
Já li alguma coisa de Pascoaes, mas foi há tanto tempo...que nem lembro o título.
ResponderEliminarQuerida Olinda, abraço grande para si.
Me encantou, a sensibilidade sentida no que escreveu nos "7degraus", acerca de "Ser cedo"...
ResponderEliminarpara a partida!
Grata por trazer "Teixeira de Pascoaes" e um dia... talvez traga o meu nome no meu último livro a saír
"Palavras e Caminhos" ,
Mas é sempre cedo... e será sempre cedo....
Linda a forma como comenta e como escreve "A Arte de Ser"! Parabéns e obrigada,
Maria Luísa
Amada hoje muita coisa mudou aqui no Brasil.
ResponderEliminarO café já existo ser ser no saco , mais confesso apesar de ser um grande Pais ainda continua
atrasado em muitas coisas.
No teatro já tem uma longa data , que não vou , mais adoro teatro sem contar da paixão por cinema e circo.
Um beijo no coração, Evanir.
E é aqui tão perto, eu devia ir ver! Há que tempos não vou ao Carlos Alberto!
ResponderEliminarBeijinhos