É, sim senhor. Basta pensarmos no quanto ganhámos num dia como este há trinta e oito anos. Basta pensar que eu não estaria aqui a escrever estas palavras ou outras quaisquer, a colocar questões e a reivindicar direitos. Tenho liberdade para isso. Então, ocorre que hoje é, ou deveria ser, dia de estralejar de foguetes, de música, de dança, nos jardins, nas praças, nas ruas, sem peias, de forma espontânea. Riso nos rostos e alegria no coração, independentemente da crise e dos nossos diferendos. Também dia de festa no ambiente circunspecto do Parlamento, recinto representativo da nossa liberdade plural, a que terá faltado um certo calor, tendo em conta uma comemoração como esta. Ouve-se dizer que as palavras são sempre as mesmas. E se forem sempre as mesmas, qual o mal? Talvez assim se cimentem bem no nosso íntimo e nos convençamos da nossa sorte, a sorte de podermos discutir e de fazer escolhas. Com símbolos como o cravo, distribuído, num gesto espontâneo e feliz, e colocado no cano de uma espingarda, ecos de canções como 'e depois do adeus' e 'grândola vila morena' que serviram de senhas e nos ficaram nos ouvidos para sempre, de que precisamos mais? Inspiração e Liberdade temos. Resta aproveitá-las e construir a nossa felicidade. Um sonho? Seja... o sonho comanda a vida.
Minha querida Olinda,
ResponderEliminarDesculpe corrigi-la. Faz hoje 38 anos, foi uma festa. Hoje, não me sinto nada festeira. Estou triste. O que fizeram das ilusões, que esse dia nos deu? Onde estão os cravos?
Ainda por cima, chove.
Tenho pena, mas não me sinto em festa.
Beijinho
Maria
Olá Olinda,
ResponderEliminarCá vim, então, festejar consigo. Os tempos estão complicados e o que se idealizou tem vindo a esboroar-se. Mas, enquanto houver pessoas que se lembrem de manter vivo o espírito de liberdade e democracia, o espírito do 25 de Abril manter-se-á vivo.
Ontem, já lá para a 1 da manhã, fui para a rua, para um concerto de rua e a praça estava cheia de gente a cantar e a dançar. Gostei. Pelo menos ainda há vitalidade e capacidade de alegria.
Um beijinho, Olinda!
Foi sim, querida Maria, foi uma festa. Quem viveu esses momentos não pode deixar de comparar o que aconteceu então e o que acontece agora. As ilusões foram a pouco e pouco caindo por terra mas temos ainda a liberdade de dizer isso e tecer outras considerações... :)
ResponderEliminarHoje o dia não está de feição, está a chover, portanto não temos o Sol a animar-nos. A morte de Miguel Portas também enche o nosso coração de tristeza, um homem com tanto para dar. Ficámos mais pobres.
Abraços e beijinhos.
Olinda
Querida UJM
ResponderEliminarSim, o esboroar de muitas expectativas tem desanimado muita gente. Mas só mantendo vivo o espírito do 25 de Abril será possível também manter vivo o seu legado.
Esperemos por dias melhores e, ao mesmo tempo, cultivando a alegria nos nossos corações.
Beijos.
Olinda
Querida Olinda, tem razão; dia de festa, sim e sempre e até nos PALOP...porque a Liberdade se espalhou por toda a parte e continua ainda presente.
ResponderEliminarUm abraço a cheirar a cravo e esperança
Olá, minha amiga
EliminarCom o 25 de Abril os PALOP ascenderam à independência num tempo mais curto,poupando vidas tanto dum lado como do outro. A descolonização depois é que teve as suas falhas...
Obrigada por esse cheirinho a esperança. :)
Beijos
Olinda
Olindamiga
ResponderEliminarA vida é uma sucessão de vidas. Umas mais vividas, outras menos conseguidas. Mas, não nos podemos esquecer de um princípio básico - a Liberdade. Em Portugal, depois do obscurantismo salazarento, foi o MFA que nos deu nova vida. Respeitemos, portanto, a liberdade de escolha. Mas, já o disse e repito, não gosto deste 25 de Abril de 2012.
Qjs
Henriqueamigo
EliminarTotalmente de acordo. A Liberdade é um bem precioso que deve ser preservado. E é na liberdade de escolha e de expressão que nos revemos como seres humanos, perseguindo os nossos ideais.
Grande abraço.
Olinda
Olá minha `linda!
ResponderEliminarVim hoje porque é (foi) dia de festa
ainda que apenas o sonho nos anime
e o sol tenha cometido "pequenino crime"...
vim porque o meu tempo me deixou por momentos
lavar a alma e afagar-me entre alentos
porque com saudade feito rebentos
no coração se vão pedindo alimentos...
vim só fazer por aqui meu passeiozinho
em outro dia voltarei com mais tempinho!
com doce carinho, de amizade um beijinho
Querida Levezinha
EliminarO Sol ontem esteve no seu dia descanso ou então as nuvens é que não deram tréguas. :) Hoje também ainda não o vi.
É, minha amiga, enquanto o Sonho comandar a vida vamos tendo esperanças em dias melhores, não é? É preciso acreditar...
Desejo-te dias cheios de Sol ou então com chuvinha bonançosa porque tudo faz parte da da vida. :)
Beijinhos
Olinda
OI OLINDA!
ResponderEliminarA TRISTEZA DOS PORTUGUESES, NOSSOS IRMÃOS NOS TOCA PROFUNDAMENTE.
UM POVO MUITO SEMELHANTE A NÓS BRASILEIROS, FELIZ, CONFIANTE E
CRENTE.
E É DEVIDO A ESTES ATRIBUTOS QUE TENHO CERTEZA QUE LOGO TUDO SERÁ PASSADO, PORQUE A LIBERDADE DÁ ESTA CONDIÇÃO, A DA SUPERAÇÃO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
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Amiga Zilani
EliminarQue bom ter vindo aqui no dia 25 de Abril, dia recordado e comemorado desde há 38 anos, brindando à Liberdade.
Beijinhos
Olinda
O sonho no comando da vida
ResponderEliminarSempre
Oi Olinda, e nesta liberdade canto estes versos, com tua permissão.
ResponderEliminarLiberdade da Alma
Na liberdade que a matéria anseia
Essa que sem os grilhões imensos
Na escuridão brilha uma candeia
Dos sonhos profundos intensos
Um abraço.
Beijos.
É dia de festa, sim, Olinda! Por mais que queiram que fiquemos desanimados, por mais que queiram que não acreditemos na nossa democracia, por mais que queiram fazer com que acreditemos que o passado era melhor, não conseguirão convencer-nos. Ainda me lembro desse dia, estava eu no Porto a preparar-me para saír para as aulas, quando ouvi as notícias. Medo naquela altura, mas depois grande alegria. Toda a gente se manifesta, todos reclamam da crise e dos governantes e esquecem-se que se não fosse o 25 de Abril de 74 estavam todos quietinhos, em casa, de boca fechada e a aguentar os desmandos dos governos daquela época. Por isso, Olinda, ontem foi um dia de festa e desejo sinceramente que os portugueses comecem a sorrir mais e a lembrarem-se de que já houve crises e problemas piores neste nosso país; foram superados e os de agora também o serão. Um beijinho, amiga e parabéns pela publicação. Excelente! Fica bem!
ResponderEliminarOlá querida amiga!
ResponderEliminar...e no meio deste masoquismo todo, foi um bálsamo esta lufada de ar renovado!
Esperança, sempre.
Um grande abraço!
Dom de liberdade onde o sonho anseia e comanda a vida
ResponderEliminarTem uma boa noite
Como diria o Chico Buarque: "apesar de você"!
ResponderEliminarEntão, Olinda, apesar do "momento cruciante", não é por isso que não se deva festejar a Liberdade que, como no Brasil (dada as devidas peculiaridades), abriu "as asas sobre nós", como também dizia uma certa canção!
Parabéns, pelo 25 de Abril!
Beijinhos,
da Lúcia
Há anos eu festejava com alegria o 25 de Abril. Hoje já nem me apetece festejar, mesmo continuando a admirar quem lutou e colocou a sua vida em risco para fazer a revolução. É que penso que dos ideais de Abril já temos muito pouco. Temos a liberdade é verdade. Esperemos que por muito tempo mas quando vemos que aqueles que fazem denúncias sobre atos do governo são afastados das suas funções nem sei mesmo se essa liberdade ainda existe. Para uma enorme faixa da população, a liberdade que têm é escolher entre gastar a misera reforma que tem nos medicamentos ou na comida.
ResponderEliminarUm abraço
Minha querida
ResponderEliminarEmbora os cravos já não tenham aquele vermelho vivo de há 38 anos, mas não podemos deixar a esperança morrer.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Mesmo com os erros cometidos e as situações decadentes,
ResponderEliminareu continuo a dizer qie Abril não teve a culpa, mas sim todos quantos denegriram a liberdade. E não sei dizer quem foram, talvez todos, uns de uma maneira, outros de outra.
Todos quiseram ganhar e todos desconheciam o que era a Liberdade e continuam a desconhecer.
Abril abriu as portas...isso é a única verdade!Com interesse
o blogs!
Maria Luísa
Oi Olinda!
ResponderEliminarQue seja sempre Abril.
Que nunca os nossos filhos e netos, percam a liberdade adquirida, que tenham liberdade de expressão, comunicaçºao,e circulação, que sejam livres em todos os sentidos.
Amiga, estou convicta ,que os cravos mais vermelhos ou mais rosa, serão sempre cravos, simbolo da liberdade!
Até breve
Herminia.
É verdade, Olinda, mas o povo, em geral, é mal agradecido e tem falhas de memória...
ResponderEliminarBeijinhos, bom sábado!
Madalena
A ressurreição deu sorriso nasceu com o dia
ResponderEliminarAh este inverno que abraça a primavera
Este céu que arroxa meu peito
Estas negras pedras plantadas na terra
O curso do meu errante espirito
Levou-me ao infinito e ao incomensurável
Este orvalho das pequenas coisas
Recorta meu corpo a golpe de cisel
Ocultei meus sonhos numa porta da eternidade
Porque o desespero é voo baixo e sinuoso
Vi ontem dois amantes jurarem uma partilha de vida
Vi olhos que irradiam luz em gesto assombroso
Um imenso abraço