Comemora-se hoje o Dia Mundial do Mar. Todos nós sabemos como o Mar faz parte da História Portuguesa, uma estrada feita de escolhos que foram vencidos, numa altura em que se desconhecia o que era navegar através daquele imenso lençol líquido povoado de monstros e superstições...
À medida que a ciência foi sendo desenvolvida e com o contributo de muitas vidas os medos foram ultrapassados. Com o tempo as coisas também foram mudando, o tempo de Portugal como potência passaria, mercê da má administração nacional e da emergência de outros países interessados nos produtos trazidos de além-mar.
Soe dizer-se que também hoje precisamos do Mar, uma das alternativas ao desgoverno da nossa economia. Com a nossa zona económica exclusiva de espaço marítimo de 200 milhas, uma plataforma continental extensa, as hipóteses dum aproveitamento sustentado dos recursos seria uma saída a considerar, havendo vontade de fazer e dinamismo.
Existe um Portal chamado MarOceano com um Forum Permanente para os assuntos do Mar e outras ferramentas, onde poderíamos procurar informação sobre o que estará a ser feito. A actualização parece reportar-se a 2009... em alguns aspectos, noutros como a Legislação, datada de 2010, não nos traz nada de novo. Também poderá dar-se o caso de haver outros espaços onde as informações são depositadas. Tudo é possível...
Entretanto, apreciemos este poema de Fernando de Pessoa:
Existe um Portal chamado MarOceano com um Forum Permanente para os assuntos do Mar e outras ferramentas, onde poderíamos procurar informação sobre o que estará a ser feito. A actualização parece reportar-se a 2009... em alguns aspectos, noutros como a Legislação, datada de 2010, não nos traz nada de novo. Também poderá dar-se o caso de haver outros espaços onde as informações são depositadas. Tudo é possível...
Entretanto, apreciemos este poema de Fernando de Pessoa:
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
(1888-1935)
Poema:
In Mensagem
Querida Olinda, todo dia é dia de mar e de amar a poesia de Pessoa!
ResponderEliminarBela postagem essa, que de uma tacada só, trata da questão premente da economia em Portugal (na Europa e obviamente do mundo, pois estamos todos interligados) e dessa delicadeza poética que faz o mundo menos insuportável.
Gosto de pensar, debater, partilhar que nós, o Brasil e @s brasileir@s, e deamais países lusófonos, somos fruto da mais extraordinária aventura da história: as grandes navegações, é claro que não estou excluindo o desejo de acumular o capital e das conquistas territoriais, entre outras. E o mar sempre esteve e estará presente nessa história que se fez e se faz. Porque eu creio que "Tudo vale a pena/ Se a alma nao é pequena."
Parabéns pela postagem e pelo Dia Mundial do Mar!
E deixo um beijo grande!!
;)
Mais do que fazer parte da nossa história o mar "mexe" com a maioria dos portugueses. É ver como mesmo de Inverno sempre que há um tempinho disponível vamos ver o mar como se fossemos buscar a sua força para enfrentarmos a vida.
ResponderEliminarUm abraço
Olinda
ResponderEliminarO Mar, o Mar que eu amo e temo, que dá pão para a boca a alguns, que rouba vidas, que deixa filhos sem pai e, pais sem filhos, é sempre um bom motivo para escrever.
O Mar que já foi português, que nos levou a mundos desconhecidos, é sempre digno de ser cantado.
Pessoa sabia-o.
Os nossos governantes ignoram-no.
Gostei muito
Maria
Oi, Olinda...
ResponderEliminarNossa, desconhia o Dia do Mar!
Que Mar[avilhoso!], há que se ter consciência com esse Amigo, provedor de Alimentos e gerador da economia.
Meus Sonhos estão no Mar!
E o Poema de Pessoa ecoa a realida e magia nas ondas desse Oceano!
Bjins,
Sapatinhos da Dorothy
Olá, Canto da Boca
ResponderEliminarNo momento em que foi decidido, no passado, que os portugueses se fizessem ao mar, penso
que o nosso aventuroso destino ficou traçado. Acima de conquistas territoriais e acumulação de riquezas, como bem referiste, estamos nós, os lusófonos, a interagir e a mostrar que, ao fim e ao cabo, o Mar foi e é para nós um agente de ligação. Mesmo sabendo que, presentemente, existem formas mais expeditas de comunicação...a magia continua. :)
E, ainda para mais,temos poetas como Pessoa que nos lembram que na grandeza de alma e na boa vontade podem ser encontradas respostas para as nossas perplexidades...
:)
Beijos
Olinda
Querida Elvira
ResponderEliminarPisar a areia molhada, deixar as ondas beijar os nossos pés, arriscar uma entradinha na água mesmo fria, que bom! Isto tudo mexe comigo, confesso.
Melhor ainda,se o Sol quiser brindar-nos com algum do seu calor, nos dias de Inverno.
Há qualquer coisa de transcendente nisto, concordo!
Beijos
Olinda
Olá, Maria
ResponderEliminarAinda não tinha tido a oportunidade de lhe dizer o quanto apreciei os versos sobre o seu xaile de lã.Coloquei-os, temporariamente, no canto superior direito do blog... :)
Tudo o que diz sobre o mar é a realidade. O Mar, esta entidade poderosa que tanto dá como tira...
e que também poderá ser uma grande fonte de receitas, assim haja quem tenha a visão necessária para compreender isso.
Os seus comentários têm enriquecido as minhas postagens, por isso, aguardo-a aqui...sempre que lhe for possível. :)
Beijos
Olinda
Querida Amiga
ResponderEliminarAbraço amigo de muito boa tarde!
Hoje vim agradecer a sua carinhosa presença lá no meu cantinho através de seus carinhosos comentários!
Pois;
Amizade é um laço fraterno que vai se conquistando pouco a pouco.
Amizade é um elo de Amor que vai se fortalecendo dia apôs dia.
Amizade requer uma sabedoria toda própria, para que ela cresça e amadureça.
Amizade é um sentimento de Amor que é perseverante nela mesma.
O que seria de nós sem este elo de Amor!
A amizade
Abraço amigo
Maria Alice
Os problemas nos blogues continuam...Antônio Lídio Gomes não conseguiu deixar aqui o seu comentário. Trouxe-o comigo do seu blogue:
ResponderEliminarOlinda,
Fernando Pessoa tem razão quando em seu poema, diz: quantas mães choraram, quantos filhos em vão rezaram, quantas noivas ficaram por casar...
Tenho certeza de que Pessoa citava um doloroso momento para aqueles que ficavam. No entanto, nada foi em vão, e tudo foi possível por causa da grandeza de alma daqueles que desmistificarm lendas, e destruiram os monstros do obstáculo, e provaram que tudo valeu a pena.
Eles nos legaram um sentimento, uma alma, um coração.
O mar é o elo que nos liga, a estrada que nos une.
Então, um fraterno abraço, deste lado do mar.
Um beijo.
(Deixo aqui meu comentário sobre "O Mar" no Xaile de Seda, por não ter conseguido postar lá. Talvez problemas no blogger)
Querida Olinda:
ResponderEliminarObrigada por trazer a memória de Fernando Pessoa e por ter escolhido este tema.
A nossa vida está cheia de mares, revoltos uns, de águas calmas, os outros. Assim saibamos aprooveitar os de águas calmas e amainar os de águas mais irrequietas.
Um grande abraço para si e outra para a sua Filhota.
OLINDA QUERIDA,
ResponderEliminar"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena."
DEPOIS DESSAS PALAVRAS SÓ POSSO DIZER UMA COISA:
PARABÉNS PELA SUA POSTAGEM MARAVILHOSA!!!
"Parece que a vida vem em ondas, sinto que o amor pode ir e voltar, não com a mesma intensidade... mas com uma única peculiaridade : como do mar são as ondas."
(Cezar r.s.l. Amaral)
BEIJOS E FIQUE COM DEUS!!!
Olinda,
ResponderEliminarLindo post!! AMO o mar!! E quão necessário ele nos é, não? Pena que muitos de nós continuamos desrespeitando as águas, o ar, as florestas e os animais...
Bjs!!
Não sabia Olinda do dia do mar, mas com certeza colocaste bem o tema falando das conquistas que foram alcançadas pelos portugueses que viram nele um cminho para novas rotas e terras de sonhos.
ResponderEliminarQuanto a este poema ...NOoooOOOOssssaAAA... é lindo demais...me emociona até o último.
Beijos e boa noite querida!!
Obrigada pelo carinho tá?
Carla
:D
Boa noite, Olinda!
ResponderEliminarQue preciosa informação , eu desconhecia.Gostei de saber....amo o mar!
Deixo pra ti o meu carinho e o desejo de um ótimo final de semana nos versos de uma poetisa portuguesa que eu admiro.
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Beijo,
Mara
Olá, Maria Alice
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras sobre a Amizade que diz bem da pessoa bela que é.Procurarei visitá-la mais vezes, fazendo jus a esta definição tão generosa.
Beijo
Olinda
Olá, Antônio
ResponderEliminarTrouxe o comentário que fez a este tema do seu blogue, visto não ter conseguido colocá-lo aqui.
Realmente, parece que Pessoa pretende demonstrar que, apesar dos sofrimentos, não foi em vão este desbravamento dos mares. Muitos poderão pensar o contrário, os próprios povos que se viram invadidos e porventura violentados na sua própria cultura...
Contudo, podemos dizer que houve, ao fim e ao cabo, um intercâmbio embora este nem sempre tenha primado por princípios de igualdade.
No presente, nós poderemos sublimar isso e procurarmos o que mais nos une: O Mar ou a Ideia de prosseguirmos um caminho com o mesmo rumo, o de que somos todos irmãos.
Um grande abraço.
Olinda
Querida Isabel
ResponderEliminarSábias palavras!Aproveitemos, sim, os bons momentos e saibamos tirar lições do que de menos bom nos surja pela frente. Beijinhos meus e da minha filhota.
Um bom fim-de-semana
Olinda
Querida Juju
ResponderEliminarÉ como diz, esperemos que o amor nos bafeje. Mesmo que não seja com a mesma intensidade, mas constante e perene.Também pode ser num vai-vem como as ondas do mar... :)
Beijinhos
Bom fim-de-semana
Olinda
Querida Daniele
ResponderEliminarAinda bem que foca este aspecto ambiental.É tão necessário o respeito pela vida marinha, pela não-poluição das águas e de tudo o mais que faz parte do nosso universo...
Beijos.
Olinda
Olá, Carla Fernanda
ResponderEliminarÉ consolador ver como temos um poeta da nossa língua comum que preenche tão bem os vários espaços do nosso sentir, tanto analisando temas de há mais de 500 anos como aspectos que dizem respeito às profundezas do 'eu'. Somos tantos num só e, ao mesmo tempo, únicos. :)
Beijos
Bom fim-de-semana
Olinda
Querida Mara
ResponderEliminarGostei do poema de Sofia de Mello Breyner, ligando-a ao tema do mar. Em Lisboa, há um espaço criado no tempo da Expo98 (Tema:Os Oceanos) e que ficou a designar-se depois como o 'Parque nas Nações'. Neste Parque há um Oceanário e, no interior, nas suas paredes, estão inscritos versos de Sofia, precisamente sobre o mar.
Lindo!
Obrigada.
Beijos
Olinda
Queridos Sapatinhos da Dorothy:
ResponderEliminarAdoro aqueles sapatinhos,Sandra,tão mimosos!
Diz bem, o mar fonte de recursos, gerador da economia, espaço de lazer, um manancial inesgotável se tivermos o cuidado de o aproveitar e,acima de tudo, preservar...
Pessoa, sempre.
Beijos
Olinda