Sempre caminhei para ti sem saber se te encontrava.
As portas por vezes fechadas, outras vezes abertas,
O chão estava coberto de seixos
salpicados por maresias que me perturbavam o olhar.
Nada fazia prever que te encontraria
um dia, por acaso, com uma chávena de café
que me oferecias despretensiosamente
fitando o meu olhar, que se prendeu no teu,
num abandono quase íntimo.
Era outono e as folhas sorriam-nos
como se uma força nos desafiasse
a libertar o esplendor do mundo.
As portas por vezes fechadas, outras vezes abertas,
mas eu não te vislumbrava.
O chão estava coberto de seixos
salpicados por maresias que me perturbavam o olhar.
Nada fazia prever que te encontraria
um dia, por acaso, com uma chávena de café
que me oferecias despretensiosamente
fitando o meu olhar, que se prendeu no teu,
num abandono quase íntimo.
Era outono e as folhas sorriam-nos
como se uma força nos desafiasse
a libertar o esplendor do mundo.
Ailime
Libertar o esplendor do mundo.
Nesse encontro em que tudo estava previsto desde sempre.
Até a força do olhar...
Et si tu n'existais pasDis-moi pourquoi j'existerais?
JOE DASSIN
===
Et si tu n'existais pasJe ne serais qu'un point de plus
...
Um dos blogues da Autora:
===
Meus amigos
Comunico-vos que esta nossa "Quinzena do Amor" vai estender-se por mais quinze dias, sensivelmente. Tenho a felicidade de todos os convidados terem respondido à chamada, com contributos maravilhosos.
Portanto, aqui estaremos firmes para recebermos essa dádiva de amor.
Beijos e abraços.
Olinda
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Imagem: Pixabay
Bom dia de paz, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarAh! Querida parceira Ailime, tão amiga e uma poetisa com toda humildade que lhe pertence. Bendita a hora em que lhe conheci e pude desfrutar de alguns dias da sua presença fraterna tão encantadora!
Que música linda, Olinda, você escolheu para alindar o post! Ah! Se todas as noites tivéssemos na blogosfera momentos assim, nem precisaríamos mais de chazinhos relaxantes, sua Quinzena de Amor está um calmante para minhas noites do lado de cá do Atlântico!
Os poemas da amiga Ailime são triunfantes, cheios de esplendor, ela capta a magia dos ambientes com tanta delicadeza de sua alma.
Entre portas fechadas e abertas, o Amor sempre está a nos alcançar, Ele pode tudo e até invisivelmente entra em toda e qualquer porta de quem desejaria que ele estivesse lá dentro de cheio. Só respeita a quem não o quer por pertinho do coração.
"Nada fazia prever que te encontraria
um dia, por acaso".
Mas chega o momento em que ele nos alcança e faz toda festa que merece pela demorada espera dele em nós...
Emocionante as palavras da poetisa.
Pelo olhar se passa todo nosso amor. Há pessoas que não nos olham nos olhos...
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão e estima
Querida Rosélia
EliminarJá vai sendo hábito esta nossa vigília, pela madrugada dentro do lado de cá. Na nossa companhia poetas que nos trazem palavras de luz e, na realidade, nada melhor para conciliar um sono reparador.
A amiga Ailime tem esse dom de escrever coisas importantes como se tudo fosse simples. Este poema de amor vem provar isso. Liberta o esplendor do mundo "num olhar que se prende num outro, num abandono íntimo".
Grata, minha amiga, pela sua presença animadora.
Beijinhos
Olinda
Profundo poema tan dulce. Te mando un beso.
ResponderEliminarJ.P.Alexander
EliminarÉ um prazer vê-la aqui no "Xaile".
Sei que agora vai entrar em "Pausa"
Aguardamos o seu regresso com amizade.
Un beso
Olinda
Poema lindo de ler
ResponderEliminarElogio o bom gosto musical
.
Cumprimentos poéticos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Muito obrigada, Ryk@rdo, pela sua presença e comentário.
EliminarAbraço
Olinda
Tão linda e bem inspirada a poesia da Ailime que sempre e cada vez mais assim o é! beijos e parabéns às duas. E que bom que foi um sucesso teu evento...Muito legal ver tantas participações!
ResponderEliminarLindo dia! chica
Sempre inspirada a poesia da nossa Ailime, que escreve
Eliminarcom pena de ouro.
É mesmo, querida Chica, um sucesso composto por vós,
com a vossa generosidade e presença.
Muito obrigada.
Beijinhos
Olinda
"Sempre caminhei para ti sem saber se te encontrava."
ResponderEliminarGrande início do belíssimo poema da amiga Ailime, fotógrafa, criadora de frases inspiradoras e, descobri agora, poeta do Amor. Parabéns!
Quanto à escolha musical, amiga Olinda acertaste uma vez mais. Esta canção intemporal, na voz doce de Joe Dassin, enche de luz musical esta publicação.
Dois beijos, muito amor para ambas.
Querida Teresa
EliminarA Ailime tem essas vertentes, todas elas plenas de sensibilidade.
Os seus blogs conduzem-nos por caminhos de luz. As suas
palavras tendem sempre a fazer de nós melhores pessoas.
Joe Dassin, sempre, com aquela voz e canções que emocionam.
Beijinhos
Olinda
Ailime também brilhou num sentimento vestido pelas folhas de outono.
ResponderEliminarAté Cupido se deixaria seduzir pelo romantismo da canção.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Caro Juvenal
EliminarGostei.:)
Até ficaria emocionado com esse amor sempre
esperado e que chega assim, tão de repente...
Abraço
Olinda
Já era de prever que esta " quinzena do amor " fosse longe e isso para nós é muito bom, apesar do trabalho que te dá, um trabalho que fazes com gosto e muita dedicação. O poema da Ailime está lindo, simples, como simples deve ser o Amor Foi num Outono que encontrou o amor, sem " nada prever que iria acontecer, mas o Amor é assim, de repente uma porta se abre e ele lá está, sorrindo para nós. Esta canção, Olinda? Uma delicia e que já há muito não a ouvia. Se não existisses, por que existir eu? Verdade...sem o amor da nossa vida, tudo fica sem sentido....parece que também nós não existimos. Obrigada, querida Olinda, parabéns, Ailime. Um beijinho às duas e tenham dias serenos, sempre rodeadas de amor e com saúde
ResponderEliminarEmilia
Querida Emília
EliminarUma quinzena que veio para ficar, segundo parece :))
E ainda por cima num mês que só tem vinte e oito dias.
Como vai ser esta contagem? Isso é coisa que não nos
preocupa, nem que seja a contar pelos dedos...
O poema de Ailime fala-nos de um sentimento que temos
em nós e que só precisa do momento certo para se manifestar.
Há quem diga que todos nós temos a nossa alma gémea,
que mais cedo ou mais tarde a encontraremos.
E o que acontece neste poema que faz a esperança habitar os
corações de quem ainda a não encontrou.
E aqui temos Joe Dassin a conduzir este grande conjunto
de probabilidades. Voz doce, palavras maviosas.
Muito obrigada, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Adoro esta música!
ResponderEliminarAbraço
Música sempre actual, pois por mais anos que passem
Eliminaramamos da mesma forma, ou pelo menos deveria ser assim.
Obrigada pela sua presença, minha amiga.
Um abraço
Olinda
Um poema muito belo onde nem o outono com sua nostalgia rouba a alegria do enamoramento que envolve os dois amantes.
ResponderEliminarParabéns, Ailime.
.
Obrigada , querida Olinda por esta generosidade que nos encanta . Nos anos que acompanho a blogosfera, não recordo uma festa com este sucesso. Muitos parabéns!
O Outono com as suas belas cores convida ao enamoramento. E a Ailime soube trazer-nos a magia da cumplicidade em frente a uma chávena de café quentinho, (talvez com uma lareira, ou aquecedor)? O que importante é que as alegrias do coração aquecem muito mais...
EliminarQuerida Manuela, muito obrigada pelas suas cálidas palavras de apreço. O "Xaile de Seda" e esta Festa só existem verdadeiramente com a vossa talentosa presença.
Beijinhos
Olinda
Gostei muito deste belo poema da Ailime. É curioso como tantas e tão talentosas poetisas há na blogosfera e nós, ou melhor, eu, percorrendo sempre os mesmos caminhos, nem fazia ideia que existissem.
ResponderEliminarTenho de caminhar mais... :)
Que se prolonge esta quinzena amorosa, o mundo anda necessitado de Amor.
Adorei reouvir esta canção na vz de um dos meus ídolos de juventude.
Muito boa a escolha musical.
Beijinhos a ambas.
Olá, querida Janita
EliminarA Ailime faz poemas belíssimos. É de uma suavidade e musicalidade
que nos encantam. Gosto muito da sua poesia, vou lá sempre que
posso para apreciar e fico por lá a visitar os seus outros blogues que nos descobrem mundos que pensamos já conhecer mas que nos surpreendem.
Caminhemos pois nesta "Quinzena do Amor". Cada dia um espanto de poema de autoria dos nossos leitores ou de poetas que admiram. Amanhã, dia 19/02, vai ser um caso desses.
Joe Dassin, sempre aquela voz sem tempo.
Bom sábado de carnaval.
Beijinhos
Olinda
Caminhar em direção ao Outro sem saber se o encontrará, embora o saiba pelo seu caminho;,se assim não fosse, assim não teria sido porque há sempre uma mão que ilumina o caminho que leva o Eu ao tu e Outro ao Eu. Este belo poema engalana a quinzena.
ResponderEliminarVoltou a louvar o seu desprendimento, Olinda. E não serias tu, se não fosse tu a sobraçar esta bandeira neste fulgor, neste fluir.
Abraços para as duas Ou abraço as duas!
Caro José Carlos
EliminarUma busca que fazemos quase sem ter disso consciência.
Começa a ficar mais premente quando a patine du temps
vai deixando a sua marca. Começamos a ouvir (interrogar) as estrelas como nos diz Bilac e a cabeça a andar no ar. Mas o Tu existe. Então, por que existiria o Eu?
O poema da Ailime traz-nos essas questões transcendentais.
E o fulgor e o fluir deste rio e seus afluentes continuam...
Grande abraço
Olinda
Maravilhosa publicação. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminarBeijo, e uma boa tarde
Grata, cara Cidália.
EliminarO mérito é todo da nossa amiga Ailime
que escreve tão bem. A sua poesia ilumina.
Beijo
Olinda
Boa tarde Olinda,
ResponderEliminarMuito obrigada por partilhar o meu poema que me diz tanto...
Agradeço também a forma tão bonita como fez o post e não posso deixar de realçar a escolha da música que fez as minhas delícias na adolescência.
Grata a todos as amigas e amigos que deixaram palavras tão elogiosas sobre o que escrevi.
Abraço-vos a todos e um beijinho muito especial para a Olinda.
(Fico feliz por esta"Quinzena do Amor" se estender por mais quinze dias).
Ailime
Cara Ailime
EliminarEu é que lhe agradeço a sua generosidade e amabilidade
em trazer-me este belíssimo poema.
Temos estado aqui encantados com o seu talento e a
forma tão natural como nos comunica o que há de mais
profundo em nossos corações.
Bem-haja, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Olá Olinda!
ResponderEliminarLindo.
Tenha uma semana repleta de luz
Abraços Loiva
Olá, Loiva
EliminarTenho estado a comentar no "Aprendiz da Felicidade",
mas não vejo os meus comentários. Spam?
Obrigada por ter vindo.
Abraços
Olinda
Aiaiai, adoro os poemas da Ailime, poeta de muita sensibilidade,
ResponderEliminarescrita clara e de grande charme! Que bom vê-la aqui, querida Olinda.
Então a Quinzena irá se estender? Só pode, e deve, querida amiga!
Um sucesso assim, deve mudar para o "Mês do Amor!"
Deixo meus votos de dias felizes pela frente.
Beijinho para as minhas duas queridas!
Com a Ailime e a sua poesia cristalina vamos bem encaminhados
Eliminarna nossa "Quinzena do Amor". Uma "quinzena" elástica que não se
preocupa nada com o número de dias. Quinze, trinta, trinta e cinco,
o que importa?
Também lhe desejo dias felizes, cheios de amor.
Obrigada pelo comentário.
Beijinhos
Olinda
Olá, Olinda encontramos aqui, na Quinzena do Amor, a nossa amiga poeta Ailime, agora com seu poema "Era Outono e as folhas sorriam-nos...",
ResponderEliminaruma amostra de sua sensibilidade e do seu talento, abrilhantando mais,
ainda, a sua iniciativa, já exitosa. Parabéns a ambas.
Votos de uma boa continuação da semana, com muita paz.
Beijos para as duas.
Bem o diz, caro Pedro, um exemplo de sensibilidade e talento.
EliminarAdorei a participação dela.
Muito obrigada pelas suas palavras de apreço.
Abraço
Olinda
Tão sentido e belo, Ailime!
ResponderEliminarQue se repitam infinitamente as suas quinzenas de amor...
Os meus aplausos também para a anfitriã pelo bom gosto do 'post'...
Beijinhos para ambas.
~~~~~
Muito obrigada, Majo.
EliminarAbraço
Olinda
A natureza sempre nos sorri e dá forças para seguir em frente.
ResponderEliminarMaravilhoso poema de nossa amiga Ailime e uma música linda e que já não ouvia à tanto tempo e que toca sempre o meu coração.
Beijinhos
Querida Maria
EliminarQuando menos se espera as coisas acontecem, não é verdade.
Obrigada, Maria. Um prazer vê-la aqui no Xaile.
Beijinhos
Olinda
Gosto imenso da poesia da Ailime, cuja evolução acompanho há anos.
ResponderEliminar"Sempre caminhei para ti sem saber se te encontrava."
A procura e o seu encontro com o amor num poema muito belo.
Abraço e saúde
Cara Elvira
EliminarPoema escrito com todo o esmero, num ritmo lindíssimo.
Muito obrigada, Elvira.
Abraço
Olinda
Tão intenso e leve, querida Ailime! Gosto da tua escrita, amo o Outono e o café e estou a sentir a aura do romance. Revejo-me.
ResponderEliminarBeijos e abraços, Ailime e Olinda.
Bom fim de semana.
Querida Teresa
EliminarTão bom vê-la aqui, lendo e comentando. Sei que o seu tempo está todo tomado, de modo que é mais um motivo para estar agradecida.
Um café, um sorriso e o momento propício,uma bela escrita, fazem o milagre.
Beijinhos
Olinda