quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Amor a amor nos convida


De: Isabel
Anónima




Com dura e branda cadeia, 
Com facho activo e suave, 
De seus mistérios co'a chave, 
Amor entre nós volteia: 
Já deprime, já gloreia, 
Já dá morte, já dá vida; 
E nesta incessante lida, 
Que em si traz, que em si contém, 
Com o mal, e com o bem, 
Amor a amor nos convida.


Bocage
 in 'Amor a amor nos convida 
(Décimas sobre verso único)'





Manuel Maria Barbosa du Bocage, considerado por muitos o maior poeta português do século XVIII, nasceu em Setúbal, no número 12 da Rua Edmond Bartissol, a 15 de Setembro de 1765. (clic)





Do essencial da vida do poeta podemos mencionar o facto de ser natural de Setúbal, tendo partido muito jovem ainda para o Oriente onde permaneceu alguns anos. De regresso a Portugal entrou para a Nova Arcádia com o nome de Elmano Sadino. Em breve, porém, satirizava os seus membros; acusado de revolucionário veio a ser preso. Faleceu com apenas 40 anos.
A sua obra é constituída por todos os géneros poéticos em curso no seu tempo, mas foi no soneto que deixou o melhor de si próprio; nas suas composições combina elementos neoclassicistas com o gosto pelo pré-romantismo. A solidão, o sofrimento, o amor-ciúme, o belo-horrível, a morte, são alguns dos temas que trata, de acordo com o próprio infortúnio da sua vida. Veja mais Aqui


Estranha forma de vida




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Quinzena do Amor - De 31/01  14/02

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Poema: Citador

Imagens:
1ª Pixabay
2ª daqui
Video : Youtube

5 comentários:

  1. Uma excelente escolha, pois vale sempre a pena ler Bocage.
    Continuação de boa semana, amiga Olinda.
    Beijo.

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  2. A poesia de Bocage, enriquecendo esta tarde Inverno."Amor a amor nos convida", de Bocage, é uma excelente escolha, querida Olinda Melo. E um fado que tanto se entranha e vive na eterna voz de Amália. Inigualável.
    Excelente post!
    Beijinho.

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  3. Bocage é mestre! de poesia e de amor
    não eras de meias medidas
    gostei de ler aqui.

    abraço, Olinda

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  4. Gosto muito do Bocage. Pena que o seu nome seja mais vezes lembrado pelo anedotário do que pela excelente poesia que nos deixou.
    Abraço

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  5. Uma escolha perfeita, um poema lindo de Bocage e a voz espectacular e imortal da Amália.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria de
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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