sábado, 26 de novembro de 2016

O que é ser feliz?

                   "J'ai décidé d'être heureux parce que c'est bon pour la santé"
                                                                              VOLTAIRE* 

Uma decisão em plena consciência ou algo qe nos acontece porque sim? Voltaire acha que é uma decisão nossa. E faz bem à saúde. Um motivo extremamente válido. Faz bem não só no aspecto físico como também espiritualmente. E não serão precisas grandes coisas, bastará darmos valor àquilo que nós temos, apreciar as coisas simples da vida, amar os que nos rodeiam. Ponhamos os olhos no texto abaixo, comentário ao post anterior a este, e leiamos em voz alta estas palavras da nossa querida Emília, que lá no Começar de Novo nos mostra como o raiar de um novo dia, todos os dias, pode representar um recomeço em pleno.

Eis o comentário:

Este texto, amiga, é tocante! Sou mãe e tenho ainda a minha; apesar de longe, não há um dia em que não a recorde e não imagino a minha vida sem ela, sem a saber no outro lado do Atlântico, na casinha onde sempre viveu; simples, mas onde não faltam os vasinhos de orquideas na parede da varanda, a hortinha ao fundo do pequeno quintal e a cachorrinha que lhe obedece, parecendo entender até os gestos; sei-a lá, feliz por ainda estar bem, apesar da idade, triste muitas vezes por ver o seu companheiro de tantos anos num mundinho só dele; não estou lá onde, sei, gostaria que eu estivesse, mas ela sabe que estou aqui e eu sei que eles estão lá.

Na aldeia onde nasci e onde sempre vivi, permanece a casa, não em ruinas, porque não deixo, mas vazia de gente; quando vou lá, revejo-a, apressada, de um lado para o outro, cuidando para que em casa nada faltasse; alimentava os coelhos, matava um frango, levava as ovelhas ao quintal, e o porquinho esperava também a sua vez que chegava sempre. Era necessário todo esse trabalho, pois as condições financeiras não eram muitas e os estudos dos filhos tinham que ser pagos; não havia excessos, mas havia o suficiente e carinho, atenção, diálogo nunca faltaram. Olho para aquela casa recordo com saudade os tempos vividos lá e agradeço os pais que tudo fizeram para que a mim e ao meu irmão não faltassem nem a formação e muito menos o pão. Olinda, agradeço-te muito a partilha deste lindo texto que me deu a oportunidade de, mais uma vez, recordar tempos felizes da minha vida. Beijinhos

Emília Pinto

Obrigada, querida Emília. A segunda imagem corresponde a uma aldeia de Portugal. Desculpa se não corresponde às tuas memórias. Estive aqui a debater-me com a vista de uma aldeia no seu conjunto ou assim mais "personalizada". :)
Um bom fim de semana a quem por aqui passar. 
E façam o favor de ser felizes, como dizia o nosso Solnado.
Abraço.
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*Citado pela revista Maxi como "Maxime de la semaine", 21 a 27 de Novembro.
Imagens: daqui e daqui

18 comentários:

  1. Voltaire tem toda a razão e a Olinda também...
    Fico grata por permitir-me conhecer melhor a simpática Emília...
    Ótimo fim de semana.
    Beijinhos afetuosos para ambas.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  2. Meu Deus, querida Olinda, nem sei o que dizer perante este GRANDE miminho que acabo de receber. Sou sempre muito sincera e não poderia portanto dizer que não me agradou este ABRAÇO dado em palavras de carinho , de apreço pelo desabafo que a minha alma fez depois de ler o texto tocante que connosco partilhaste. E, num dia de Inverno como o de hoje, com um frio intenso lá fora, chega-me assim este ABRAÇO que me aqueceu o coração e que me levou a dizer a mim mesma : " como é bom ter amigos capazes de abraçar mesmo à distância, capazes de acarinhar pessoas que nem conhecem; amigos que sabem ler a alma dos outros só através das palavras ". Tu, Olinda, és uma dessas pessoas e eu sinto-me abençoada por te ter conhecido; pelas palavras também sei que és um ser humano fantástico , um ser que sabe dar-se aos outros sem esperar nada em troca. Sei disso, tenho a certeza, mas, mesmo assim, agradecida, deixo-te um GRANDE ABRAÇO carregadinho do melhor que tenho para dar, a minha grande e SINCERA AMIZADE! Obrigada!

    Quanto à aldeia, não é de certeza a minha, mas que importância tem isso? É uma aldeia, é uma casinha e com certeza nela foram vividas emoções como as minhas; nela também uma mãe lutou para que nada faltasse aqueles que amava. Obrigada por mais este " miminho"
    Emilia

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  3. Ser feliz é um instante
    para toda a vida
    Bj

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  4. Querida amiga antes de mais desejo que esteja já recuperada do mal que lhe afetou a saúde.
    Peço desculpa pela ausência. Desde Julho tenho levado muito tempo sem pc. Tenho o Smartphone é certo, mas ainda o manejo com a destreza de uma tartaruga.
    Voltaire sabia o que dizia. E o texto da Emília emocionou-me.
    Um abraço e bom domingo

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  5. Vous avez bien decidé d' être heureuse, ma chérie!

    Olá, Olinda!

    Há qto tempo, eu não passava pelo seu blogue!
    Vi e li, hoje, um comentário seu num dos blogues da Gracinha, e fiquei felicíssima, pke não tenho encontrado, com frequência, palavras suas na blogosfera, e, mtas vezes, penso em si, na sua maneira de ser, na sua postura e naquilo k escolhe para publicar.

    Todavia, agora, estou a reparar no comentário da Elvira e vejo k esteve doente. E agora, já se encontra bem?

    Voltaire tinha razão, quer se esteja no século XVIII, quer no XXI. Afinal, há pessoas felizes com tão pouco, e há aquelas k tudo têm, k já não sabem, já não conseguem arranjar estratagemas para encontrar a felicidade. O dinheiro é importante, sim, mas não determinante.

    O comentário da nossa amiga comum, Emília, reflete bem aquilo que ela é e sente. Pessoa simples, cordial, afetuosa e que mantém, bem firmes, as suas raízes. A família é pra ela, a célula mais importante de todo o nosso ser, pke sem ela a vida não faz sentido.

    Beijos, as melhoras e boa semana.

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  6. São textos que nos emocionam.
    O recordar coisas do passado,
    o ser feliz com coisas muito insignificantes.
    Gostei muito de o ler.
    Bjs. e bom fim de semana.
    Irene Alves
    er.

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  7. É por isso, querida Olinda que me é dificil afastar dos blogs mesmo nesta época conturbada , não do Natal, mas de toda uma série de acontecimentos que me obrigaram a estar mais protegida , pelo menos uns tempos. Aqui, tenho encontrado das amizades mais consistentes que nunca imaginei ter. Claro que há tropeços, mas se eles lá estão será por algum motivo. Proteção e lições de vida, talvez. E este seu gesto para com a nossa comum e também querida amiga Emília tocou-me bem fundo. Porque ser feliz hoje não é a felicidade de antes, em que qualquer coisa era uma festa. Hoje tem que haver festa quase todos os dias tal a infelicidade que habita o homem. Ser feliz como os pássaros e ter alma de pássaro já não satisfaz a Humanidade. E a Emília tem o dom de publicar posts com uma densidade tal, para refletirmos, que mesmo estando de acordo com suas ideias, leva-nos para o seu mundo vivencial onde se nos dá na partilha de sua amizade.
    E ser feliz é isto, Olinda. Para mim basta constatar que há amizades que valem as horas que dedicamos aos comentários. Essas palavras são voos carinhosos com que elas se vestem!
    Obrigada e parabéns, Olinda e Emilia
    Terno abraço!

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  8. Querida Olinda
    Eu penso que a felicidade vem de dentro para fora, depois de ter recebido os impulsos exteriores, é claro.
    Lembro-me de há bastante tempo ter lido um contava o caso de, numa conferência, perguntarem à oradora se o marido a tinha feito feliz.
    Apesar de serem um casal felicíssimo ela respondeu:
    Não, eu é que me fiz feliz, o meu marido apenas contribuiu, e muito, para a minha felicidade.
    Por isso eu acho que a felicidade está dentro de nós. E quando nos sentimos infelizes... é porque não conseguimos enfrentar e expulsar de nós os tais impulsos exteriores.
    Estou cem por cento de acordo com Voltaire - a felicidade faz bem à sua saúde. Basta ver como estamos doentes quando nos sentimos infelizes...

    O comentário da nossa querida Emília é, de facto, admirável.
    Mas não me admiro com o que diz.
    "Penso" que a conheço um pouco para além dos blogs... e sei que é um ser de eleição. com uma vivência muito cheia e rica.
    Parabéns para as duas, já que o teu gesto, ao dares realce às palavras da Emília, é também digno de louvor.

    Quero ainda agradecer o teu comentário na minha "CASA", de que gostei imenso. Obrigada, minha querida.

    Votos de uma semana muito feliz.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  9. Pois acreditemos em Voltaire que muito sabia e reflectia, por isso devia estar certo! Ainda há pouco estava a pensar nisso, mais em relação à energia que sinto que me está a faltar por estes dias, e decidi: vou fazer de conta que estou cheia de energia :)
    Beijinhos

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  10. OI OLINDA!
    TAMBÉM ACHO QUE DECIDIMOS SE SEREMOS FELIZES OU NÃO,PORQUE QUANDO OLHAMOS A VIDA E AS PESSOAS COM CARINHO E GRATIDÃO, RECEBEMOS ISSO DE VOLTA E ESSES SÃO GRANDES INGREDIENTES PARA A FELICIDADE.
    ACHEI LINDA A DECLARAÇÃO DA AMIGA EMÍLIA, DEU PARA SENTIR TODA A SINCERIDADE E VERDADE NO QUE ELA DIZ E PARABÉNS A TI POR NOS TERES REPASSADO ESTE TEXTO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  11. A felicidade encontra-se tantas vezes nas Pequenas Grandes coisas do nosso dia-a-dia, num sorriso, numa palavra, nas boas recordações, num sonho alcançado ... basta ter o nosso espírito aberto para a sentir chegar.
    Com o passar dos anos vamos aprendendo a dar mais valor, às Pequenas coisas que nos deixam felizes, um destes dias contei uma situação que me tinha deixado bastante contente ao meu filho e ele prontamente respondeu-me: "oh mãe ficas feliz com tão pouco ".
    Beijinhos
    Maria

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  12. A tragédia da Felicidade (a Felicidade tem destes paradoxos...) é que na maioria dos casos, ou das vezes, não nos apercebemos da Felicidade, por causa de uma razão tão fútil quão comezinha: ela não nos custa nada.
    Abraço, amiga.

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  13. A felicidade encontra-se tantas vezes nas Pequenas Grandes coisas do nosso dia-a-dia, num sorriso, nem gesto, numa boa recordação.
    Linda mensagem da Emília
    Beijinhos
    Maria

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  14. Ser feliz...
    Bom conhecer melhor este ser humano!
    beijinho

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  15. Querida amiga, será que já está bem de saúde? Quando sabemos que alguém está doente o silêncio que se segue incomoda. Fico pensando se estará bem.
    Um abraço e bom fim de semana

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  16. Olá, querida Olinda!

    Não me esquecei de que disse no seu comentário, no meu blogue, que iria estar ausente durante duas semanas, mas decerto por motivos mto seus, não lhe tem sido possível voltar à blogosfera.

    Gosto muito do que escreve e escolhe para publicar, como sabe, mas aguardei novo post, com a calma que me é peculiar e com a consideração que por si, tenho.

    DESEJO À OLINDA E FAMÍLIA, UM NATAL DE AMOR, SOLIDÁRIO E UM ANO NOVO VENTUROSO.

    Beijos com elevada estima.

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  17. Boa noite Olinda! Tudo bem contigo?

    Desculpa pela demora em aparecer.
    Concordo plenamente com Voltaire.
    Segundo o Psicólogo americano Daniel Gilbert: “Felicidade, ou ser feliz é ter a capacidade de imaginar um futuro satisfatório”. Alguns se sentem felizes quando estão com pessoas amigas ou familiares, outros parecem que encontram a felicidade viajando, outros em sua religião, e assim creio que pode haver tantas fontes de felicidades quanto grãos de areia na praia. Mas porque ainda assim não há uma receita segura e universal para trazer felicidade a todos?
    Na minha concepção de vida, ser feliz e estar de bem consigo mesmo. A felicidade é uma luzinha que fica guardinha dentro do nosso interior. Depende apenas de nós mesmo, pra que ela apague, ou fique acesa. A felicidade esta na simplicidade da vida.
    Gosto muito das postagens e comentários da Emília.
    Estive bastante ausente do blog, mais não poderia deixar que o ano terminasse sem passar aqui pra deixar meu carinho e meus agradecimentos por termos caminhado juntamente pelo menos um pouco durante esse ano de 2016 nessa blogosfera. O meu muito obrigado!
    Que o menino Jesus esteja sempre presente na sua vida.
    Desejo a você e à sua família um Natal de Luz e um próspero Ano Novo
    Repleto de alegrias e bênçãos!
    Boas Festas!
    Feliz Natal!
    Feliz 2017!
    Um abração!
    Desejo tudo de bom pra ti!
    Blog da Smareis

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  18. Decididamente, Voltaire tem razão. Fui aprendendo com o tempo. Quando se é mais jovem, incomodamo-nos mais; a seletividade emocional, o conseguir distinguir o essencial do acessório, talvez seja mesmo uma condição da maturidade cronológica! :)
    Fizeste bem em partilhar o comentário da Emília Pinto, pois, além de sentido, é uma narrativa digna de ser lida.
    (Sei que tinha lido, há muito, esta postagem pelo TM e penso que comentei; não ficou, já não é a primeira vez que me acontece - verifico sempre se os comentários entraram quando venho, de novo, ao blogue; foi o que fiz hoje, ao ver a notificação de nova postagem).
    Bj, OLinda

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