Aos que me vêm visitar de outros quadrantes, e possam não conhecer a nossa História, devo dizer que hoje é feriado nacional, dia da Implantação da República. É um feriado que, apesar da importância do que aconteceu em 5 de Outubro de 1910, foi eliminado ou suspenso em 2012 tendo sido reposto neste ano de 2016.
No ano passado teci, aqui, algumas considerações sobre esse dia - um dia não muito longínquo, pois o que são cento e seis anos para um povo com tão longa História?- e da situação de desequilíbrio que se lhe seguiu, levando a atrocidades que se arrastaram por dezasseis anos. Isto não quer dizer que depois foi um mar de rosas, tendo em conta que a partir de 28 de Maio de 1926 veio um outro período de má memória, o Estado Novo.
No ano passado teci, aqui, algumas considerações sobre esse dia - um dia não muito longínquo, pois o que são cento e seis anos para um povo com tão longa História?- e da situação de desequilíbrio que se lhe seguiu, levando a atrocidades que se arrastaram por dezasseis anos. Isto não quer dizer que depois foi um mar de rosas, tendo em conta que a partir de 28 de Maio de 1926 veio um outro período de má memória, o Estado Novo.
Mas, atentemos na definição da República Portuguesa tal como vem na Constituição de 1976 (VII versão, 12 de Agosto de 2005):
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
Lendo isto estamos bem conversados, não há lugar para dúvidas, não acham? A Revolução de 25 de Abril de 1974 trouxe-nos estas certezas que, no entanto, ainda baralham muitas cabecinhas. Mas não vou fazer uma resenha, hoje, dos últimos quarenta e dois anos, vou continuar no passado, pelo menos no menos recente, um lugar muito mais seguro para um historiador, que não sou. Não há surpresas e se as houver, essas serão objecto de nova análise.
Hoje, prefiro trazer-vos a história de um Rosto, o rosto escolhido para representar a República, não aquele que consta da capa do livro de História de Portugal que utilizei no meu post do ano passado, mas de um outro de que se não fala muito: o de Hilda Puga ou Ilda Pulga*. Ora, acedam a este sítio, também a este, e saibam de quem se trata, se é que não sabem já.
Desejo a todos um dia muito bem passado.
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!ª imagem e história - aqui
*De notar que o nome aparece escrito de duas maneiras, nas referências que aqui trago: Hilda Puga e Ilda Pulga.
Parabéns pela pedagógico post de hoje!
ResponderEliminarAbraço, minha amiga, e bom feriado
Gostei muito desta cuidada e esmerada postagem.
ResponderEliminarBeijinhos, estimada Olinda.
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Como sempre digo, aqui aprende-se muito e, confesso a minha ignorância, dizendo que nem sabia que a República tinha um rosto e muito menos da maneira que foi escolhido, nunca tinha ouvido falar desta Hilda Pulga. Muito obrigada, Olinda pelo post tão elucidativo.
ResponderEliminarAchei muito importante que este feriado ter sido retablecido, Sempre achei que acabar com os feriados não resolveria os nossos problemas financeiros. Há associações que deveriam acabar, foi prometido isso e afinal continuaram, muitas sem importância nenhuma, Aí, sim, poder-se-ia buscar bastante dinheiro, Olinda, fica bem e até sempre, um beijinho
Emilia
Desculpa o erro...Hilda Puga e não como escrevi. Bjo
ResponderEliminarQue bonita que era a Hilda Puga! E que vida... Imagino o choque imenso da morte do pai, principalmente para a mãe.
ResponderEliminarBeijinhos e obrigada por este belo apontamento histórico que eu não conhecia!
Boa tarde, infelizmente Passo Coelho que nada tem de democrático, devia de saber que, "A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa." os submissos do pior primeiro ministro da historia de Portugal PPC, esperam migalhas de boca aberta, também devia de respeitar a Constituição da Republica.
ResponderEliminarBom fim de semana,
AG
Foram tempos conturbados esses da nossa 1ª República. Aliás, acho que ainda não parámos de ter tempos conturbados.
ResponderEliminarLembro-me bem do perfil de Hilda Puga das moedas. Que história de vida tão interessante! Obrigada por nos ensinar tanto e por nos encaminhar para estas informações tão interessantes.
Beijinhos e bom fim de semana!
Que post interessante nunca tinha pensado de quem seria o rosto da "República".
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Muito grata por tão enriquecedora partilha.
ResponderEliminarBJ :)