sábado, 5 de dezembro de 2015

Dia Eça de Queirós

É amanhã.
À semelhança da homenagem prestada a Ramalho Ortigão, 06/02, o dia 6 de Dezembro é dedicado a Eça de Queirós(1845-1900)- escritor nosso conhecido quanto mais não seja por o termos lido na escola, mais precisamente em "Os Maias", "A Ilustre Casa de Ramires", entre outros. 

De lá para cá muitos de nós lemos a colecção toda. O último livro que li foi "A Capital"- encontros e desencontros numa grande cidade que, da província, é considerada um lugar de grandes oportunidades, tudo facilitado e são no círculo de pseudo-intelectuais mas, na realidade, um poço de desilusões e de oportunismos. Foi o que sentiu o ingénuo e crédulo Artur, protagonista de muitas peripécias.


E como o prometido é devido, aqui, trago-vos a notícia desta homenagem, uma parceria entre o Centro Cultural de Belém e o Centro Nacional de Cultura. Eis o programa,* onde consta que o mesmo é provisório, talvez na esperança de, à última hora, surgirem mais ideias de modo a fazer-se um retrato o mais fiel possível deste autor da literatura portuguesa. Realmente, falar de Eça de Queirós com propriedade não será tarefa fácil. Que o digam os queirosianos que porfiam no estudo e compreensão da sua personalidade e da sua escrita.

Mas, o que sabemos assim sem grandes análises é que Eça de Queirós foi um exímio farpeador da sociedade dos seus dias. A documentá-lo, lê-se neste artigo o seguinte:

É um dos maiores romancistas portugueses e talvez a voz mais crítica e impiedosa da segunda metade do século XIX. 
E maisA sua produção literária é marcada por um ritmo que impressiona: desde “O Crime do Padre Amaro” até “A Ilustre Casa de Ramires” não esquecendo a obra maior que é “Os Maias“, este escritor português conta com  mais de 30 romances publicados e traduzidos em cerca de  20 línguas.

Recapitulando: A sessão começa às 15h00 de amanhã e a entrada é livre. Então, marcamos encontro no CCB, no pequeno auditório, certo?

Se, entretanto, preferirdes ficar no recesso dos vossos lares deixo-vos aqui, caros amigos, este link que vos conduzirá a alguns livros do autor (download grátis).

Realmente, este domingo promete.

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Do blog picosderoseirabrava trouxe agora esta mensagem: 

A chama da amizade
Amizade em cadeia. Porque Dezembro é um mês muito especial.
Esta chama acesa vem do blog da Fê Blue Bird e espero que propague por outros e muitos mais.




Obrigada.

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* Voltei há pouco ao site e o programa já não está "provisório", o que lhe retira um pouco do seu mistério. 

8 comentários:

  1. O meu escritor preferido da Geração de 70 é o Ramalho Ortigão,por causa das Farpas (algo fabuloso).O Eça confesso que também admiro,mas há algo que me chateia e que são as extensas descrições.Acho um exagero embora saiba que são típicas deste tipo de literatura!
    Beijos*

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  2. Todo o Eça na minha biblioteca

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  3. Infelizmente não poderei ir. Gosto muito do Eça de Queirós, muito embora a falar verdade só tenha lido 4 livros dele.
    Um abraço e bom domingo

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  4. Li muito poucos livros do Eça de Queiroz mas são romances magníficos
    Uma homenagem mais do que merecida a este ilustre escritor
    Um lindo domingo pra você Olinda
    Beijos

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  5. Boa tarde, Olinda!

    Considero Eça de Queiroz o melhor escritor português, até à atualidade.

    Infância um tanto atribulada (até nasceu antes do casamento dos pais. Atenção que estamos a falar do século XIX), foi entregue primeiro a uma ama, depois à avó paterna e mais tarde foi para um colégio interno. Rapaz/homem do norte, com as características, todas, desta gente, boas e más.

    Logicamente que quem frequentou a escola, teve mesmo de o ler, mas creio que os "miúdos" até passam a gostar muito dos seus romances e posteriormente leem outros, sem ser por obrigação, mas por gosto e interesse.

    Eu "devorei" os Mais, que era livro obrigatório, espessíssimo, como se lembra, e até hoje foi o romance que mais gostei de ler. Para além da sua forma de escrever, há descrições longas, longuíssimas, mas mto apelativas, interessantes e inteligentes (não palha), que me deleitam na sua literatura.

    Quanto às críticas dele em relação à sociedade, em geral, escritor que se "preze" tem de criticar, tem de ser do contra. Sempre assim foi e sempre assim será. Não têm razão para o fazer, perguntarão alguns? Umas vezes, sim, outras, não, responderei, mas a escrita é uma das formas de nos exprimirmos e pormos cá fora o que nos "canta" ou "chora" na alma e muitas das nossas vivências, traumatizantes ou pouco agradáveis, estão, normal e naturalmente lá, de forma direta ou indireta. Estou a lembrar-me das relações incestuosas que Eça escreveu num diário de uma prima, creio eu. Nada é por acaso!

    Escritor, jornalista e diplomata correu "As Sete Partidas do Mundo" e ocupou vários cargos por essa terra fora, e até em Havana, foi cônsul. Aproveitou as suas notas de viagem para escrever alguns dos seus romances. Excelente ideia!

    Com tantas viagens e cargos, pke até funcionário público foi, espero que Eça de Queiroz tenha cumprido BEM, MUITO BEM, melhor dizendo, os seus "métiers", para que escritores posteriores e gente anónima ou conhecida, nada lhe tivessem a apontar, portanto, não o tivessem criticado ou critiquem, como eu o estou a fazer, agora, mas no campo hipotético, note-se!

    Completamente de acordo com iniciativas destas, aliás, pergunto eu, para que se mandou construir o Centro Cultural de Belém? O nome, por si só, já indica o que lá se deve fazer.

    Agradeço a sua sugestão e convite, mas vou ficar em casa, porque dias como este, climatericamente falando, turvam-me o olhar e a alma, e decerto eu não estraria, porque me conheço, com a devida atenção ao evento, que este escritor merece e " exige".

    Dias luminosos e felizes.

    Beijos com estima e amizade.

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  6. Um programa e tanto. Quem me dera poder lá estar...(avida anda a trocar-me as voltas).
    Beijinho, querida Olinda.

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  7. ~~~
    Uma excelente obra
    - intemporal, incontornável, imprescindível...

    Lamento não me ter sido possível participar.

    ~~~ Beijinho.~~~
    ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

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  8. Um escritor que foi meu companheiro na época escolar. A cada obra dele que lia, queria outra. Gostei muito da postagem, que contém preciosas indicações. Bjs.

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