O dia de ontem foi dedicado a Ramalho Ortigão, um encontro promovido pelo Centro Cultural de Belém em parceria com o Centro Nacional de Cultura. No programa lê-se que não se pode compreender o Portugal do fim do Sec. XIX sem lermos a sua obra. Mas também não se pode esquecer a sua ligação a Eça de Queirós e exemplo disso são: "As Farpas" e o "Mistério da Estrada de Sintra". E mesmo não fazendo parte da Geração de 70 não só pela idade como por motivos ideológicos, Ramalho Ortigão inseriu-se naturalmente naquele grupo de jovens que se propunha com novas ideias fazer parte do mundo civilizado, diz-nos Guilherme de Oliveira Martins.
Sobre a sua preocupação com o património nacional encontrei este excerto, aqui:
“(...) Levaria muito tempo e seria excessivamente triste
enumerar todos os atentados de que têm sido e continuam a ser objecto, perante
a mais desastrosa indiferença dos poderes constituídos, os monumentos
arquitectónicos da nação, os quais assinalam e comemoram os mais grandes feitos
da nossa raça, sendo assim por duplo título, já como documento histórico,
já como documento artístico, quanto há, sobre a terra em que nascemos, mais
delicado e precioso para a honra, para a dignidade, para a glória da nossa pátria.
(...)” - José Duarte Ramalho Ortigão, “O culto da arte em Portugal”,
in Arte Portuguesa,
tomo I,Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1943, p.25
Outros encontros para debates deste género, relacionados com autores de língua portuguesa, já estão previstos para este ano. Por exemplo, o dia 6 de Dezembro do corrente ano será dedicado a Eça de Queirós.
Desejo-vos uma boa semana.
Abraço
Imagem:Wiki
(^‿^)✿
ResponderEliminarUn petit coucou amical sur ton joli blog chère Olinda
Que c'est beau !!!!
MERCI pour ce partage.
GROS BISOUS et bon lundi ! ✿ ✿ ✿
Querida Olinda
ResponderEliminarDois grandes vultos da literatura portuguesa ( e não só...).
Sou fã incondicional de Eça de Queiroz, do qual conheço (e possuo) toda a obra.
A parceria que fez com Ramalho Ortigão para escrever o "Mistério da Estrada de Sintra" resultou muito bem. Adorei esse livro (embora eu seja suspeita...)
Mas neste post focas especialmente o aspecto do "pouco caso" que, naquele tempo, os governantes (e quem mais poderia ser?) faziam do património nacional.
Mais de um século passado... continua tudo na mesma.
É uma tristeza e uma vergonha!
Minha querida, desejo-te uma excelente semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Infelizmente, o pouco caso continua presente no Poder em Portugal!
ResponderEliminarDe Ramalho pouco mais conheço do que o nome...
Boa semana, amiga :)
Ui, já na altura? Se Ramalho Ortigão visse como vão as modas agora...!
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana!
Ontem como hoje. Infelizmente.
ResponderEliminarBoa semana.
Beijinhos
Isabel Gomes
Boa partilha
ResponderEliminarBj
Muito interessante. O mau para Portugal é que o que estava mal na época deste e doutros escritores contemporâneos dele, está agora ainda pior.
ResponderEliminarUm abraço
E não estavam as coisas certamente como hoje! Pelo menos Gaia e Porto assustam em ruínas!
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana!
Querida amiga
ResponderEliminarO trágico destas palavras,
´que parecem que elas foram escritas ontem,
diante do descalabro
que se encontram nossos países.
Que ainda haja estrelas em seu coração,
é o que deseja minha vida para a tua.
Bom dia Olinda
ResponderEliminarAgradeço a visita e o comentário.
Aqui apenas digo que a nossa história está recheada de literatura que canta os feitos dos portugueses dignos desse nome.
Existem porem referências de coisas e actos de mancham as páginas da nossa história como o abandono dos nossos monumentos e noutros casos o abandono do povo ou a opressão desmedida.
Que diria hoje Ramalho Ortigão frente aos desmandos dos nossos políticos e a destruição de todos os valores políticos e nacionais?
- A saúde, a educação, a justiça...Depois vão vendendo e retalhando o que sobra deste país aos que nos exploram e desrespeitam.
Poderes instituidos começam a parecer "coisas" instituidas. Palavras (lamentos) de ontem que já são de hoje e de amanhã. O mais triste é que a falta de cultura, de quem "pode", branqueia e empurra para a omissão e esquecimento dos Deveres de Estado.
ResponderEliminarBeijos
SOL
Antes de mais, olinda, queroo pedir-te desculpas pela minha ausência. Tinho vindo aqui, mas não tenho comentado.O meu irmão que vive no Brasil está a fazer obras no apartamento dele aqui em Portugal; somos nós que estamos a acompanhar as obras e quase todos os dias à noite conversamos com ele sobre os trabalhos a efectuar e, claro o computadoe fica ocupado . Hoje com tarde livre resolvo visitar-te
ResponderEliminarComo sempre muita coisa aprendo aqui e muitas outras relembro.Claro que estudei Ramalho Ortigão, mas pouca coisa conheço dele, o mesmo não acontecendo com Eça; no meu tempo estudava-se muito mais as obras de Eça do que as de Ramalho. Se calhar não deveria dizer isto, mas o estudo das obras era tão intenso que durante muito tempo não queria ver os livros dele na minha frente, mesmo considerando que uma das minhas paixões é a leitura. Infelizmente, Olinda, as coisas continuam cada vez pior em todos os aspecos e não sei o que diria o nosso querido escritor se viesse agora ver como está o nosso país; " fugiria a sete pés " de certeza. Amiga, muito obrigada pela informação que aqui nos dás e espero que esteja tudo bem contigo. Beijinhos e até sempre
Emilia
Olá querida, passei por aqui para agradecer sua doce presença
ResponderEliminarno meu cantinho.Obrigada !!!
Abraços, Marie.
(^‿^)✿
ResponderEliminarCoucou et MERCI pour ta visite sur mon petit blog chère Olinda ❤
GROS BISOUS d'ASIE❀
Bon mercredi !!!
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ResponderEliminar~ ~ Não é que já planeiam a alienação de património ciltural?!
~ ~ O forte de S, Miguel Arcanjo da Nazaré, do séulo XVI, está na lista.
~ ~ Notícias no Google: "Forte de Nazaré na lista de imóveis para venda - Diário de Leiria"
~ ~ Se Ramalho Ortigão voltasse, não seria capaz de produzir farpas que chegassem...
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