Para ela a hospitalidade era um ponto de honra. A qualquer hora do dia ou da noite que chegasse uma visita, Manês não era apanhada desprevenida. Dum pequeno armário embutido na parede, extraía arroz, açúcar, café, enfim, tudo para uma refeição condigna, ali guardado para estas eventualidades. A cama era logo feita com lençóis alvíssimos que saíam da grande mala guardada no quarto destinado a visitas.
A seguir, mandou murar uns quantos metros quadrados de terreno, considerado baldio, e aí no meio das pedras, Manês fazia brotar lindos pés de feijão, couves e outras verduras, regadas à caneca, com a água que ela mandava buscar ao chafariz.
Queria ressalvar o seu cuidado em dividir a narrativa, dessa forma, não cansas os leitores e nos instigas a lermos os capítulos seguintes - eu particularmente tenho dificuldades com a leitura na tela do pc, um texto grande me faz ter um esforço sobre-humano, então desisto de lê-lo -. Além da sua forma envolvente de escrever, descreves o ambiente de forma que nos sentimos parte(s) dele, sou capaz de ver Manês abrindo o armário embutido, olhando os gêneros alimentícios, cuidando em prepará-los, recebendo afetuosamente as visitas... Tanto quanto a orientação para a construção dos demais cômodos da casa. Manês está sendo uma grande lição para mim, aliado ao fato de eu rever alguns gestuais que lembram muito a minha sogra - que já está noutra dimensão -, então essa história é muito especial para mim também, Olinda.
ResponderEliminarUm beijo, querida!
Ainda hoje existem pessoas capazes de fazer nascer pão no meio das pedras.
ResponderEliminarQue sabem receber as visitas e servi-las com o melhor que têm.
Que sabem doar-se em tudo com um sorriso e boa vontade.
Bem haja por nos mostrar o lado da cordialidade na vida de muitas pessoas
Que texto tão bonito, tão carinhoso. Lê-se e a ternura vem ter connosco.
ResponderEliminarObrigada pela divulgação, pela partilha.
As imagens, e esta hoje, em particular, ajudam a envolver as palavras com uma cor suave, impressões de um tempo distante e amado.
Um beijinho, Olinda, e um bom domingo.
Minha amiga adorei conhecer a Manês uma mulher simples, trabalhadora e com um coração de ouro.
ResponderEliminarAproveito para agradecer o seu carinho ao ter comemorado comigo o aniversário do meu marido.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Mais um trecho desta interessante história rica de vivências e cheia de ternura.
ResponderEliminarNo Sexta iniciei a publicação de um mini romance. Se quiser acompanhar sentir-me-ei muito honrada com isso.
Um abraço e bom Domingo.
Inventei a ironia numa toada de vento
ResponderEliminarRoubei as asas a uma gaivota azul
Colei-lhes um poema cheio de penas
E enviei-o para uma tonta do sul
Inventei um mar numa bola de sabão
Roubei uma corda forte e boa
Atei um rol de mágoa à mesma
E afoguei-as nas águas de uma lagoa
Bom fim de semana
Doce beijo
Olá, Olinda querida!
ResponderEliminarJá havia estado aqui, quando da publicação do parte II (depois da minha "pausa") e deixado um comentário. Hoje, para a leitura desta Avó (III), fui reler as partes anteriores. Fiquei surpresa, em não encontrá-lo.
Bom, o que posso dizer, de uma narração tão próxima aos meus sentimentos de verdadeira "veneração" à família? Digo que amei, principalmente em se tratando de avó. Conheci as minhas duas, de quem guardo queridas recordações.
Voltarei para conhecer o último capítulo.
Beijos,
da Lúcia
Ainda me lembro de na minha casa não haver água encanada; depois, com muito sacrifício o meu pai fez um poço, colocou um motor e lá ia a água para o depósito. Muita gente que vivia perto vinha a minha casa buscar a água com um cantaro à cabeça. Vidas difíceis naqueles tempos. Agora, Olinda vou para o capítulo seguinte. Até já!!! Beijinhos
ResponderEliminarEmília