...um blogue chamado Histórias de nós que escreve histórias excelentes, inventando-as ou não, histórias essas que, por vezes, se nos ajustam tal como um fato por medida. Umjeitomanso, um outro blogue, ao divulgar o Histórias de nós falou do seu jeito para escrever histórias. Histórias de nós lançou um desafio no sentido de lhe encomendarmos histórias. E eu, então, pedi-lhe para escrever a história do meu Xaile de Seda.
Eis a história, associada, nada mais nada menos, ao nome de:
Amália
Aqui sentado no cadeirão encarnado que ladeia a tua cama, vejo-te dormir.
No teu corpo nada, só o xaile de seda em que te embrulhas para adormecer.
E o teu cabelo negro estendido nos lençóis.
Minha querida minha doce minha paixão que te quero tanto.
A minha vida já não a sei viver sem ti.
Há anos que acompanho o tudo que és e o que ainda queres ser.
Sempre em puro encantamento de ti.
Vou dizendo-te, baixinho, sossega, sossega minha querida, não te deixes ir em cantigas.
Porque tu levas dia e noite, anos de vida, a ouvir todos os fados que encontras à espera de encontrar em algum um bocadinho de ti.
Deram-te o nome da tua mãe e o xaile de seda em que te embrulhou quando te deixou no abraço dos tios.
E a música que ainda cantas a adormecer, dizem que era a tua mãe que a cantava para ti.
Esta é pelo menos a história que te contaram.
Que te contam.
A história que te fez e ainda faz feliz.
A história tem uma segunda parte, as letras que, abaixo, legendam o Xaile pintado por Cidália Laranjo, blogue África em poesia, quadro que faz parte de uma sua exposição e que ela me ofereceu, virtualmente:
Eu tive um xaile de seda
que em tempos me fez sonhar
Lembra-me sempre de ti
De tudo o que não quero largar
Eu tive um xaile de seda
que cheirava a Amor
tinha a cor do meu sangue
e uma ponta de oiro em cada flor
Eu tinha um xaile de seda
que afinal nunca foi meu
embrulhei-o com força no peito
e no coração que é teu
Obrigada a ambas.
Olá, Olinda...
ResponderEliminarQue lindo!, essas histórias...."Eu tive um xaile de seda/
que cheirava a Amor/
tinha a cor do meu sangue/
e uma ponta de oiro em cada flor"...
Bjs,
Bom Fim de Semana
Sapatinhos da Dorothy
Olinda, querida
ResponderEliminarQue interessante, quanta criatividade e beleza!
Um Xaile (que no "nosso" português,dizemos Xale), que por si só já é uma das mais belas peças de uma indumentária feminina, foi um lindo "protagonista",para as duas "boguistas" que lhe prestaram essa encantadora homenagem.
Assim,parabenizo à História de nós, à África e poesia e à homenageada Olinda Melo, ou melhor, ao seu mimoso Xaile de Seda.
Beijinhos
Lúcia
Os dois textos são lindos...de acordo com o teu "Xaile de Seda"!
ResponderEliminarAbraço
Querida Olinda, muito obrigada mais uma vez!
ResponderEliminarFico a aguardar novos desafios.... «historiar» faz bem à saúde, ainda para mais nestes tempos de desgraceira em que anda o nosso país!
Bjs
Olá, Sandra
ResponderEliminarA imaginação, realmente, não tem fronteiras.
Beijo e bom fim de semana.
Olinda
Obrigada, querida Lúcia.
ResponderEliminarÉ verdade, tanto Históriasdenós como Áfricaempoesia têm muito talento e eu e o meu xailedeseda beneficiámos com isso.
Bom fim de semana.
Beijo
Olinda
Olá, Rosa
ResponderEliminarÉ, são lindos, o meu xaile hoje está de parabéns pelo contributo destas duas @migas.
Beijo
Olinda
Olá, Histórias de nós
ResponderEliminarAgradeço-lhe, a sua disponibilidade e a sua arte.
:)
Beijo
Olinda
Estou encantada com essas histórias. São lindas!!!
ResponderEliminar"Xaile de Seda" além de bonito serve de inspiração para lindos poemas !
Beijos e fique com DEUS!!!
Minha Querida Olinda:
ResponderEliminarQue bela prosa poética e que lindo poema dedicados ao teu Xaile de Seda, o que te acompanha sempre, agasalhando o teu coração e afagando a tua alma.
Desejo-te toda a felicidade do mundo.
Um abraço muito forte.
Xailes são abraços.
ResponderEliminarPontas sem nós
Sem laços...
Riscos de seda no ar.
E mesmo sem nós queremos.
Os xailes são danças.
voltas e reviravoltas
de vida,
que ajudam a sonhar.
Cara Olinda,
ResponderEliminarGostei de aqui encontrar a história do seu Xaile de Seda, criada pela 'historiadora de nós'.
A vida tem muito mais graça se a enfeitarmos com pequenas histórias, presentes, afectos.
Esta via, a dos blogues, permite que se cruzem palavras de pessoas que de outra forma jamais se conheceriam e em que reconhecemos afinidades. E o seu blogue é, sem dúvida, um ponto de encontros.
Gosto de o visitar.
Muito interessantes, história e quadro. Eu gosto muito de xailes. Sempre os associo à imagem da avó Piedade.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo
Amiga Olinda ambas as histórias são maravilhosas, parabéns às autoras.
ResponderEliminarBom domingo
Beijinhos
Maria
Obrigada, Juju, o mesmo lhe desejo, obrigada pela visita e pelas simpáticas palavras.
ResponderEliminarBjo
Olinda
Querida Isabel
ResponderEliminarO meu coração sente-se deveras aconchegado com a tua visita e com votos tão bonitos.
Bom domingo
Beijos
Olinda
Olá, George Sand
ResponderEliminar'Xailes são abraços'.
Penso que esta é das formas mais perfeitas para se definir um 'Xaile'. As palavras que se lhe seguem conferem-lhe vida e movimento e a nós só nos cabe idealizá-lo...Aliás a imagem já lá está!
:)
Obrigada.
Olinda
Olá, Jeito manso
ResponderEliminarMuito sensibilizada com as suas palavras. Este vastíssimo espaço virtual proporciona realmente estes felizes encontros. Nestas trocas, vamo- nos enriquecendo.
Bjo
Olinda
Boa tarde, Elvira
ResponderEliminarAs nossas avós são as figuras a que sempre nós associamos os xailes. Aquecem no Inverno e no Verão dão aquele aconchego... :)
Bjo
Olinda
Querida Maria
ResponderEliminarMuito obrigada pela sua visita e por ter cá vindo ler e apreciar este meu post.
Desejo-lhe um feliz Domingo.
Beijo
Olinda
OI Olinda.
ResponderEliminarE como o xaile de seda te aquece o coração, a mim que venho de longe, também me aquece.
Aquece minha alma sim.
Muito encantador e sublime ambas poesias dedicada ao blog Xaile de Seda.
Portanto um abraço deste leitor, um beijo, e desejo-te uma ótima semana.
Só uma pessoa boa pode receber homenagens destas.
ResponderEliminarGostei de ler as belas palavras que te dirigiram.
Olinda, tem uma óptima semana.
Beijos.
Meus caros
ResponderEliminarAntônio e Nilson
Estava a ver que isto de 'xailes' era uma questão só de mulheres, mas ainda bem que aqui vieram mostrar o contrário... :))
Agradeço as vossas palavras e desejo-vos também uma óptima semana.
Abraços
Olinda
Belas histórias, recheadas pela sensibilidade da literatura e pelo talento dos autores.Uma linda homenagem ao blog tb!!
ResponderEliminarBjs!!
Olindas palavras cheias de puro amor que é o que de mais precioso existe, um verdadeiro tesouro. Encantaram-me.... suas palavras reais demais!
ResponderEliminarParabéns!
Carla
:D
Olinda, querida, que beleza suas palavras. Sempre me encanto com o teus escritos.Eu tive um xaile de seda
ResponderEliminarque cheirava a Amor
tinha a cor do meu sangue
e uma ponta de oiro em cada flor. Lindo demais essas palavras. Beijo grande e ótima semana!
Smareis
Um dos sites já conheço, o outro não.
ResponderEliminarVou ver.
Bjs
http://rabiscosincertossaltoemceuaberto.blogspot.com/
Somos nós quem agradecemos, Olinda! A beleza é uma certeza que encontramos aqui.
ResponderEliminarLi o texto e fiquei embevecida, sentindo a delicadeza das palavras!
Beijo!
Olinda
ResponderEliminarDescobri-a pelo blog "História de Nós" que, descobri na "Travessa".
Achei graça ao tema dos Xailes e, tomo a liberdade de lhe mandar isto.
Desculpe o abuso
Maria
Xaile
Eu tenho um xaile também.
Não é de seda, é de lã.
Herdei-o de minha mãe.
Foi nele que me embalou
Ao som de uma canção.
É nele que me embrulho
Se estou triste ou sinto frio,
Fica calmo o coração
Mas toda eu me arrepio.
Falta-me ouvir a voz terna
Que me embalava a cantar:
“Papão não faças barulho,
Não me vá ela acordar”.
Ai, falta-me a voz materna,
Doce como um rouxinol,
Quente, como é o sol
Num dia quente de Verão
Alegre como a manhã.
Eu tenho um xaile de lã.
Maria