Marco, hoje, presença com o lindíssimo poema de Florbela Espanca, Ser Poeta, o qual acabei de ouvir ler num encontro de promoção da leitura dos nossos poetas e prosadores. Penso que a magnitude deste poema é tal que Florbela Espanca poderia não ter escrito mais nada. Este poema seria o suficiente para que ela fosse recordada para sempre. Apreciemo-lo:
Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
1894-1930
Na maravilhosa voz de Luís Represas e com o instrumental dos Trovante, acessível no Youtube, o conjunto, poema, voz e música, oferece-nos momentos de puro enlevamento.
O nosso enlevo é de te voltar a ter junto de nós.
ResponderEliminarE com uma reentrada assim, prometes...
;)
Boa noite Olinda querida!
ResponderEliminarConcordo contigo , esse poema é esplêndido!É um dos meus favoritos.
Muito bom te ver de volta.Espero que tenhas tido boas férias.
obrigada pelo seu comentário carinhoso no Blogue Farol.
Beijo,
Mara
Minha Querida Amiga:
ResponderEliminarA sua ausência tinha-se feito sentir. Ainda bem que voltou.
Sabe uma coisa? Este soneto da Florbela é um dos meus preferidos dela. Ela é efectivamente genial em tudo quanto escreve. É uma daquelas mulheres catapultadas para a Eternidade.
O regresso da olinda de mão dada com a Florbela Espanca é "ouro sobre azul".
Um grande abraço, Olinda.
É bem verdade, Olinda, bastava como obra!
ResponderEliminarBeijinhos,
Madalena
Minha querida
ResponderEliminarFlorbela é imortal...sou uma grande admiradora dela e este poema é sublime.
e tinha saudades suas.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Maravilhoso!
ResponderEliminarBeijos e boa noite!
Carla
Excelente referência!! Bom te ver de volta!!
ResponderEliminarBjs!!
É....mas este classico,é sempre actual...
ResponderEliminarDos que mais gosto...muito ajudou na altura,
a música do Represas...
Beijo
Tens razão quanto a não ter deixado nenhum 'aviso de receção', na minha visita, mas fui enganado pelo post anterior e pensei que ainda estavas ausente.
ResponderEliminarEste poema da Florbela é simplesmente perfeito e, ao lê-lo, é impossível dissociarmo-nos da não menos perfeita interpretação do Luis Represas.
Obrigado pelo comentário simpático, lá no meu cantinho.
Abraço
Runa
Querida Olinda,
ResponderEliminareste poema é magnífico, um lema.
Beijinho
Que Deus me conserve por mais algum tempo nessa
ResponderEliminarmorada de sonhos que é a blogosfera
e meus tesouros de amigas e amigos...
Cada dia pode ser o ultimo em nossos
vidas por isso tudo que desejo é paz...
E se amanhã não me for permitido passar mais aqui
conserve consigo a humidade que vou deixar
para sempre com você....
Creia não existe dor que Deus não cure
ninguem sofre pra sempre...
Hoje digo com absoluta certeza
só Deus sabe quanto você me ajuda com seu amor
e amizade sincera seu gesto de carinho é tudo
de bom.
Um beijo terno e carinho
guarde contigo meu carinho pra sempre.
Bjs ,Evanir..
Um lindo e abençoado final de semana...
Minha querida, este poema e tua volta, é deveras um enlevo, e um prazer.
ResponderEliminarQue bom que retornaste para nos agraciar com o que de melhor há na literatura e na cultura de Portugal.
Um fraterno abraço e um beijo.
Olá de novo amiga Olinda
ResponderEliminarseja muiiito bem vinda!
As férias foram boazinhas?
deram para descansar, como as minhas?:)
Ah, Florbela Espanca! Que miminho!!!
A minha heroína da adolescência! :)
Tenho um livrinho guardado desse tempo
com muiiito carinho
- Sonetos, com estudo crítico de José Régio -
do tempo que tem `tá já tão amarelinho!! :)
(sem dúvida que a sofrida Florbela
me deu "tiquinho" de sua leveza em minha vida singela - sem que nunca alguém se compare a ela!):)
Deixo abraço e beijinho e um obrigada pelo passear doce, no meu cantinho :)
Adorei o poema; estudei-o em tempos idos, mas continua actual; tem outro sabor quando se lê poesia desta maneira, sem a obrigação de fazer dela uma boa interpretação para nota. Agora posso dar-me ao luxo de o ler e interpretar do meu jeito, ou melhor da maneira que a minha alma quiser. Penso que depende muito do estado de ispírito a interpretação de uma poesia. Parabéns, amiga, pela escolha. Um beijinho e um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
Não conhecia o blogue.
ResponderEliminarBom recordar os versos de sempre.
Este,ficou ligado à voz do Luís Represas.
Esse é poema maravilhoso. Florbela Espanca tem o a sensibilidade aguçada na alma.Minha querida desejo um ótimo fim de semana cheio de coisas maravilhosa. Obrigada pelo carinho! Beijo grande!
ResponderEliminarSmareis
Nada mais há para ser dito, apenas sentido! Quantas belezas sentidas, Olinda!
ResponderEliminarBeijos!
;)
Olinda
ResponderEliminarLinda poesia
obrigada pela visita o livro é realmente esse
se quiseres um diz.. beijos
Olá, Lili
ResponderEliminarVou enviar-te um email para combinarmos.
Beijo
Olinda