quinta-feira, 24 de março de 2011

LEGADO

Para que serve a História? Perguntinha insidiosa que não precisa de resposta pois ela já lá está: para nada. Contudo, há quem diga que o conhecimento do passado ajuda-nos a compreender e a prevenir erros no presente e a projectar o futuro. Vejamos o exemplo deixado por D.Luís da Cunha que, aproveitando a sua experiência como diplomata, envia uma carta ao futuro rei D.José na qual lhe apresenta alternativas para a governação do País, documento que ficou conhecido como seu Testamento Político. Os tempos são outros, dir-se-á. Mas, é o mesmo Portugal, embora com mais dois séculos de existência, para não dizer três, com outro regime político, a República, fundado na liberdade e, conceptualmente, visando a felicidade dos povos.Razões mais do que suficientes para que os nossos pensadores se ponham a pensar e a desbravar caminhos. Não será preciso procurar muito. Bastará olhar para dentro de si mesmos e seguir as lições que o passado nos oferece. Mutatis mutandis.


D. Luís da Cunha


D. Luís da Cunha

«Deus não pôs os ceptros nas mãos dos príncipes
para que descansem, senão para trabalharem
no bom governo dos seus reinos.»




Imagem e citação:
Portal da História

10 comentários:

  1. Não podia estar mais de acordo com a citação de D. Luís da Cunha!
    Sou uma aficionada pela História do nosso país e pela História das nações, no geral. Sem conhecermos os nossos antepassados e a forma como se comportaram perante situações extremas, como é que nos poderemos conhecer a nós próprios? :)

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  2. Olá Ondina!
    Suas colocações nos fazem refletir.
    Deixo pra ti;

    "A história é a soma das coisas que poderiam ter sido evitadas."
    (Konrad Hermann Josef Adenauer)

    Beijo,
    Mara

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  3. Olá, Mariana

    É uma grande verdade. Mas, presentemente,o conhecimento da nossa História e da História Universal não entra nas prioridades da maior parte das pessoas.O que é uma pena.

    Beijinhos
    Olinda

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  4. Olá, Mara

    Obrigada pela citação e pelo carinho.

    Beijinhos

    Olinda

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  5. Talvez a História ou, o conhecimento da História de um povo, pouco diga ou valha, para aqueles que, arreigados aos novos modelos de governação, tirem dela algum proveito. Deveríam, deveríam perceber que a repetição dos acontecimentos, apesar da mudança dos tempos, é uma realidade.
    Sem dúvida Olinda, muitos erros são repetidos por pura ignorância... arrogância, também. A impreparação para observar, avaliar e relacionar com o passado, prevenindo, grassa, talvez por acção de uma força oculta, universal, que determine que assim tem de ser, para que assim seja.
    ;)

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  6. Bela citação!
    Porém, os erros repetem-se e sucedem-se. Será por esquecimento deles, por ignorância, ou porque em vez de o ceptro ser para bom governo da nação o seja para o bolso de quem da nação se governa???

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  7. Sempre brilhante e oportuna minha amiga.
    Tenha um excelente fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  8. Olá, Bartolomeu

    Num movimento determinista, como uma fatalidade, não é? Em que o mundo roda, roda e cai sempre nos mesmos extremos …como se fosse possível, geometricamente falando. Realmente, nós já carregamos o fado e o fardo de sermos um país triste, desorganizado, sem atitudes pró-activas e até com um certo orgulho na capacidade do "desenrascanço". Mas até que ponto isto não poderia ser revertido? Talvez, passo a passo, um passo hoje, outro amanhã, numa aprendizagem de quem sabe que disto dependeria a própria integridade. E o facto é que não nos tem faltado lampejos de criatividade, de competência, de ética…

    Um abraço.

    Olinda

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  9. Boa tarde, querida Maria

    Muito obrigada pelas suas palavras sempre amigas e carinhosas.
    Tentei durante a semana aceder ao seu post “Amo as pessoas…” e não consegui. “Isto”, net, tem estado lento e foge ao meu comando . Por outro lado, enviei-lhe um comentário a outro post, duas vezes… Enfim! :)

    Beijinhos e um fim de semana feliz.

    Olinda

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  10. Olá, Fa menor

    Na realidade, há partículas que falam por si e que têm uma amplitude extraordinária, como o “se” de governar-se. Coloca-nos perante a emergência de revermos os nossos valores e de nos questionarmos.

    Obrigada pelo seu comentário.Um bom fim-de-semana.

    Beijos

    Olinda

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