Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema. Há períodos em que um erro mais ou um erro menos realmente pouco conta. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo friamente atirado ao edifício das instituições; mas ao mesmo tempo tal é a inquietação que todos temos do futuro e do desconhecido que cada acerto, cada bom acerto é uma estaca mais, sólida e duradoura, para esteiar as instituições. Toda a dúvida está em saber se ainda há ou se já não há, em Portugal, um governo capaz de sinceramente se compenetrar desta grande, desta irrecusável verdade.
Eça de Queirós, in 'Últimas Páginas'
Abraços
Olinda
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Citador
Imagem: pixabay
Olá, querida amiga Olinda!
ResponderEliminarEm primeiro lugar, bom passeio, aproveite bem o descanso.
Eça era antenado e ainda atual com o que falou/escreveu.
Há muito que a matemática política difere do raciocínio
de Pitágoras...
O resultado temos visto em muitos países ao longo dos anos.
Excelente texto para mais um ano 'eleitoreiro'.
Vamos manter a esperança de dias melhores.
Tenha dias abençoados e felizes!
Beijinhos com carinho fraterno
Tudo o que ele escreve eu gosto, mas tem ele lá suas convicções como eu cá, tenho as minhas. Na literatura lhe dou nota dez, mas na política... 9,5.
EliminarQuerida Rosélia
EliminarMuito obrigada pelos seus votos.
Temos eleições à porta e separar o trigo do joio vai ser complicado.
Enfim, a esperança é a última que morre. Quem sabe não acontece um milagre.
Boa saúde lhe desejo, amiga.
Beijinhos
Olinda
O Eça era um sábio? Ou será que não mudámos muito?
ResponderEliminarUm abraço.
Uma questão pertinente.
EliminarPor vezes, tenho sérias dúvidas sobre a nossa capacidade de mudança.
Um abraço
Olinda
Isso também existe por aqui, mas se é certo ou errado eu não sei.Meu pai diz que eu sei, mas como saber se até a outra metade discorda?
ResponderEliminarVá-se lá saber!
EliminarAbraço
Olinda
Mais um texto que faz pensar do Eça, assunto muito atual, aliás, os escritos dele atravessam tempos, pois são correspondentes ao comportamento humano. Como as pessoas insistem no erro e no engano, misericórdia!
ResponderEliminarBoa pausa. O meu abraço carinhoso...
Olá, Anete
EliminarPersistimos no erro com algumas brechas de lucidez. De vez em quando aparece um iluminado que faz avançar o mundo.
Bom fim de semana..
Beijinhos
Olinda
Mudámos muito mas se mudássemos em tudo ficaríamos irreconhecíveis! :))
ResponderEliminarAbraço
Nem mais. :)
EliminarUm abraço.
Olinda
Eça sabia pensar, enchergar e profetizar, como tudo não muda, não? Aqui, no caso do Brasil existe um marasmo de podridão que chega ser irritante demais, fazendo-me querer morar no mato, sem internet, tv e outras tecnologias. Esquecer tudo, mas... nem mato tem. Volte firme e forte! Bjs!
ResponderEliminarOlá, Maria Luiza
EliminarÉ a vontade que dá, morar em contacto com a natureza que tudo nos dá. E nesse ambiente tudo é a nosso favor, assim saibamos agradecer com bons actos.
Tudo de bom, amiga.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde Olinda,
ResponderEliminarUm texto do grande Eça e como está tão atual!
Afinal os erros continuaram e isto significa que, infelizmente, os valores do Homem não se alteraram.
Desejo-lhe uma excelente pausa.
Beijinhos,
Emília
É a conclusão a que chegamos, infelizmente. Por mais anos que vivamos não conseguimos livrar - nos dessa carga que trazemos em nós, que nos leva a errar, errar sempre...
EliminarTenha um bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
Triste pero cierto. Te mando un beso.
ResponderEliminarObrigada, J. P. Alexander.
EliminarUm beijo.
Olinda
Se em Portugal não se errasse perdíamos a nossa essência!
ResponderEliminarMas não tem havido só erros.
Abraço
Verdade. Mas temos a tendência para só apontar erros.
EliminarAbraço
Olinda
Mas os meus comentários não entram porquê?
ResponderEliminarAbraço
Entraram todos. Eu é que estive ausente.
EliminarAbraço
Olinda
O Grande Eça de Queiros até parece que está descrever a situação atual.
ResponderEliminarBeijinhos
Notamos sempre isso, mudando uma coisita ou outra, que os autores que vêm do passado acertam quase sempre nas fraquezas de que padece a sociedade.
EliminarBom fim de semana, Maria.
Beijinhos
Olinda
Olá, querida Olívia!
ResponderEliminarPor aqui também as coisas não andam tão bem. Vivo me questionando!
Aguardando ansiosa teu retorno!
Um abraço!
Questionando-nos tomamos consciência do que se passa à nossa volta.
EliminarObrigada, querida Vanessa.
Beijinhos
Olinda
Querida amiga, estou a reler "Os Maias" e não fazes ideia do quanto eu tenho sublinhado... Actualíssimo, o nosso Eça!
ResponderEliminarBeijo. Um Março abençoado.
Olá, querida Teresa
EliminarTransmissão de pensamento :) Tenho-o aqui e com intenção de o
reler.Li algures, de um escritor da nossa praça, que, posto que há
tantos livros e todos os dias aparecem mais, não devíamos pensar
em reler os já lidos. Discordo inteiramente. Gosto de voltar aos
autores de que gostei.
Também te desejo um Março maravilhoso, com a Primavera a prometer-nos mil perfumes.
Beijinhos
Olinda
Por norma leio um livro e releio outro, ao mesmo tempo.
EliminarPorque gosto, e porque encontro sempre «pétalas» que me escaparam na primeira leitura. Manias minhas.
Beijo, querida amiga.
Olá ;)
ResponderEliminarEça é que é Eça :)
ainda me lembro quando no liceu tive de ser os Maias...e não gostei nada.
Penso que a negação era mais pela imposição de termos de ler à força :)
Claro quer Eça era um visionário e a prova está neste texto,
Passados tantos anos o que ele escreveu, ajusta-se tão bem aos nossos tempos.
Excelente publicação.
Abraço e brisas doces ***
Olá, Maria
EliminarOs livros constantes dos programas não eram bem aceites porque eram impostos, e tínhamos de analisá-los à luz de tendências literárias e outras coisas, o que tirava todo o prazer de leitura. Com o tempo, quando já não tínhamos esse peso sobre nós, começámos a ver que os livros e os autores até nem eram maus... :)))
E dá-se a grande descoberta.
Beijinhos
Olinda