leva nos braços bóias pequeninas,
a outra dá um salto e põe à prova
o corpo esguio, as longas pernas finas:
entre risadas como serpentinas,
vai como a formosinha numa trova,
salta a pés juntos, dedos nas narinas,
e emerge ao sol que o seu cabelo escova.
a água tem a pele azul-turquesa
e brilhos e salpicos, e mergulham
feitas pura alegria incandescente.
e ficam, de ternura e de surpresa,
nas toalhas de cor em que se embrulham,
ninfinhas sobre a relva, de repente.
Vasco Graça Moura,
(1942-2014)
Um poema ternurento, de Vasco Graça Moura, que tomo para mim, neste Dia da Criança.
Bom fim-de-semana a todos.
Abraço.
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Poema: in "Antologia dos Sessenta Anos"
Citador
Imagem: pixabay
Um poema assim,
ResponderEliminarantes de ser escrito,
tenho certeza que foi vivido...
Abraço minha amiga...
A escolha foi muito boa ;))
ResponderEliminarHoje:- Quem me dera voar nas palavras de alento. [Poetizando e Encantando]
Bjos
Votos de um óptimo Fim-de-Semana
A infância devia ser a melhor idade para todas as crianças.
ResponderEliminarMuita ternura paternal neste soneto de pai já maduro, as
meninas eram do seu terceiro casamento...
Bem representado o dia especial...
Este foi dos que não teve direito ao prémio Camões...
Bom domingo, Olinda.
Beijinhos
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Minha toada é de ternura e minha mirada é festiva.
ResponderEliminarSão minhas duas meninas, com olhos de mar ... Percebo-mo, então, de mão dada a caminhar num poema de alegria. Saúdo Vasco Graça Moura e o encanto que perpetuou.
E, assim, entramos no encantamento, minha amiga Olinda!
Beijos.
Querida Olinda
ResponderEliminarGosto de Vasco Graça Moura. E embora conheça muito da sua obra, por incrível que pareça não conhecia este soneto. É lindo, repleto de ternura de pai.
Indicadíssimo para o Dia da criança.
RE: Minha querida, não tens NADA que me agradecer. O que se faz por Amor (Amor fraternal, Amor universal... seja qual qual for o "tipo" de Amor) (e Amizade também é Amor) sabe talvez melhor a quem dá do que a quem recebe.
O (pouco) que faço é a mim que enriquece.
Obrigada pelas tuas generosas palavras acerca do post...
Votos de um Domingo feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
notável estudioso da cultura clássica, tradutor e divulgador dos seus poetas e filósofos, se outroa méritos não tivesse, apenas por isso, Vasco Graça Moura teria o meu reconhecimento.
ResponderEliminaro poema é, de facto, uma ternura
abraço
Boa noite de paz, querida amida Olinda!
ResponderEliminarGostei muito do poema que não conhecia e estou vivendo dias de águas cristalinas por aqui. Fico encantada com o mar florescente.
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
OI OLINDA!
ResponderEliminarUM POEMA TERNURENTO MESMO, ESCOLHESTE BEM.
ABRÇS AMIGA
O dilacerou e sem dó o arrancou,
Entro no poema de Vasco Graça Moura para ver se torno a ser menina e recupero a inocência…
ResponderEliminarUma boa semana, minha Amiga Olinda.
Um beijo.
Olá, estimada Olinda!
ResponderEliminarConheço vários poemas de Vasco Graça Moura, mas este não me é familiar. Pudera, a sua obra é tão grande!
No Dia da Criança e em todos os dias, palavras destas são sentidas e ditas pelos pais, acho eu. É tudo tão intrínseco e verdadeiro!
O emprego de diminutivos também confere ao poema muita doçura e amor: "formosinha" e "ninfinhas". Decerto, elas deram-lhe ainda mais inspiração.
Gostei muito das metáforas, que ele apresenta no soneto: comparar as risadas das meninas dele às serpentinas, por exemplo.
Enfim, um poema de pai babado e enternecido. Gostei muito de o ler.
Beijos e boa semana.
Lindo este poema!
ResponderEliminarAbraço
Um poema que desconhecia e que é muito bonito.
ResponderEliminarAbraço
É um poema muito bonito!
ResponderEliminarBeijinhos.
É realmente um poema muito bonito!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Que lindo poema esse e vim lá da Rosélia pra conhecer teu blog!Gostei ! beijos, tudo de bom,chiuca
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