Quando do fundo da noite vier o eco da última palavra submissa
E a patina do tempo cobrir a moldura do herói derradeiro,
Quando o fumo do último ovo de cianeto
Se dissipar na atmosfera de gases rarefeitos
E a chama da vela da esperança
Se acender em sol na madrugada do novo dia
Quando só restar na franja da memória
Lapidada pelo buril dos tempos ácidos
A estria da amargura inconseqüente
E a palavra da boca dos profetas
Não ricochetear no muro do concreto
Da negrura sem fundo de um poço submerso
Sejais vós ao menos infância renovada da minha vida
A colher uma a uma as pétalas dispersas
Da grinalda dos sonhos interditos.
Arnaldo Carlos de Vasconcelos França nasceu na cidade da Praia, Cabo Verde, em 1925. Graduado em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa.
Queira ler mais sobre este autor, aqui, no Xaile de Seda.
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Poema:Do site de António Miranda
e Blog Esquina do Tempo de Brito-Semedo
Imagem: daqui
Um autor que não conhecia e gostei de ler. Por causa do meu blogue de poesia eu só pesquiso e leio poetisas.
ResponderEliminarAbraço
Muito bom! Não conhecia este poeta!
ResponderEliminarBeijinhos :)
Acho que nunca tinha lido nada deste autor (vou ler mais alguns poemas dele).
ResponderEliminarMas gostei muito do poema, obrigado pela partilha.
Continuação de boa semana, amiga Olinda.
Beijo.
Olinda,
ResponderEliminarfico a dever-lhe um Poeta.
e um poema empolgante.
não conhecia. grato
um abraço
Lindo poema, não conhecia o poeta, obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Este poema leva-nos a querer conhecer melhor a obra de Arnaldo França.
ResponderEliminarGrata pela partilha, querida Olinda.
Beijinho.