Lembro-me do tempo em que procurávamos a explicação das coisas no céu, nas estrelas, nos contos e lendas que inventávamos e que passávamos de geração em geração. Os mais velhos tinham esta função: contar a história dos heróis, do povo, mitos que preenchiam a curiosidade em saber mais sobre todos os fenómenos da natureza e dos homens. Esta busca incessante da verdade acompanhou-nos.
O espanto, a curiosidade fez nascer novas formas de abordagem, construções mentais lógicas mais e mais elaboradas. Primeiramente e durante muito tempo centrada em Deus, de modo a conciliar a fé e a razão, a filosofia que vem substituir a mitologia, mas não totalmente, continua o seu percurso. Vemos o homem ocidental tomar consciência de si, começando a valorizar-se física e culturalmente. Naqueles anos de renascimento vão florescendo ideias com base ainda nos antigos. E os valores e a ética vão sendo construídos, a noção do bem e do mal. Uma invenção como todas as outras anteriores e as que se seguirão.
Periodicamente tomamo-nos o pulso. Avaliamos se tudo o que se passa se enquadra neste esquema, se na nossa relação com o outro, talvez os parceiros mais fracos, conseguimos impor os nossos valores. Sabemos, aliás, devemos ou devíamos saber que tudo isso é relativo. O que vale para nós pode não valer grande coisa noutro lado qualquer do planeta. Já tivemos disso experiência mas nem sempre somos bons alunos.
Periodicamente tomamo-nos o pulso. Avaliamos se tudo o que se passa se enquadra neste esquema, se na nossa relação com o outro, talvez os parceiros mais fracos, conseguimos impor os nossos valores. Sabemos, aliás, devemos ou devíamos saber que tudo isso é relativo. O que vale para nós pode não valer grande coisa noutro lado qualquer do planeta. Já tivemos disso experiência mas nem sempre somos bons alunos.
Nesta linha, talvez estejamos na altura certa de rever os nossos conceitos, de nos reinventarmos lançando bases para descobrirmos outras veredas, outras fórmulas de sucesso. Muita falta nos fazem pois, na verdade, a cada dia que passa parecemos mais pusilânimes do que nunca, tropeçamos nos nossos próprios pés, faltando-nos ideias salvadoras.
Todavia, pode ser que afinal eu esteja enganada. Quem sabe se não haverá já por aí a germinar uma forma milagrosa de construirmos um mundo novo...
Imagem: internet