Esta é a única verdade
A pequena dactilógrafa matou-se nós sabemos porquê Um carpinteiro desempregado rasgou a roupa e saiu cantando para a rua nós sabemos porquê Uma noite a jovem costureira não voltou para casa nós sabemos porquê Um poeta roeu as unhas enquanto foi possível mas faltou-lhe a coragem no momento derradeiro nós sabemos porquê Nós sabemos porquê NÓS SABEMOS PORQUÊ E no entanto é doce dizer pátria sonhar a terra livre e insubmissa inteiramente nossa Sonhá-la como se pedra a pedra construíssemos Como se nada houvesse antes de nós e desde as fundações a erguêssemos completa pura alegre acolhedora virgem de medos mortos insepultos |
primeiro de Maio de 1962
hora segunda da meditação
AQUI
Poema retirado do:
Banco de poesia
Casa Fernando Pessoa
Olinda, embora não conheça os poemas do Daniel Filipe, estou tendo o prazer agora; mas sinto nele um sentimento que a mim diz muito nesse momento de minha vida...
ResponderEliminarPor isso é maravilhoso esse dom de externar com as letras, palavras, versos e poemas, nossos sentimentos.
Ele tocou-me porquê lembrei de minha terra e quando lá estive. No momento estou a sonhar, reconstruindo pedra sobre pedra em minha vida daquilo que almejo.
Quero deixar um fraterno abraço, e um beijo.
Este leitor que aprecia este recanto.
Uma forma actual de colocar o "Sermão da montanha", proferido por aquele rapaz da Galileia, à cerca de 2.000 anos.
ResponderEliminar«Vós sois o Sal da Terra e a Luz do Mundo»
;)
ResponderEliminarEureka!
Olinda
ResponderEliminarConhecia o Poema e, soube-me bem voltar a lê-lo.
Tão actual, tão verdadeiro.
Obrigada, amiga, por este oásis num dia muito triste. Perdi um grande amigo. Morte esperada, diria desejada, porque ele sofreu muito. Mas a morte é tão definitiva que sofremos sempre.
O poema é verdadeiro e triste mas, fez-me abrir os olhos para o egoísmo do meu desgosto.
Um beijo
Maria
Não conhecia ESTE poema: grata pela partilha, querida.
ResponderEliminarsabes? Andei umas boas semanas sem conseguir colocar um comentáriono teu blo: até fiz saber isso a vários bloggers conhecidos.
Voltar aqui e poder dizer o quanto és especial...é um privilégio.
Bj terno
Custa a crer que tenha sido escrito há mais de 30 anos. Parece que foi escrito para o momento atual.
ResponderEliminarUm abraço
Olá, Antônio
ResponderEliminarEu também não conhecia muito deste poeta. Foi por acaso que encontrei este poema no Banco de Poesia-Casa Fernando Pessoa. Surpreendi-me com a sua sensibilidade e a leitura que fez do seu tempo, que se adapta, praticamente, aos tempos que vivemos hoje em dia.
Desejo que alcance aquilo que mais deseja e que essa reconstrução da sua vida lhe traga muitas alegrias.
Grande abraço.
Olinda
LINDO este poema.
ResponderEliminarBela poesia.
O livro ja seguiu para o destino, espero que fique feliz na nova casa.
depois diz se chegou só quero que envies quando ele chegar ao destino
beijinhos
nib 001800002990462600170
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarO Rapaz da Galileia também dizia, num trecho do Sermão da Montanha, 'Bem-aventurados os sãos de Espírito porque deles é Reino dos Céus'.E é disto que precisamos: de pessoas sãs de espírito que descubram caminhos conducentes a soluções com resultados positivos.É bom, nesta altura da vida nacional,inspirarmo-nos em ideias e ensinamentos, longínquos que sejam, para reforçar valores que parecem esquecidos.
Grande abraço.
Olinda
Querida Maria
ResponderEliminarCom o meu portátil e computador fixo avariados, só agora me é possível deixar-lhe aqui os meus sentimentos e um grande, grande abraço de consolo pela perda do seu amigo.Ontem à noite quando publiquei o seu comentário quis fazê-lo mas não consegui.
E não vejo egoísmo nenhum na sua dor. Como seres humanos, primeiro sentimos a perda daqueles que nós amamos e que estão por perto e depois lançamos também o nosso olhar de compaixão para o que nos rodeia.
Irei visitá-la em breve...
Beijinhos
Olinda
Boa noite Olinda!
ResponderEliminarGosto muito dos poemas de daniel Filipe poeta caboverdiano, esse em especial.
Beijo e boa semana pra ti.
Com carinho,
Mara
Não conhecia esse poema Olinda. Muito bonito! Obrigada por compartilhar. Beijos e ótima semana.
ResponderEliminarmeditação... para caminhar...
ResponderEliminarabrazo serrano
Querida Blue Shell
ResponderEliminarO problema nos blogs dura há algum tempo, é verdade. Esperemos que tudo volte ao normal. Pelo menos, há já dois dias que não noto nenhuma movimentação 'adversa' :)
Obrigada por me dedicares palavras tão carinhosas.É um prazer imenso ser tua leitora e encantar-me nos teus versos tão inspirados.
Beijos
Olinda
Olá, Elvira
ResponderEliminarÉ uma grande verdade, um poema escrito há tanto tempo e quase que descreve momentos actuais e, porventura, momentos que hão-de vir se não tivermos o cuidado de os impedir.
Beijos
Olinda
Olá , Lili
ResponderEliminarMinha querida, acho que o teu livro vai se enquadrar muito bem e vai fazer feliz uma menina amorosa, a minha afilhada.
OK.Logo que receba notícias da sua chegada digo-te.
Muito obrigada.
Beijos
Olinda
Olá, Mara
ResponderEliminarFoi no teu blog que tomei contacto com Daniel Filipe, pela 1ª vez.Assim, quando encontrei este poema identifiquei-o logo. :)
Muito obrigada.
Beijos
Olinda
Querida Smareis
ResponderEliminarEu também gostei muito deste poeta e do seu poela pela força das suas palavras.
Beijos
Olinda
Smareis
ResponderEliminarRectificação: 'poema' :)
Bj
Tem razão , Mixtu, meditando e...caminhando na busca de novos ideais.
ResponderEliminarAbraço
Olinda
Olá, Bartolomeu
ResponderEliminarObrigada pelo teu comentário e pelo 'Eureka'.
:)
Olinda
Tenho um fascínio especial por este poeta que tão cedo partiu. Este poema é uma excelente escolha.
ResponderEliminarBeijinho
Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Não conhecia este poema, no entanto todos nós conhecemos o tema, porque, infelizmente ele é um retrato fiel dos dias de hoje, dias de angústia que levam muitos ao desespero.Ás vezes custa-nos a entender esse desespero louco que leva a atos impensados, mas como diz Pessoa não sabemos "como é por dentro outra pessoa" e por isso não entendemos. Lindo poema...triste constatação...passam-se os anos e nada muda...o ser humano continua o mesmo...sem se preocupar com o essencial, sem se preocupar com o SER. Um beijinho, amiga e obrigada pela partilha . Fica bem, amiga!
ResponderEliminarEmília
Não se viste que tenho um outro blogue, Brasil & Cabo Verde? Ando bem ausente dele, mas a sua postagem do poema do Daniel Filipe, foi o mote para eu atualizá-lo!
ResponderEliminarUm beijo grande!
;)
Nós sabemos, muito bem, o "porquê",...há
ResponderEliminarmuito e muito tempo. Esses "desabafos",
em forma de poesia, vem de longe, daí a
atualidade desse "fiel retrato" da triste
realidade (des) humana...Não conhecia o poeta caboverdiano, que teve a vida tão curta mas tão
intensa, deduz-se, nas palavras e, provavelmente, nas ações sociais.
Obrigada, por nos trazê-lo!
Um beijo
da Lúcia
Boa noite, querida amiga.
ResponderEliminarO poema dele é lindo.
Um grande idealista!
Tenha uma bela noite de paz e alegrias.
Beijos.
Cara Olinda,lindo, lindo poema. Tanta força nestes versos! Gostei muito!
ResponderEliminarbjs
Tem razão, Ana, um poeta que partiu tão novo, com muita coisa ainda para dar...
ResponderEliminarBeijos
Olinda
Olá, Chana
ResponderEliminarMuito obrigada pela visita e comentário.
Volte sempre.
Abraço
Olinda
Querida Emília
ResponderEliminarSábias palavras, Emília. Na verdade, parece que se confirma o princípio cíclico da História. Encontram-se a cada passo, na Literatura, em passagens da História, situações que parecem decalcadas de outras do passado.Os erros, as más avaliações do passado de nada servem, como exemplo, no sentido de se proceder doutro modo. Enfim, tenhamos fé de que algo possa mudar...
Beijos
Olinda
Canto da Boca
ResponderEliminarMinha querida
Sou seguidora desse teu outro blogue e hei-de lá ir ver as novidades. Ando um bocado desaparecida porque tenho tido dificuldades em postar comentários. Para ajudar nesta minha frustração
o meu computador está numa lentidão que só visto. Nem o portátil me vale, está no técnico para ver de que é que ele padece... :( Só sairá de lá daqui a uns tempos pela certa.
Beijinhos
Olinda
Olá, Lúcia
ResponderEliminarO tempo passa e tudo parece na mesma, não é? Poetas, escritores, historiadores, vão registando momentos que deveriam servir-nos para reflexão.Aliás,a História é uma disciplina de que, quase, não se ouve falar, em termos práticos. Contudo, a sua função seria a de conhecer o passado para compreender o presente e podermos planear o futuro. Penso que estamos num estádio tal que temos de parar para reflectir sobre o caminho a seguir...
Vou visitá-la em breve.
Beijinhos
Olinda
Querida Amapola
ResponderEliminarSim, um poeta com uma escrita na qual nada fica por dizer.
Tenha também uma boa noite.
Beijos
Olinda
Histórias de Nós
ResponderEliminarRealmente um poema lindíssimo com uma força imensa.
Beijinhos
Olinda
Minha querida
ResponderEliminarEste poema é de uma beleza e profundidade sublimes...e tão actual ainda e cada vez mais infelizmente.
Adorei reler e deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
LIndo poema Olinda!
ResponderEliminarAinda hj estive pensando nisso...por quê, cadê, onde, quando....
Beijos e boa noite!!!
Bravíssimo esse poeta! Palavras fortes e verdadeiras, aliás, verdades das quais tanto necessitamos!
ResponderEliminarBjs!!
Amiga Olinda lindissimo poema, não conhecia o poeta, obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana.
beijinhos
Maria
Venho deixar um abraço apertado...
ResponderEliminarBShell