Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valências de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
António Gedeão
Lindo....António Gedeão...Bela escolha
ResponderEliminarBeijo
Boa noite, Olinda!
ResponderEliminarGosto muito dos poemas de António Gedeão.
Este eu não conhecia.
Obrigada por compartilhar.
Beijos e bom final de semana.
Mara
..."no centro da minha aldeia"
ResponderEliminaronde António Gedeão nos enriquece
quando sua palavra nos incendeia!
Obrigada pela recordação
que chega ao coração!
Beijo e desculpa o meu desaparecimento, mas ando tão cansada que me leva de vez em quando o vento :)
Muito harmonioso, sublime e universal.
ResponderEliminarAssim é o poeta e sua visão que abrange todos os corações.
Um primor.
Um abraço fraterno, beijos.
Obrigada pela visita e pelos parabéns!
ResponderEliminarAdoro António Gedeão!
Amiga excelente escolha, adoro os poemas de António Gedeão.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Beijinhos
Maria
Vamos ver se desta vez o comentário aparece...
ResponderEliminarEureka!
ResponderEliminarEntão, o comentário que tentei colocar por diversas vezes e não entrava, diz o seguinte:
Olá, Olinda!
;)
A rima de Gedeão, consegue transformar o mundo numa aldeia, e o Homem em sonho.
Vamos ver se esse sonho se vem a transformar em vontade e essa, em querer!
Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog rosa solidão. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
ResponderEliminarNarroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
Abraços
http://narroterapia.blogspot.com/
Olá, Andradarte
ResponderEliminarOs poemas de António Gedeão têm sempre qualquer coisa que nos situa no centro do mundo.
Abraço
Olinda
Olá,Mara
ResponderEliminarAntónio Gedeão, com este poema, dá-nos a ideia de como é o mundo de hoje: uma aldeia global que poderá ter os seus perigos mas que também nos traz muitas vantagens, nomeadamente, ao nível humano.
Beijo
Olinda
Olá, Olinda!
ResponderEliminarAdoro António Gedeão :) e este é dos meus poemas preferidos dele...gosto principalmente da terceira quadra... Diz-me tanto, com palavras tão simples, tão duras, mas tão verdadeiras :) acho que esta quadra é António Gedeão no seu melhor.
Beijo grande
Mariana
Olá, Baila sem peso
ResponderEliminarGostei da imagem de 'me leva de vez em quando o vento'.Leve como uma pluma, não é?
E é como a sinto, aqui, sempre com mensagens que nos enlevam.
Beijo
Olinda
Olá, Antônio
ResponderEliminarÉ o que adivinho em António Gedeão: um poeta com uma postura universal em todos os seus poemas.
Abraço
Olinda
Olá, Rosa
ResponderEliminarSempre bem-vinda.
Felicidades.
Olinda
Olá, Maria
ResponderEliminarEncontra-se sempre nos seus poemas palavras que nos fazem reflectir.
Boa semana.
Beijo
Olinda
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarIsso dos blogues tem andado numa confusão só...
As rimas, a métrica, que tomam uma dimensão mística não é? ;)
O Homem, o sonho e o querer - um excelente projecto. Saibamos nós dar-lhe o seu devido lugar na nossa vida e nas nossas acções.
Abraço
Olinda
Olá, Fabrício
ResponderEliminarSeja bem-vindo e apareça sempre.
Tem razão. Quem escreve tem, quase, a obrigação de o divulgar. Presentemente, as ferramentas tecnológicas são tantas que seria um contra-senso não aproveitarmos as suas potencialidades.
Retribuo-lhe a visita, em breve.
Abraço
Olinda
Olá,querida Mariana
ResponderEliminarHá quanto tempo!
Palavras que nos convidam a rever o nosso código de vida.
Beijinhos
Olinda
É um dos meus poemas preferidos. E que bem me soube relê-lo neste final de tarde! Agradeço-lhe a lembrança.
ResponderEliminarUm grande abraço.
Olá,Isabel
ResponderEliminarÉ sempre muito bom ler António Gedeão.Este poema também é um dos meus preferidos a par da 'Calçada de Carriche.
Beijos
Olinda